[Essa one shot é uma continuação da one shot 14 e se passa no aniversário de 30 anos de Tom.]
Diante das portas de vidro que davam para o jardim, Zendaya observava a festa que ela - Darnell - preparou para o aniversário de Tom.
Não pôde deixar de sorrir quando avistou sua pequena.
Apesar da hora dela dormir já ter passado há muito tempo, Bridget estava muito desperta e alegre, como toda criança de dois anos que tinha uma chance de quebrar a rotina enquanto dançava nos braços do tio Paddy.
Então, no momento ela estava somente de meias - assim como o pai, não gostava de ficar de sapatos - o vestido estilo princesa, num tom de azul pastel que se contrastava lindamente com sua pele de alabastro, estava com alguns botões abertos, provavelmente alguma das avós o fizera, para deixá-la mais à vontade para brincar.
Os cachos castanhos estavam soltos, as fitas que foram colocadas para ocasião já perdidas pela pista de dança, Zendaya tinha certeza que uma delas estava amarrada no pulso de Tom; algumas vezes as luzes giratórias passavam por ela, revelando os tons ruivos que a menina herdara, que só eram vistos, normalmente, na luz do Sol.
Para Zendaya, nada se comparava a observar Bessie, o jeito como ela se movimentava com leveza, passando de mesa em mesa durante a festa, brincando com todos os familiares, conversando com eles, na maior parte do tempo com sua linguagem de bebê compreensível somente aos pais, mostrando seu "vestido muito bonito" e reclamando dos sapatos a cada menção a eles.
A maneira como ela sempre buscava um dos pais com o olhar no meio dos convidados, sempre certificando que eles ainda estavam próximos a ela, e se não tivessem, se fazia ser ouvida por eles.
Ela tinha uma determinação de nascença, uma felicidade que atingia todos a sua volta e inteligência além da idade, era cativante, adorável e carismática, tudo isso em 87 cm e um sotaque britânico muito forte pra quem passou a maior parte do seus apenas dois anos em Nova York.
Os braços de Tom a rodearam na cintura, despertando-a dos pensamentos sobre a filha deles. Uma das mãos dele - a mesma que tinha a fita da Bessie amarrada ao pulso - espalmou seu ventre, da mesma forma que fazia quando ela estava grávida, e isso fez o coração de Zendaya disparar tamanha coincidência da posição.
— Você não acha que devemos colocar essa criança na cama? - Tom falou para a esposa, também observando a filha.
Daya se inclinou para trás, descansando a cabeça no ombro dele.
— Achar, eu acho, mas como que eu vou acalmar ela? Ela parece estar ligada numa bateria infinita.
Tom deu risada, mas ele sabia que precisava colocá-la pra dormir, ou ela estaria extremamente mal humorada no outro dia, já que parecia não conseguir acordar tarde. Dando um beijo no ombro de sua esposa, caminhou em direção a seu irmão caçula, que estava dançando e brincando com Bridget.
— Certo, mocinha, é hora da princesa ir pra cama - Falou Tom, abrindo os braços para a menina.
Bessie virou o rosto, ainda no colo do tio, olhando o pai nos olhos e falando perfeitamente com seu sotaque estranhamente britânico.
— Não quero dormir. Quero ficar com o tio Paddy - após uma pausa, como se para reforçar seu desejo, ela repetiu — Bessie não quer dormir.
A essa altura, mais familiares já estavam observando a cena e um Tom muito bobo em como sua menina parecia tão determinada, igualzinha a mãe, só fez pegá-la no colo e enchê-la de beijos, murmurando como ela era linda, e isso fez a pequena gargalhar.
Mesmo derretida com a conexão dos dois, Zendaya caminhou até eles e avisou que a levaria para o quarto, o que resultou em uma birra, na qual ela controlou com maestria, sendo consistente e firme.
Depois de dar boa noite a todos, principalmente ao pai, que estava proibido de subir junto com elas, pois mais atiçava a energia da filha do que a acalmava, Daya subiu a escada com a filha nos braços, já falando baixinho para prepará-la para desacelerar a pequena.
*
Zendaya subiu as escadas rapidamente, levemente ofegante e praguejando baixinho por ter esquecido o iPad no quarto dela.
Após revirar tudo, percebeu que não estava lá, o que significava que tinha esquecido no quarto ao lado, o qual ela não queria entrar no momento, pois sentia que poderia chorar se precisasse repetir todo o processo feito há menos de uma hora. Mas precisava buscar o aparelho, não podia nem ao menos se preparar pra dormir se não tivesse com ele, muito menos descer novamente para festa que estava acontecendo no jardim.
Voltando ao corredor, agora sendo mais silenciosa, abriu a porta devagar, e avistou as pequenas luzes de led coloridas nos miolos das flores desenhadas em toda a parede principal, que trazia uma luminosidade bonita para o quarto, deixando uma penumbra para que fosse uma noite agradável.
Por pouco, todo seu trabalho de se manter em silêncio foi por água abaixo, pois quando avistou alguém sentado no tapete branco e felpudo que ficava próximo ao berço, seu primeiro instinto era gritar. Por sorte, a luz da lua que atravessava a fresta da cortina deu claridade suficiente para que percebesse que era seu marido ali sentado, observando a pequena Bridget, que dormia pacificamente com a sombra de um sorriso nos lábios cheios, como se estivesse sonhando com a noite divertida que tivera.
Tom olhou em direção a porta, e fez um sinal para que ela se juntasse a ele, o que ela relutou em fazer já que tinha medo de acabar despertando Bessie, porém Tom continuou ali sentado, como se estivesse impossibilitado de sair de perto da filha.
Sentou ao lado dele no chão.
— Por várias vezes, vi minha mãe sentada por muito tempo, observando Paddy dormir. Lembro-me de perguntar porque ela fazia isso, e ela me disse "Fiz isso com você e com os gêmeos... Todos os pais gostavam de ver os filhos dormindo. Protegidos, em paz no mundo dos sonhos." Eu a entendo agora. Poderia passar horas vendo Bridget dormir, e nunca me cansaria.
Tom falou após um tempo em que eles apenas admiravam como era perfeita o fruto do amor deles.
— Ela é um presente. Meu para você... E seu para mim - Ele continuou, puxando Daya pra mais perto e beijando sua testa carinhosamente.
Zendaya tinha tudo preparado para aquela noite, tinha sapatinhos de tricô, o teste de gravidez e uma blusa que dizia "Sou irmã mais velha" para Bridget guardados numa caixa para a surpresa, mas não pode se conter, não com ele falando tão apaixonadamente sobre a filha deles.
— Tenho outro presente seu para mim… e meu para você… crescendo em meu ventre.
No silêncio do quarto, pode-se ouvir o arfar dele, e o exato momento em que ele controlou o tom de voz, impedindo que subisse duas oitavas, quando olhou para ela.
— Amor?! Você…?! Não brinca com essas coisas, Daya! - Tom gaguejava, a encarando chocado.
Ela levantou, oferecendo a mão para ele acompanhá-la até a suíte do casal. Chegando lá, lhe deu a caixa de presente e um Tom em lágrimas de felicidade - compartilhadas com ela - a abraçou e beijou suavemente sua barriga ainda plana.
Os dois ficaram abraçados, esquecendo que a família ainda estavam no jardim, somente curtindo a notícia de que a família estava aumentando e tudo era muito mais perfeito do que um dia imaginaram.
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One shots tomdaya
FanficOne shots baseadas em avistamentos de tz e loucuras da minha cabeça.