One Shot 17

1.7K 53 33
                                    

— Nós vamos fazer uma festa!

Foi a primeira coisa que minha namorada disse quando atendi a vídeo chamada naquela manhã.

— Uma festa? De fato, companheira?*

*[N/a: Do inglês britânico "Indeed, mate?"]

Não pude deixar de provocá-la em como pronunciou a palavra "festa", eu amava o fato que em algumas palavras ela escorregava para o britânico sem nem perceber.
Zendaya deu a risada que eu mais amava, e a saudade que estava dela apertou.

— Está vendo o que aconteceu comigo por ficar andando com você? - Brincou ela.

Darnell falou no fundo, reclamando que ela estava mudando de assunto, fazendo-a voltar ao tema que parecia ser o motivo da ligação.

— Não fica me distraindo, amor! Vamos fazer uma festa pra comemorar o aniversário do Darnell.

De repente o rosto de Darnell apareceu na tela, ele pegou o celular da mão dela e falou animadamente:

— Para comemorar NOSSO aniversário! Por que eu estou achando um absurdo não estarmos aí no dia do seu. Eu propus a Zend pra fugirmos do trabalho, mas ela não aceitou!

Pude ouvir a gargalhada dela no fundo, enquanto eu mesmo morria de rir. Sem me dar a chance de responder, ele devolveu o celular a Z.

— Eu não acredito que você dispensou uma proposta dessas. - Murmurei ainda rindo.

Zendaya estava jogada no sofá do seu apartamento em Boston e vagamente me veio a lembrança de quando ela estava no meu colo, nua, naquele mesmo sofá…

A voz de Darnell se despedindo me tirou da lembrança. Em pé atrás dela, vi ele prendendo a coleira de Noon e caminhando para a porta da frente.

— Vocês já estão indo? Não esquece meu green tea latte, por favor. - Daya disse, se dirigindo ao amigo e ao cachorro.

Se abaixando, deu um beijo em um Noon empolgado, tentei chamar a atenção dele e fui ignorado como de costume.

— Tchau, Tommy. - Darn acenou pra mim, voltando pra Z logo depois. — Não vou esquecer, meu bem e... - Darnell sussurrou algo para ela e recebeu um empurrão como resposta.

— Vai embora, Appling, bom passeio! Tchau, Noony!

Depois que ela fechou a porta, silenciando a risada de Darn, eu perguntei o que ele tinha falado, mas ela desconversou, voltando a falar da festa.

— Vai ser divertido uma festa, não é? Vamos fazer em Nova York, é claro, já que aqui não tem nada.

— Estou surpreso por você estar empolgada para uma festa. Quem é você? O que fez com a minha Zendaya?

Respondi sorrindo, vendo ela caminhando em direção ao seu quarto.

— Hey, as festas são legais! Não sempre, mas de vez em quando eu gosto. - Sua voz soou levemente na defensiva, mas o tom mudou rapidamente quando ela continuou — Eu continuo sendo a sua Zendaya...

Eu conhecia aquele tom.

Era o que me deixava arrepiado, com o coração aos pulos de desejo… e com uma ereção. Merda!

Baby, quanto tempo o Darn vai ficar fora?

Tentei soar desinteressado, enquanto rapidamente voltava para meu quarto.

— Ele vai passar numa loja pra trocar uma roupa, talvez demore um pouco pra voltar... O que você consegue fazer em quarenta minutos?

Ela estava sendo maliciosa, mas pude sentir como minha resposta a pegou de surpresa.

— Eu com certeza faço você gozar, pelo menos duas vezes.

Ela olhou diretamente para a tela, mordendo o lábio inferior, quando apoiei o celular numa das cômodas e tirei a camisa, os olhos escurecendo de desejo.

A próxima coisa que vi foi o teto do quarto.

— Zendaya?!

Sua voz estava longe e dava pra perceber que estava em movimento pelo quarto.

— Eu não vou te dar um streptease hoje, Thomas.

Eu gemi em frustração.

— Por que estou sendo punido?

Seu rosto lindo apareceu novamente, meus olhos desceram para seu colo, eu sabia que ela estava nua, mas parecia que minha namorada estava decidida a me enlouquecer hoje.

— Não é punição, só estou aumentando sua expectativa para seu aniversário.

Ainda sem mostrar nada, ela deitou na cama, soltando o cabelo do coque, e pude sentir meus dedos formigarem de vontade de tocá-los.

— Tem ideia de como você é extremamente sexy? - Falei meio tonto de desejo.

Minha memória, meus dedos e minha boca conhecem cada detalhe do corpo dela, a textura da pele e onde ela sentia mais prazer. Mas ela me privar de vê-lo era tortura.

E eu disse isso a ela enquanto deitava na cama depois de tirar o restante das roupas, e recebi em resposta um sorriso malicioso.

— Você sabe que pode ser um jogo a dois, não é? - Continuei, insinuando que não mostraria mais nada a ela.

E como prova, levantei a mão, focando a câmera somente na cabeceira da cama atrás de mim e imediatamente ouvi seu gemido de protesto.

Foi a minha vez de sorrir maliciosamente.

— Toom, eu preciso… Preciso te ver.

Ela estava ofegante, parecendo procurar as palavras e só por isso eu sabia que ela estava se tocando.

Seu gemido soou deliciosamente obsceno quando meu rosto entrou novamente em seu campo de visão. A mão que ela segurava o celular tremeu quando perguntei quão molhada ela estava pra mim e meu nome - Thomas - escapou do seus lábios quando ordenei que ela penetrasse dois dedos.

Não sei se foi intencional ou se ela ficou sem forças para manter a pose, fazendo o braço escorregar, mostrando seus seios, e foi minha vez de não segurar o gemido.

– Porra, você é tão gostosa!

Ela ofegou, um tremor sacudiu seu corpo deixando à mostra os mamilos e eu nunca quis tanto poder chupá-los. O jeito que ela sussurrou "quase lá" quando o orgasmo a tomou, me fez querer voar para Boston imediatamente.
Daya abriu os olhos devagar, levantando novamente o celular.

— Eu pensei nisso a manhã inteira. - Sua voz rouca fez meu pau contrair.

— Não há nada mais perfeito do que o seu rosto quando você goza, sabia disso?

De repente a câmera virou, focando em sua barriga e pernas, enquanto seus dedos deslizavam por sua pele, me provocando…
Sabia que ela estava sorrindo quando me respondeu:

— Você ainda tem uns vinte minutos, foi me prometido dois orgasmos. E em um deles eu preciso ouvir você.

One shots tomdayaOnde histórias criam vida. Descubra agora