capítulo 17, sem pensar nas consequências.

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Mais uma semana.

Uma semana cheia de emoções e sensações boas, outras nem tanto, Sunoo e Sunghoon agora estavam inseparáveis, visitavam um ao outro, pintavam juntos, até brincavam uma vez ou outra. Jungwon e Niki não podiam negar que sentiam um pouco de ciúmes por terem perdido toda a atenção que recebiam do melhor amigo mas entendiam que aquilo era importante, não para o plano que Sunoo inventou, mas sim para que ele pudesse perceber o mais rápido possível que estava apaixonado.

Já os amigos de Sunghoon sentiam-se deixados de lado, a relação deles estava extremamente abalada e a cada dia só se distanciavam mais, Sunghoon por causa da sua birra começou a evitar e ignorar Hueningkai, o americano percebeu e não fazia a mínima ideia do que tinha feito
para receber isso do Park, já com Beomgyu e Soobin, Sunghoon ainda ligava uma vez ou outra para falar do seu plano, claro, ele só sabia pensar nisso.

De um lado, Gyuri estava feliz de ver a versão nova e feliz de Kim Sunoo, por outro, as mães de Park Sunghoon não estavam gostando nada da versão calada e séria do filho. Elas viram as mudanças, ele mal falava com elas, não abria mais aquele sorriso enorme quando chegava em casa e via que Yuna fez doces para
ele, até mesmo perceberam como os irmãos Choi simplesmente pararam de frequentar a casa sendo que antes eles vinham quase todos os dias.

Um dia desses, Sunghoon estava sentado na calçada rabiscando o chão com giz, ele
reparou um caminhão de mudança chegando e parando na casa ao lado, ficou olhando curioso para saber quem estava chegando para morar lá. Até que desceu do carro, uma figura conhecida por Park Sunghoon.

─ Heeseung? ─ Ele se levantou animado
e correu em direção ao amigo, esse que
retribuiu o abraço com um sorriso no rosto.

─ Caramba, eu pensei que não iríamos mais.nos ver, sabe? Tipo aquelas amizades de verão que acontecem só no acampamento e depois nunca mais se vêem.

─ Eu pensei isso também, mas pelo visto
agora somos vizinhos.

─ Somos ─ Heeseung beijou a testa do
amigo e o abraçou mais uma vez antes o
afastar o suficiente para fazer uma pergunta que não saia da sua cabeça ─ E aí, já deu início ao plano?

─ Já sim, na verdade já está quase completo porque o Sunoo está comendo na minha mão ─ Park riu e Heeseung o olhou orgulhoso.

─ Fez do jeitinho que eu disse?

─ Tudo certinho, ganhei a confiança dele
relembrando algo que ele fazia com a mãe quando estava viva ─ O Lee olhou surpreso para o amigo, mas estava feliz que Park aprendia rápido.

─ O ponto fraco dele, caramba Sunghoon, você é genial.

─ Heeseung, não está falando sozinho de
novo não, não é? ─ Uma terceira voz se fez presente, era um dos irmãos de Heeseung quenestava com a visão tampada por várias caixas que segurava.

─ Não Jay, é um amigo de verdade dessa vez ─ Lee revira os olhos e voltou a olhar para o Park ─ Aquele é o meu irmão, o
outro de cabelo rosa que está levando uma caixa de livros é o meu outro irmão, o Yeonjun, eles são insuportáveis.

─ Eu preciso entrar, já deve estar perto do horário da janta, nos vemos amanhã?

─ Claro, até amanhã ─ Eles se abraçaram mais uma vez antes de se separarem, cada um para sua casa.

Sunghoon estava animado que alguém legal havia voltado para sua vida, Lee Heeseung era simplesmente o amigo que Park fez no acampamento de férias. Foi ele que deu a ideia do plano para Sunghoon e fez com que aquele garoto bobo e inocente fosse embora e desse espaço para esse que desejava vingança.

( . . . )

Depois de alguns dias, Sunghoon se encontrava na casa de Kim mais uma vez, iriam pintar juntos para entregar 'pra professora de artes. Estavam no quarto do americano e no chão um pano grande para sujarem e potes de tintas espalhadas.

─ O que você está fazendo? ─ Sunoo
pergunta se aproximando do quadro de Park.

─ Uma floresta, acha que está bom?

─ Está ótimo, a professora vai gostar ─ Sunoo virou o seu quadro mostrando a pintura que fez de Gyuri ─ Acha que está parecido com ela?

─ Está sim, você é um verdadeiro artista.

Voltaram a se concentrar nas suas pinturas e assim que terminaram, levaram para outro canto para que a tinta secasse e não sujasse com as outras tintas, começaram a limpar tudo aos poucos até o Kim chamar o mais velho.

─ Está sujo de verde aí, Hoonie.

─ Onde? ─ O americano se aproximou e sujou a bochecha de Sunghoon com a tinta verde ─ Eu não acredito que você fez isso.

─ Vai fazer o que, querido?

─ Você vai ser só ─ Sunghoon sujou seus dedos com a tinta rosa e começou a correr atrás do Kim, os dois corriam envolta do quarto enquanto riam alto.

Por um pequeno descuido o coreano escorreu no lençol e segurou a blusa de Sunoo para não cair, mas não adiantou, os dois caíram no chão, com o mais novo caindo por cima.

As mãos do rosado estavam do lado da cabeça do Park, os dois estavam se olhando e não queriam quebrar o contato visual. Kim pode sentir o coração acelerar e foi o que precisava para saber o que estava acontecendo ali, diferente de Sunghoon que não entendia porque o coração estava batendo tão rápido, achava que era o susto que levou por ter escorregado.

Foi então que o mais novo resolveu tomar
uma atitude que nunca na sua vida pensou
que fosse fazer, ele desceu o olhar dos
olhos brilhantes de Sunghoon e foi para a boca rosada dele. E aí, sem pensar muito nas consequências ou se alguém iria aparecer no quarto, apenas quebrou a distância entre eles com um um beijo.

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