One Shot 9

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Notas iniciais:

A base dessa one foi feita por minha amiga linda e talentosa, Ilara (twitter: @ilaracarvalho) e adaptada por mim para conectar com a parte dois.

Espero que gostem!

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Parte 1

Maternidade: Amor. Dor. Comprometimento. Eterno

Essa era a definição mais real e sincera que consegui chegar depois de todo esse tempo.
Era algo engraçado, ser mãe era para a vida toda, então, era como se estivesse fora do meu antigo mundinho e agora um novo mundo povoado por: fraldas, historinhas para dormir, birras, pequenos castigos, mingau, macarrão e purê de batatas na blusa.
Sem contar os deveres de casa, as palavras erradas, os bilhetes das professoras e o pai ensinando besteira para todos eles.

Bridget, Ethan, James e Dahlia ocupavam meu dia, minha mente e minha vida e incrivelmente, isso era bom. Desde a entrada de Bridget e dos gêmeos à escola, nosso horário ficou mais tranquilo, e conseguimos organizar as coisas muito bem durante o dia, sem deixar de dar a devida atenção a eles.

Bridget era nossa primogênita, sempre foi bastante curiosa com tudo, ela tinha perguntas que iam além da idade dela, fazendo eu e Tom nos desdobrarmos para tentar explicar, e mesmo sendo ainda uma criança, víamos seu traço altruísta, sempre pensando nos irmãos e todos ao seu redor.

Depois vieram os gêmeos, os meus dois menininhos mais adoráveis, eles eram enérgicos como o pai, seguiam Tom e os tios para todo lado.
Assim como o pai, eles eram apaixonados pelo Tottenham e por golfe – claro que meu marido teve uma grande influência sobre isso – mas era muito divertido ver os meus 3 homens se divertindo juntos.

Tom já os levou várias vezes para assistir a jogos no estádio e jogar golfe em campos ao redor do mundo, e eles tinham suas próprias roupinhas e tacos, eu derretia com a fofura.
Eles eram o complemento um do outro, James era muito mais agitado, gostava de correr e se movimentar o tempo inteiro, enquanto Ethan observava mais, escutava todas as ideias do irmão e a partir disso as melhorava.

E sempre as executavam juntos.

E apesar de serem os irmãos do meio, eles eram os protetores das nossas meninas, se alguma delas chorava, eles iam correndo para saber o motivo e protegê-las de qualquer coisa.
Eu não queria nem imaginar quando elas começassem a namorar...

A que mais dependia de nós ainda era Dahlia.

Observar seu crescimento era lindo, desde o momento que ela era tão pequena e cabeluda que sumia nos braços de Tom para agora, onde já tinha alguns pequenos dentinhos, batia palminhas, conversava muito na sua língua de bebê, comia e sorria demais.
Dahlia era espontânea, se ela não gostava de algo, o famoso bico se formava nos lábios até conseguir o que queria, e geralmente conseguia, Tom tinha dificuldades em dizer não a eles.

Ele pensava que eu não via os doces clandestinos que ele dava para as crianças ou Dhalia sabendo exatamente qual botão apertar para desligar a TV.

Como pais, não brigávamos, nós tínhamos as mesmas ideias e senso em relação à educação deles.
Bessie e os meninos entraram para uma escola montessoriana, porque assim, eles aprenderiam também na escola, o que reforçamos em casa: limites, consistência, respeito e convivência com o outro.

Nós concordamos sobre a hora de dormir, nada de doces durante a semana, importância da comida saudável e o menor número de telas possível, mas também deixávamos, que um dia ou outro, eles brincassem até desmaiar no jardim, vissem TV, jogassem videogame e se lambuzassem com sorvete na cozinha.

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