capítulo 1O, primeiro a afundar.

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Aquela noite Sunoo teve outro sonho estranho, dessa vez ele estava em um
cômodo vazio e escuro, ele olhava para os
lados procurando por alguma saída mas não encontrava, mais uma vez se passou um vulto e ele tentou encontrar mas sem sucesso, ele olhou para uma das paredes que agora estava escrita "Não faça isso" em letras escuras.

Kim levantou da cama e enquanto seguia
sua rotina ficava pensando nesse sonho, o
que ele não deveria fazer? Quem estava o
avisando? Poderia ser sua mãe? "Ah não,
essas coisas não existem, é apenas um sonho bobo", pensou ele.

A campainha tocou assim que ele terminou de comer as suas torradas, se levantou e pegou a mochila se despedindo de Gyuri, ele saiu de casa encontrando seus melhores amigos.

─ Bom dia, meninos ─ Sunoo abre um
sorriso.

─ Bom humor logo cedo? Isso não combina com você ─ Jungwon diz.

─ Bobo, eu estou apenas contente que as coisas estão acontecendo mais rápido do que pensei ─ Kim começou a caminhar e seus amigos ao seu lado ─ Sunghoon disse que vai me levar para um lugar hoje e que eu iria amar.

─ E se for armadilha? ─ Niki pergunta
começando a ficar preocupado.

─ Acham mesmo que o Sunghoon iria fazer algo contra mim? Ele é ingênuo demais para isso.

─ Só estamos preocupados com você, Sunnie, medo desse plano não dar certo ─ Jungwon explica e Sunoo revirou os olhos.

─ Não precisam se preocupar, e não me
chamem assim, não sou mais um bebê.

Eles passaram o resto do caminho em
silêncio, Jungwon e Niki trocavam olhares
escondidos como se estivessem conversando sem Sunoo saber. Assim que chegaram no colégio já se juntaram com os outros meninos e começaram a conversar sobre projeto de artes que as professoras estavam pensando em fazer com os alunos, alguns acharam divertido e outros uma perda de tempo.

A manhã se passou se forma comum, nada extraordinário havia acontecido mas depois que o sinal foi tocado, Kim saiu da escola e encontrou Sunghoon esperando por ele no portão.

─ Vamos? ─ Sunoo balança a cabeça
positivamente e os dois começam a caminhar juntos.

─ Não vai mesmo me dizer para onde vamos?

─ Não, é surpresa, Nono.

Eles andaram pelas ruas conversando sobre as aulas e o quanto odiavam o professor de geografia que sempre explicava tudo de uma forma complexa demais para suas cabeças de raciocínio lento. Kim notou que eles estavam entrando em um bosque e começou a
ficar com medo, e se seus amigos estivessem certos e Sunghoon estivesse aprontando algo ruim? Ele não faria isso certo? O Park era muito bonzinho para fazer algo errado.

─ Chegamos ─ Sunghoon abriu um sorriso e apontou para a casa abandonada que estava dominada pelo mato ─ Você disse que fazia isso com a sua mãe quando era pequeno, o que acha de relembrar isso mas comigo? ─ Ele levantou a mão em direção ao americano e o outro o olhou surpreso com aquela atitude, ele não estava armando nada ruim, estava fazendo uma surpresa boa.

Sunoo sorriu e o mesmo não saiba que seus olhos tinham brilhado como não brilhavam há anos, ele pegou na mão de Park e os dois entraram de mãos dadas na casa abandonada, de dia não parecia tão assustadora mas ainda assim, dava alguns arrepios no mais velho.

─ Pensei que fosse medroso demais para
conseguir entrar numa casa abandonada ─ Kim comenta.

─ E sou, mas eu senti necessidade de te fazer uma surpresa legal, relembrar as memórias boas sempre é bom, principalmente quando é com alguém que gosta.

Sunghoon abriu sua mochila e tirou de lá uma toalha de piquenique, colocou no chão e os dois se sentaram um ao lado do outro, o mais alto tirou da mochila salgadinhos, dois sanduíches que havia feito e duas garrafinhas de suco de laranja.

─ Só não vamos contar histórias de terror
senão eu fico mais assustado.

─ Como quiser ─ Os dois comiam em silêncio e agora não parecia tão desconfortável a companhia um do outro,
quem olhasse por fora diria com toda a
certeza que eram melhores amigos, ou talvez algo a mais.

─ Sunghoon, obrigado ─ Sunoo agradece sem tirar o sorriso do rosto ─ Eu parei de fazer essas coisas depois que minha mãe se foi, não queria trazer as lembranças de volta, mas isso aqui realmente me fez bem.

─ Amigos são 'pra isso, Sunoo ─ Os dois
trocaram sorrisos.

Por incrível que pareça, Kim estava sendo
sincero, ficou muito surpreso mas tinha amado poder fazer de novo algo que fazia com sua mãe, ele podia odiar Sunghoon mas aquele gesto dele havia mexido com o seu coração e isso não podia negar.

Mas diferente dele que estava sendo sincero pela primeira vez, Park agia em nome do seu plano, sabia que isso iria mexer com o coração do americano e conseguir a confiança dele mais rápido, os sorrisos dele eram falsos e carregavam o puro desejo de vingança.

Kim Sunoo achava que estava avançando
no plano, só não sabia que seria o primeiro a afundar.

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