O vizinho

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- Eu vou me esconder- Catleia sai correndo e vai para seu quarto, fica trancada. O senhor Pilson entra em casa e para em frente a cozinha, ele olha para o casal.

- Por favor me ajudem, estou cansado de lutar com o eu interior, um eu viciado em bebidas que não consegue se controlar, foi muito difícil conseguir chegar aqui, parecia que tinha uma força que me levava para qualquer bar que eu passasse, mas eu sei que isso é só vício!

- Nós vamos te ajudar- Ed se aproxima dele com uma xícara na mão- Vamos te indicar um local para alcolatras.

- Mas e minha família? Só eu que trabalho, eu que trago o sustento.

- Não se preocupe com isso, você não perdera seu emprego, você só vai precisar ir a noite depois que chegar do trabalho.

- Muito obrigada pelo que estão fazendo, minha mulher e minha filha teem medo de que eu bata nelas quando chego assim.

- Seja sincero, você nunca bateu nelas?- Lorraine pergunta ficando em frente a ele. O homem abaixa a cabeça pensativo, mas logo volta a olhar pra ela

- Eu não sei bem, realmente não lembro o que faço quando estou bêbado... Bom eu vou tomar banho. O homem sai, Lorraine olha para Ed e ele já sabia o que ela queria, mas ele a impediria a todo custo.

- Nem pense em fazer isso.

- Mas amor, não há outra solução.

- Lorraine- ele pega na mão dela- Você quase me deixou maluco quando ficou aquele tempo todo dormindo, eu tenho medo que algo aconteça com você, e aquela imagem.... Não sai da minha cabeça.

- E você tem outra solução para isso?

- Eu posso investigar o passado dessa casa, como eu sempre faço.

- Certo, mas se não encontrar o que queremos eu vou ter que descer até aquele porão e...

- Eu não vou permitir.

- Ed, nós nunca brigamos, não será agora que- ela para de falar e estica sua mão que já estava com o terço.

- Está sentindo o que?

- Está frio, parece que o mal que está aqui também se alimenta das intrigas, brigas e, tem algo a mais, mas não consigo sentir o que é, precisamos fazer uma seção.

- Já disse que não, tudo o que coloca você em perigo, eu vou negar. Ela solta uma risada baixa.

- A maioria dos casos que já investigamos, eu corri perigo, aliás nós dois, e sabemos muito bem como lidar com isso.

- Não vamos mais falar sobre isso, irei na biblioteca da cidade amanhã cedo- ele falou calmo mas decidido, ele não voltaria atrás, cada vez mais ele tem medo do que poderia acontecer com a mulher. Lorraine vai até o quarto de Roberta, a mulher já dormia, Catleia estava sentada na beira da cama e se aproxima de Lorraine.

- Você não vai embora, né? Por favor você não pode nos deixar sozinhas com meu pai aqui.

- Eu preciso saber de tudo o que acontece aqui, você está disposta a me contar?
Catleia olha para a mãe que estava em um sono profundo.

- Meu pai é agressivo e briga muito com a mamãe, comigo também e...

- E?

- Eu tenho muito medo dele, não quero ficar aqui, por favor me leva para sua casa, leva minha mãe também, não nos deixe aqui.
Lorraine se comoveu com a garota, mas não poderia levar Roberta para sua casa, ela ainda estava se recuperando, mas também não poderia dormir na casa deles e deixar Judy com Amélia sozinhas.

- Espere um pouco, vou conversar com o Ed. Ela sai e Catleia tranca a porta. A mulher desce as escadas, Ed estava na sala olhando alguns jornais, vasculhando tudo.

- Querido? O que está fazendo?

- Estou procurando algo que retrate alguma notícia do passado dessa casa.

- Você acha mesmo que estaria aqui? Os Pilsons não deixariam aqui, aliás se eles soubessem do passado dessa casa com certeza já teriam saído.

- Tem razão- ele limpa as mãos- Então vamos? Acredito que o senhor Pilson não irá fazer nada para Roberta e sua filha, já que hoje ele não está bêbado.

- Catleia está com muito medo, quer ir conosco mas quer levar a mãe dela, ou que a gente durma aqui.

- Nós.... Bom, podemos dormir aqui, Judy está com Amélia, as duas estão seguras lá.

- Tá bom, vou ligar para a Judy.

- E eu vou arrumar um quarto para nós dois. Lorraine lembra que a linha telefônica estava cortada, ela vai até o lado de fora da casa e olha ao redor, ver uma pequena casa, bem simples, mas parecia morar alguém lá, ela então caminha até essa casa. Mesmo sendo noite, e sem saber quem morava ali, ela era bastante corajosa, já que conseguia sentir quando tinha mal por perto, e conseguia ver o que qualquer pessoa transmitisse. Ela bate na porta de madeira, escuta passos devagar se aproximando da porta e um senhor de cabelos brancos e de estatura magra abre a porta, segurando uma moleta. Logo ela avista para dentro da casa, era bem arrumada e simples, ele parecia ter condições boas.

- Boa noite senhor, desculpe está incomodando você essa hora, mas é que eu preciso muito fazer uma ligação, você teria telefone aqui?

- Ó claro que sim, entre e fique a vontade.
O senhor era simpático, de sorriso fácil, Lorraine entra e senta em um pequeno sofá perto do telefone.

- Quer beber alguma coisa?

- Não obrigada.

- Fique a vontade então, vou para o meu quarto para você ter mais privacidade. O homem assim se retirou, ela deu um sorriso de canto, ele é um homem de bem. Ela disca o telefone da casa e Judy atende.

- Filha, está tudo bem por aí?

- Oi mamãe, está assim, que horas você volta?

- Então, estou ligando para dizer que vou ficar essa noite aqui na casa dos senhores Pilsons, mas amanhã cedo estarei voltando.

- Está bem, se cuida mamãe.

- Você também minha querida, beijo- ela desliga o telefone e ver a sombra do homem se aproximando até a sala.

- Minha senhora, desculpe eu me intrometer, mas é que deu para ouvir sua conversa, você vai passar essa noite na casa dos senhores Pilsons?

- Sim, porque?

- Nada- ele caminha até a porta e abre ela- Mas reze antes de dormir.

- Eu faço isso todos os dias- ela levanta e caminha até ele- Você sabe de algo dessa família ou dessa casa?

- Essa casa é um mistério, ninguém passa muito tempo ali- ele diz olhando para a casa- e sempre quando uma família sai, ela sai destruída, uns na cadeia, outros vão direto para hospitais psiquiátricos- ele olha pra ela- Outros mortos. Ela sentiu um pouco de medo, logo escuta Ed chamar por ela.

- Eu tenho que ir, meu marido está a minha procura, mas amanhã posso voltar aqui para conversar com você?

- Quem sabe.
Ed grita mais uma vez por ela e ela sai da casa do homem indo em direção a outra casa.

- Lorraine, onde você estava?

- Fui pedir ao morador daquela casa para telefonar para Judy, ja que aquí esta sem linha.

- sozinha? A noite? Você as vezes brinca com o perigo.

- Para seu bobo- ela ri- Eu apenas fui pedir um favor, aliás eu sinto tudo e ele é um homem bom, vamos nos deitar?

- Vamos. Os dois vão para um quarto de hóspedes, ficam na mesma cama, tudo estava tranquilo.

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Desculpa a demora gente 😬
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Não Solta A Minha MãoOnde histórias criam vida. Descubra agora