Os raios solares entravam pela janela, as cortinas brancas estavam entreabertas. Ed abre os olhos devagar e percebe que a esposa já estava acordada, porém continuava deitada. Ela virou seu rosto para ele e o homem pode ver o imenso azul dos olhos da mulher, era como um hipnotizante para ele.
- Bom dia meu amor- ela acaricia o rosto dele, sua voz era macia com um veludo, quem não conhecesse eles podia jurar que Ed estava se apaixonando pela primeira vez por ela.
- Bom dia, meu anjo, você é tão linda, tão doce, seus olhos, seu sorriso, eu sou um homem de sorte de acordar com você todos os dias ao meu lado.
Ela sorri fechando os olhos e beijando delicadamente o esposo, os dois levantam e fazem suas higienes. Ed se veste e coloca um blazer por cima de sua roupa.- Cuidado com o senhor Pilson- Lorraine diz passando as mãos pelos blazer e terminando de ajeita-lo.
- Pode deixar, não vai acontecer nada, quando eu for buscar ele eu trago as mulheres.
- Tá bem!. Os dois chegam na cozinha de mãos dadas.
- Estou muito feliz que vocês estejam bem- Judy dá um abraço nos pais, tomam o café da manhã e Ed toma seu rumo. Ao chegar na casa dos Pilsons, ele estaciona o carro e segue até a porta para tocar a campainha, ele toca e logo alguém abre a porta, Roberta abriu um sorriso radiante ao ver o homem a sua frente.
- Ed, que alegria ver você aqui na minha casa, entre por favor. O homem estranhou a atitude dela, mas também não falou nada.
- Venha comer alguns chip cookies que acabei de fazer.
- Não obrigado, acabei de comer.
- Hora não me faça essa desfeita, venha- ela vai até a cozinha e ele a segue, senta em uma cadeira e ela coloca um pratinho com alguns biscoitos, ele começa a saborear.
- Estão bons, muito bom, onde está seu marido?
- Ele já deve está descendo, está de folga hoje.
- E como está as coisas por aqui?
- Acalmou mais, porém nós dois já não somos mais o mesmo casal de antes, eu não consigo mais dormir com ele, eu fico a noite acordada com medo do que ele possa fazer comigo, tenho dormido no quarto da minha filha.
- Bom, hoje irei levar ele até uma clínica, ele vai fazer um exame e se for o caso dele ser viciado em álcool, então você terá que internar ele na clínica.
- Eu não sou um viciado- o homem aparece na porta da cozinha.
- Não foi isso que eu quis dizer, apenas vou levar você na clínica para tentar resolver o seu problema e de sua família.
- Eu vou só para te provar que eu não sou um alcoolotra. O homem sai indo em direção ao quarto. Roberta passa as mãos pelos cabelos parecendo está preocupada, ela levanta e vai até a sala, logo volta tragando um cigarro.
- Isso não faz bem a sua saúde.
- É a única forma que eu encontro de ficar mais calma.
Ed levantou-se e lavou as mãos, Roberta apagou o cigarro e se aproximou dele segurando em sua mão- Obrigada por está fazendo tudo isso pela família, mas eu acho que não tem mais jeito, eu não me sinto segura perto dele, meu psicólogico já não é o mesmo a muito tempo, Ed se eu continuar com ele eu vou enlouquecer.
Ele lembrou do que Lorraine falou, de que aquele senhor que morava no casebre disse que toda família que entrava nessa casa, sempre saia em hospitais psiquiátricos.
- Roberta, sua família vai continuar unida, seja o que for que esteja acontecendo nessa casa eu vou resolver e tudo vai ficar normal novamente.
- Está bem, eu confio em você.
- Agora arrume- se e chame a Catleia, Lorraine quer que vocês passem o dia com elas. A mulher vai para o quarto da filha. Minutos depois já estavam todos no carro de Ed. Senhor Pilson estava calado no banco da frente, enquanto as mulheres estavam atrás. Ele deixa elas em casa e segue sua viajem para o centro da pequena cidade.
- Vou deixar você aqui na clínica, enquanto preciso resolver um assunto, não saia daqui até eu voltar.
- Você me trata como criança- ele sai batendo a porta do carro com força. Ed segue seu rumo para a biblioteca. Na casa de campo, as mulheres se divertiam, fazendo comida, fazendo bagunça na cozinha, jogando Monopoly.
Passava da hora do almoço, as mulheres já tinham feito suas refeições e agora Lorraine e Roberta estavam na varanda conversando enquanto Catleia e Judy estavam no quarto.- Vou no banheiro, já volto- Roberta diz levantando e entrando na casa, Lorraine ver o carro de Ed se aproximando mas estranhou por esta sozinho, ela levanta e vai até ele que estacionou o carro e saiu do veículo.
- Onde está o senhor Pilson?
- Eu não sei...
- Como assim não sabe Ed?
- Eu deixei ele na clínica e fui na biblioteca e quando voltei ele não estava mais lá.
- Não era para deixar ele sozinhos...
- Mas eu não pensei que ele fosse sair sozinho já que não estava bebendo a um bom tempo.
- Mas o que o médico disse?
Antes que ele respondesse Roberta aproxima-se deles.- Onde ele está?
- Querida, não se apavore- Lorraine diz pegando na mão dela- Ele sumiu da clínica..
- Não é possível, eu não vou voltar para casa enquanto eu não me certificar de que ele não está bebendo.
Ela corre para dentro de casa.- E agora? O que vamos fazer?
Ed pergunta a esposa.- Você precisa ir atrás dele, ele deve está em algum bar.
- Eu acho que não, o médico me disse que ele não tinha nenhum índice de que é alcoólatra.
- Então você ainda conversou com o médico que atendeu ele?
- Sim, eu entrei na clínica e falei com o médico, depois fui procurar por ele e me falaram que ele já tinha saído.
- Mesmo assim, não é seguro ele está por aí sozinho, vá até a casa dele, se não ele não tiver lá vá até a cidade e procure pelos bares.
- Tá bem, tranca as portas-ele dá um beijo na cabeça dela e entra no carro novamente saindo. Lou entra em casa e tranca as portas.
Ao entardecer, Lorraine estava em sua poltrona, seus pensamentos não saíram de Ed, agora que estava anoitecendo e lá fora estava frio, o homem não tinha levado nenhum casaco. Ela escutou um carro se aproximar da casa, a mulher olha pela janela, seu coração pulou de alegria por ver que seu marido tinha chegado e que estava bem apesar do frio. Ed entra em casa e Lorraine o abraça.- Ah querido, eu fiquei preocupada com você, já estava chegando a noite e com ela o frio, não levou nenhum casaco.
- Eu estou bem, porém frustado, não encontrei nenhum rastro do senhor Pilson, não sei mais onde procurar. Roberta aparece na sala.
- Podemos dormir essa noite aqui? Eu e Catleia?
- Claro, aqui tem um quarto de hóspedes, tem toalhas e roupas para dormir, vocês vão ficar bem e seguras aqui, venha. Lorraine leva Roberta e Catleia para se acomodar nos quartos, pediu a Amélia que levasse o jantar no quarto delas. Ed estava na cozinha olhando alguns livros e papéis que tinha pegado na biblioteca.
- Ed, querido achou alguma informação da casa?
Ele tira seu óculos e encara a esposa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Não Solta A Minha Mão
FanfictionE se após vários anos trabalhando em casos, os Warren's sentirem a imensa vontade de tirar férias, e na intenção de descansar eles terão que enfrentar algo jamais visto por eles? Decisões terá que ser tomada, acontecimentos que podem abalar psicolog...