Vou em direção ao quarto do meu pai, Walter estava nos chamando para entregar nossas novas armas, e eu fiquei com a missão de chamá-lo. Encontro ele sentado em sua cadeira olhando para sua mão.

— Você está bem?–Digo me aproximando, não era normal ele ficar olhando pro nada. Vejo resquícios de lágrimas de sangue em seu rosto e sangue em sua luva, provavelmente deve ter sonhado com algo, decido não questionar ele sobre isso.

—Sim, o que te trás aqui? – Ele disse limpando o rosto e me olhando.

— Walter está nos chamando, ele disse que irá entregar novas armas.

— Então vamos – Ele levantou e pegou os óculos que estava encima da mesa, em seguida ele atravessou a sala e se misturou nas sombras, sorrio e vou atrás dele. Esse era o meio mais rápido de se mover pelos lugares que eu aprendi com o mesmo, não é algo difícil de aprender, só é preciso concentração.

Encontramos ele no quarto de Seras, discutindo sobre o fato de ela ter que dormir no caixão apartir de agora, mas pelo visto isso não está sendo bem aceito por ela. Até o o homem ao meu lado resolver se pronunciar. 

— Sua fraquinha imbecil– Ele disse parado no batente da porta comigo.

— Mestre –Ela disse surpresa com a intromissão repentina.

—Você escolheu a noite. Uma vez que você abandonou o sol e escolheu a noite, não há mais volta– Dou uma cotovelada nele.

— Está sendo rude, papai. Mas ele está certo Seras, quando se entra nessa vida, a única forma de sair é em um caixão, ela não pode ser evitada a essa altura do campeonato– Digo isso enquanto entrava no quarto. Estranhamente, depois que eu terminei de falar, ela não disse nada, sua cabeça estava inclinada para baixo, fazendo com que eu não pudesse ver sua expressão — Seras?

Chamo sua atenção, mas ela só  levanta a cabeça com uma cara confusa e quando menos se espera.

—PAPAI?!!– Ela berrou tão alto que era impossível as pessoas no andar de cima não terem ouvindo, tenho a impressão que até a mansão tremeu. Olho pra ela sem entender, ela realmente não sabia disso?

— É... Você não sabia disso?– Pergunto incerta, era tão óbvio que qualquer pessoa saberia só de olhar, um bom exemplo disso foi o Padre Anderson em Bradrick.

 
— Mas, mesmo assim, você tem uma cama no seu quarto, por que eu não posso continuar dormindo na minha?– Ela falou isso ainda confusa.

— Eu sou mestiça, não vou me aprofundar nisso, mas em outras palavras, eu literalmente posso dormir em uma cama e não beber sangue durante um bom tempo. Eu não consigo dormir por muito tempo em uma cama, por isso eu costumo só cochilar nela e sempre bebo regularmente– Dou de ombros enquanto explico, realmente se tornou impossível viver como uma pessoa normal de 3 anos pra cá.

Sem dizer mais nenhuma palavra, o dito vampiro entrou no quarto também.

— Senhor Alucard, eu estava prestes a lhe entregar isso– Ele disse entregando uma maleta para o homem de vermelho. Ele abriu e dentro dela estava uma arma preta junto com um cartucho.

— Isso é...– Ele tirou a arma da caixa e Walter começou a sua longa explicação.

— A pistola de combate antimonstros 13 mm, Jackal. Ao contrário da .454 Casull que você estava usando, está arma carrega um novo tipo de munição. 39 cm de comprimento, pesando 16 kg, usando um pente com seis balas. É muito pesado para um humano.

— Munição?

— Cápsula explosiva 13 mm.

— O revestimento?

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