One Shot 10

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Notas iniciais: continuação da one shot 9

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Parte 2 (final)

A bagunça estava instalada!

Minha família e a família do Tom estavam na nossa casa durante o fim de semana para curtir os netos.

Desde que Bridget nasceu, eu diria que minha mãe e minha sogra praticamente mudaram pra casa ao lado. Elas simplesmente não conseguiam ficar longe da neta.
Com a chegada dos gêmeos, tivemos as duas aqui pelo primeiro mês inteiro, até eu e Tom nos acostumarmos com a rotina nova, e foi de ótima ajuda.
Com o passar dos anos, já tínhamos quase batido o martelo que não teríamos mais filhos. Estávamos satisfeitos com três crianças, cada uma trazendo o melhor de si pra nossa família.

Porém, quando Tom conversou comigo sobre a vasectomia, eu congelei. Seria algo definitivo, um ponto final nessa parte tão importante da nossa vida.
Eu realmente não queria mais ter um bebê em casa?

Foi a partir dessa dúvida que surgiram conversas sobre ter mais um. Ou no caso, mais uma, Tom queria que Bessie tivesse uma irmã, e no fundo eu também queria duas meninas que fossem muito amigas e companheiras. E apesar de ter certeza que íamos amar o que viesse, estávamos torcendo por uma menina.

Antes de ao menos começar a tentar engravidar, aconteceu algo que mudou nossas ideias, foi quando Darnell chegou em nossa casa, quase gritando de tanta felicidade, por que finalmente tinham saído os papéis da adoção.
Ele tinha dado entrada há cerca de 2 anos, e agora estava autorizado a buscar no abrigo, com a guarda provisória em mãos, o pequeno Antonio, de 3 anos.
Só foi preciso um olhar de Tom pra saber que estávamos pensando a mesma coisa.

Iríamos adotar uma menina!

*

Depois da euforia de uma nova criança na família, e nosso afilhado está mais que acostumado com os primos, conversamos com Darnell sobre tudo, e com sua ajuda, demos entrada no processo. Em pouco tempo estávamos na lista de espera, e começamos a conversar sobre como introduzir a ideia de uma nova irmãzinha com as crianças.

Foi muito mais leve do que imaginávamos, desde a chegada de Antonio na vida delas, elas pediam por mais um bebê em casa, principalmente quando era hora do tio Darn e o primo Toni, irem embora. Então a ideia de uma menininha em casa, os deixaram bem felizes, apesar de deixarmos claro que era só uma ideia.
Não queríamos que eles ficassem ansiosos, pois os processos de adoção costumam demorar, e já bastava a nossa ansiedade.

Nunca vou esquecer o sentimento que brotou em meu coração quando a vi pela primeira vez. Ela era tão pequena com seu quase primeiro mês completo, me olhou com os olhos espertos e doces, e de alguma forma, apesar de serem completamente diferentes fisicamente, ela me lembrou o dia que segurei Bridget pela primeira vez.

Tom não escondeu as lágrimas quando a segurou, e a forma como ela se encaixava em seus braços, como ela parecia estar sorrindo e contente em seu colo, nos fez ter certeza que ela era nossa menina, uma graça concedida, e que faríamos tudo pra tê-la em nossa família.

*

Durante os meses seguintes, íamos vê-la todos os dias, levamos as crianças para conhecê-la, em alguns fins de semana já podíamos levá-la para ficar conosco, retornando ao abrigo nas segundas; estávamos mais que confiantes pela guarda provisória em breve, até que uma reviravolta no processo nos fez perder o chão.

Nossa pequena Grace - somente nós a chamávamos assim, pois não era permitido trocar o nome até a guarda está oficializada - estava com quase 5 meses quando a mãe biológica entrou em contato com a justiça e a pediu de volta.

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