One Shot 22

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Notas iniciais: Não é a volta mas é alguma coisa.

Essa one é ambientada na época da Premiere de Far from Home em Los Angeles, ignorando o fato que supostamente eles estavam recém terminados nessa época.

*

Ela estava deitada de bruços sobre aquela confusão de lençóis que estava a cama, sentindo Tom traçar a linha de sua coluna com as pontas dos dedos e depositar beijos ternos e quentes em seus ombros e por toda a extensão de suas costas nuas.

— Minhas panturrilhas doem só de pensar que terei de destruí-las mais um pouco em algumas horas. Nem me recuperei ainda.

Eles já estavam tendo uma conversa casual desde que conseguiram, enfim, recobrar o fôlego, depois de uma noite agitada, e agora já entravam na madrugada.

Zendaya acreditava que o namorado havia ingerido os mais variados tipos de energéticos naquela noite, pois enquanto ela já havia chegado ao seu limite, Tom ainda se mantinha no mesmo ritmo como se jamais fosse se cansar.

Ele ergueu um pouco a cabeça ouvindo o seu tormento.

— Sério. Eu sei que gosto de saltos altos, mas não tantas vezes seguidas assim, eu canso. Sem falar que os saltos atrapalham de te beijar. No entanto, não posso fazer isso estando em público com você.

— Você poderia se quisesse.

Zendaya mordeu os lábios afundando um pouco mais seu rosto no travesseiro. Ela começou a se arrepender um pouco de ter tocado naquele assunto delicado, sabendo o rumo inevitável que aquele diálogo poderia tomar.

Ela sentiu a ponta do nariz dele deslizar por suas costas antes de ele dizer.

— Admita Daya, você tem complexo por ser mais alta que eu.

Ela suspirou aliviada e agradeceu a todos os deuses, prometendo ser uma garota menos profana a partir daquele momento, ao perceber que Tom desviou o assunto, preferindo não falar sobre o seu “relacionamento em público”.

— Eu não tenho. - Ela disse categoricamente.

— Tem sim! - Provocou infiltrando suas mãos por debaixo do corpo dela e atingindo com a ponta dos dedos uma região específica de sua barriga.

Ele sabia que ela sentiria cócegas, portanto, não se surpreendeu com o gritinho agudo e a risada alta que partiram da garganta dela como resposta ao seu toque.

— Eu não tenho complexo. - Ela continuou após se recompor — Eu gosto disso. Nós somos um casal muito bonito.

Tom deu um largo sorriso e beijou as covinhas na parte baixa das costas dela, não passando a língua como costumava fazer.

Ele se sentia privilegiado por conhecer aquele lado dela, que poucos conheciam. Aquele lado carinhoso, romântico, apaixonado… Muitas pessoas que sequer os conhecem se sentem no direito de fazer julgamentos superficiais sobre eles - Daya sempre dizia que era algo que vinha com o trabalho, para abstrair - mas era muito difícil pra ele, principalmente quando se tratava dela.

“O que eles sabem?”, pensava consigo a respeito das pessoas que a conheciam apenas através de uma capa de revista e uma tela de cinema ou de um computador e se achavam no direito de julgá-la.

Ela não se permitia dar muita abertura a quem não conhecia, isso não fazia dela indiferente. Era retraída as vezes, mas com quem ela tinha intimidade, não precisava fazer esforços para demonstrar suas emoções, fazia questão de mostrar que gostava de amar, bem como de ser amada.

— Qual é a cor do seu vestido hoje? - perguntou ele, retirando o cabelo ruivo dela do caminho, para assim alcançar seu pescoço com os lábios.

— Vermelho - ela arfou com a mordida que ele deixou em sua nuca — Humm… Vermelho e preto.

Tom riu suavemente da reação dela.

— Mostra muito da sua pele?

Ela olhou pra ele quando respondeu:

— Uhum, costas nua.

Ele suspirou.

— Você tem tesão em me enlouquecer! Só porque sabe que não posso te tocar como gostaria em frente a multidão.

— Ora, Tom! Como se você já não estivesse “suficientemente saciado” depois dessa noite – disse ela fazendo questão de ressaltar a expressão.

Tom ergueu a cabeça novamente, com um olhar desacreditado que ela não podia ver, mas que sentia em suas costas.

— Está brincando comigo, não é?

Daya não respondeu.
Tom subiu um pouco pelo seu corpo, inclinando a cabeça, a fim de sussurrar no ouvido dela.

— Eu nunca vou estar “suficientemente saciado” de você, Zendaya.

E ela estremeceu diante da ênfase com que ele pronunciou seu nome.

Virando e sentando na cama, ela ficou de frente para ele, capturando os lábios dele nos seus, num beijo doce e profundo.

— Você é tão adorável. - Ela sussurrou apaixonadamente em seus lábios.

— Sou mesmo?

Ela balançou a cabeça afirmando.

— Puxa, legal receber um elogio seu. Estou acostumado com o “idiota"

Ela balançou a cabeça em descrença, revirando os olhos.

— Idiota!

— Eu não disse?! - Tom disse rindo, e ela se juntou a ele.

Tom se aproximou, voltando a beijá-la, deitando-a sobre a cama e descendo os lábios pelo corpo dela.

Quando sentiu a boca dele em seu umbigo, ela soltou um gemido baixo em antecipação, as mãos dela foram parar no cabelo dele, os dedos correndo por entre os fios.

Zendaya não gostava de controlá-lo, de narrar como ele deveria fazer o sexo oral. Tom não precisava de “GPS para o seu corpo”, ela costumava brincar. Contudo, ela às vezes dizia aonde gostaria de sentir seus dedos e em quais pontos específicos seus lábios e sua língua deveriam pressionar para que ela sentisse mais prazer.

Mas na maior parte do tempo, ela deixava Tom fazer da forma que bem entendesse.

Ele conhecia muito bem o corpo dela para precisar de instruções e, de qualquer modo, ela sempre sentiria prazer com ele.
Ele tinha o poder de lhe roubar o fôlego.

Tendo conhecimento de que ela estava super sensível pela estimulação durante a noite anterior, Tom sussurrou de forma carinhosa em seu ouvido:

— Baby, eu vou devagar, prometo.

E ela o sentiu dentro de si, indo vagarosamente, como havia prometido.

Ao comando arfante de Daya de “mais rápido” algum tempo depois, ele acelerou um pouco o ritmo de suas investidas, fazendo com que ambos gemessem de forma cada vez mais frenética, proferindo palavras incoerentes e frases desconexas, dominados por uma onda intensa de desejo, até Tom senti-la estremecer em seus braços, bem como ele próprio atingir o clímax.

*

Quando eles estavam aconchegados nos braços um do outro, os primeiros raios de sol começando a infiltrar pela janela, Tom sussurrou.

— Quando você tem que ir para Nova York? - afagando os cabelos dela que estava com a cabeça descansando sobre seu peito.

— Daqui a três dias - disse ela com a voz carregada de certa melancolia.

— Detesto dormir sem você. - disse ele com o mesmo tom melancólico.

— Eu também não gosto de dormir sem você...

Assim, abraçaram-se mais apertados, se permitindo dormir por algumas horas, juntos, antes que precisassem trabalhar.

One shots tomdayaOnde histórias criam vida. Descubra agora