Não Solta A Minha Mão

Misterios...

Os três entram na floresta, vão andando por uma trilha, o velho ia na frente deles, Lorraine estava com sua mão estendida para frente tentando sentir algo, mas não conseguia ver nada, Ed estava atrás dela.

- Está conseguindo ver ou sentir algo?

- Não, nada.

- Bom, se elas tiverem aqui mesmo elas devem ter vindo por outro caminho.
Continuavam andando pela floresta adentro, as árvores alta deixava o clima sombrio, como o sol já estava se pondo, estava ficando escuro.

- Não trouxe lanterna, precisamos encontrar elas antes que fique escuro- Ed diz olhando para o céu.

- Não se preocupe, eu trouxe minha lanterna- o senhorzinho diz tirando o objeto de seu casaco, ele parecia ser uma boa pessoa sim. De repente ele para de andar,  o casal para ao seu lado, tinha uma encruzilhada, um caminho para a direita e outra para a esquerda, e um caminho reto.

- Para qual caminho devemos seguir?
Ed como sempre fazendo mil perguntas, sempre muito desconfiado.

- Oh acalme-se meu jovem, estou com a memória ruim não sou mais um adolescente, deixe-me lembrar para onde esses caminhos me levam. Alguns segundos se passam, Ed olha para Lorraine e ela entendeu o que ele queria dizer apenas com o olhar. A mulher dá dois passos a frente e se ajoelha colocando sua mão no chão fechando os olhos.

- Ela acha mesmo que vai conseguir algo colocando a mão no chão?

- Não substime a minha mulher- Ed diz orgulhoso.

- Elas podem ter ido naquele caminho...- o senhor dá um passo para começar a andar mas é impedido pelo homem ao seu lado

- Espere.- Ed segura em seu braço olhando para a esposa.
Ela levanta e olha para eles.

- Elas estão em um lugar escuro, tem apenas algumas frestas de luz que se mexe, como se fosse... plantas, não sei bem.

- Já sei onde é- o senhor diz após se recordar de um lugar desse jeito. Eles continuam andando em direção reta, até que param em um lugar em que tinha muitas plantas, o velho se aproxima das plantas e as afasta mostrando uma pequena caverna, Lorraine e Ed se abaixam e viram Judy e Catleia abraçadas, ao lado delas tinha restos de frutas que elas tinham comido, pelo menos não passaram fome, porém estavam se tremendo de frio.

- Judy minha filha- A mulher abre os braços e a garota vai até ela abraçando-a, seu pai abraça as duas sorrindo aliviado. Lorraine tira seu casaco e coloca na filha, Ed tira o casaco que vestia e coloca em catleia, voltam para casa dos Pilsons. Quando já estão chegando, Cateia para de andar

- O que foi?

- Eu não quero ir para casa, eu não quero voltar, eu já sair de lá...
A garota dizia com os olhos marejados, Lorraine cheia de compaixão aproximou-se dela e abraçou.

- Eu não vou deixar eles fazerem nada com você, ta?

- Você vai me levar para a sua casa?
A mulher olha para Ed sem saber o que fazer.

- Leve minha mãe também por favor, ela sofre muito quando meu está bebado.

- Querida entenda- Lorraine se abaixa perto de Catleia- Se eu levar você para a minha casa, seu pai vai querer buscar você, se eu impedir ele vai chamar a policia.

- Catleia, minha filha- Roberta aparece na porta já correndo em direção da garota abraça a filha forte- Onde você estava? Você esta bem?

- Ela precisa de um banho quente- Ed diz abraçado com a filha para esquentar ela também. Roberta segura na mão dela mas ela segura na mão de Lou.

- Por favor, dormem aqui.
O casal se olham, Ed confirma com a cabeça, Catleia e Roberta entram para casa.

- Eu não aconselho vocês a dormirem aqui- O velho continua- Para a segurança da sua familia, não durmam aqui.

- O que há de errado com essa casa então? Me diga, nós dois somos investigadores do paranormal, eu tenho anos de estudos sobre demonologia, minha mulher é uma medium sensitiva, tudo o que ela toca ela consegue ver o passado do que aconteceu, vinhemos aqui para tentar descobrir o que aconteceu nessa casa, o que acontece aqui mas até agora não conseguimos nada, nem mesmo Lorraine.

- Eu não sou ningúem, não sou medium, muito menos tenho estudo, eu nunca precisei entrar nessa casa para saber que o sobrenatural vive aí dentro....- ele dizia olhando para a imensa casa

- Mas então o que explica eu tocar nos móveis e não senti nem ver nada?
O homem volta a olhar para Lorraine

- O mal é inteligente, ele sabe que você consegue sentir a presença dele, quem sabe ele esta brincando de esconde esconde com você. Ele saiu andando com o rosto sereno, Lou ficou pensativa, Ed alisou suas costas.

- Meu amor, nós vamos descobrir o que há nessa casa, você vai descobrir.

- Espero que sim- ela diz com o olhar distante.

- Já decidiu se vamos ficar aqui ou não? Judy precisa tomar um banho quente antes que pegue um resfriado.
Lorraine estava em dúvida, ela não queria colocar a vida da sua única filha em risco ficando nessa casa, mas a sua compaixão por Catleia era grande, parecia que a menina a implorava com os olhos para tira-la de lá, estava dividida. Enquanto ela pensava, Ed colocou Judy no carro e ligou o aquecedor.

- Lou? Esta pensativa...

- Estou confusa, não quero deixar Catleia sozinha aqui, mas também não quero passar uma noite aqui, e se acontecer alguma coisa?

- Mas o que poderia acontecer? se já passamos uma noite aqui? e não aconteceu nada.

- Tem razão, traga Judy. Ele busca ela e ficam os três no mesmo quarto.