Não Solta A Minha Mão

Visões

Lorraine deixa o urso, e vai até a escada, desce sem fazer barulho, passa pela sala e vai até a sala de jantar onde Ed e Roberta conversavam.

- Estou pronta- A mulher fala esfregando as mãos, Ed pega uma pequena câmera e a instala na ponta da mesa filmando o lugar em que Lorraine sentaria, ele fecha as janelas e cortinas, deixando a casa um pouco escura. Os três sentam nas cadeiras, e colocam as mãos encima da mesa

- Agora relaxe seu corpo, e imagine uma luz ao seu redor, isso vai te ajudar a se proteger- Lorraine sugere a Roberta, que logo faz o indicado. A Warren fecha os olhos, e entra em transe, ela se ver saindo de seu corpo, andando pela sala de jantar e parando na sala principal, ela sente o ambiente sombrio, mas não via nada de anormal, de repente ela começa a ouvir um susurro vindo de toda a casa "Saiam daqui, essa família é minha"

- Essa família não é sua, você não pertence a esse lugar, vá embora daqui.

"Não vou, esse lugar é meu, essa família é minha, e se vocês não forem embora vai ser ruim para vocês"

- Eu não tenho medo de você, eu só quero que você saia daqui.

"Vocês que devem sair daqui, eu posso fazer o que quero com eles, e já estou conseguindo"

- Se apresente então, me diga o seu nome.
Na sala de jantar, Lorraine estava com sua respiração rápida e ofegante, algo estava sugando suas forças. Ela continuava em seu transe, e somente ela poderia voltar

- Me diz o que Você está fazendo nessa casa, com essa família?
Ed pergunta mas, ela não responde apenas continua concentrada.
Tudo fica silêncio, de repente um vento forte começa a rodear pela sala e abrir a porta do porão, ela olha para lá, e ver uma luz forte vindo do ambiente, com dificuldade ela se aproxima da porta, mas antes de passar por ela a mesma se fecha com força. O vento para, e a sala fica fria, ela tenta abrir a porta mas parecia está trancada, Lorraine escuta um ruído e põe seu ouvido na porta e escuta algo que gelou seu coração, a voz de Ed vindo do outro lado da porta
"Lorraine, me ajuda por favor, aí meu Deus não, socorro meu amor, socorro me ajuda pelo amor de Deus me tira daqui"

-Ed, amor- ela tenta abrir a porta e não consegue, o ambiente começa a ficar muito gelado, um frio que prendia ela, que prendeu seus músculos como se tivesse deixado ela congelada.
Ed que estava ainda na sala de jantar, percebeu que havia algo de errado com ela.

- Lorraine volta, me escuta, volta por favor, escuta só a minha voz- ele segura em sua mão e a sente gelada.

- O que está acontecendo, meu Deus LORRAINE- ele grita o nome dela já apavorado.
Ela consegue andar com dificuldade da sala principal, chega na sala de jantar e consegue voltar em si, ela abre os olhos respirando rápido e com os olhos arregalados.

- Graças a Deus, meu amor você está aqui comigo, fica calma. Sem explicação ela começa a chorar e abraça Ed, sua feição estava cansada, debilitada, ela olha para ele.

- Eu quero ir para casa, não estou me sentindo bem- ela pousa sua cabeça no ombro dele fechando os olhos.

- O que aconteceu com ela? O que ela viu?- Roberta pergunta levantando da sua cadeira preocupada.

- Ela está muito exausta, com certeza tem algo maligno aqui, e estava sugando as forças dela enquanto ela estava em transe, por favor abra a porta do carro para mim- Ed fala pegando Lorraine nos braços e a levando para fora da casa, Roberta abre a porta do carro e o homem coloca sua esposa no carro.

-Ela vai ficar bem?

- Sim, ela só está muito cansada, depois voltamos aqui- Ed fala com a mão no ombro dela.

- Tá certo, espero que ela fique bem logo. Ed entra no carro, da a partida e vai embora. Chegando em casa, ele tira ela do carro a carregando nos braços e a leva para cama deles.

- Meu amor, fala comigo- ele passa a mão no rosto dela, ela abre os olhos ainda sonolenta.

- Quero dormir- ela fala como que em um susurro e volta a fechar os olhos. Ele da um beijo em sua testa, a cobre com o cobertor e sai do quarto, vai até a sala, senta em uma poltrona.

- O que há de errado com a mamãe?- Judy pergunta ao lado de seu pai.

- Ela só está cansada, só isso.

- Posso ir ver a Catleia?

- Melhor não filha, as coisas por lá não andam muito bem, o senhor Pilson não quer nossa presença lá.

- Tá bom então, vou assistir televisão no quarto. A menina sai, Ed levanta e vai até a cozinha, começa a preparar um chá. Ele sabia o quão exaustivo era o trabalho deles para Lorraine, principalmente por ela ter que sentir os fenômenos sobrenaturais e a deixar sem forças.