—Bom, agora que algumas coisas foram esclarecidas, eu vou falar o porque de estar aqui. Eu quero a Elizabeth na minha organização– Disse a loira enquanto se ajeitava no sofá. Então foi por isso que ela veio até aqui, mas a mulher ao meu lado não parece ter gostado muito do pedido dela.

— Pequena Integra, acho que você não entendeu muito bem o que eu havia falado antes. Eu larguei a Hellsing pra que minha filha pudesse viver uma vida normal, seu pedido é simplesmente inaceitável– Falou botando a xícara na mesinha de centro que tinha ali. Me encosto no sofá e só observo, mesmo que eu queira dar a minha opinião, sinto que ela não vai ter muita importância.

— Sim, eu ouvi isso, mas mesmo assim, você precisava entender que, por ser uma meia vampira, ela representa um certo perigo– Ela falou de uma forma seria.

—Mesmo sendo uma híbrida, isso não significa que ela terá os mesmo hábitos e dons que um vampiro– Minha mãe já estava começando a perde a paciência.

—Ah, aparentemente, você foi a única que não percebeu, olhe para essa criança– Disse o vampiro, fazendo com que todos virassem para mim— Seu rosto está cansado e mais pálido do que o de uma pessoa humana, sem falar que está evitando ficar perto do sol enquanto se encolhe no canto do sofá– Ele falou isso como se fosse óbvio, o mesmo começou a se aproximar de mim, até ficar de frente comigo e se abaixou na altura do meu rosto e fez uma pergunta— Diga Elizabeth, você as vezes sente uma sede insaciável? Uma sede que nem a água ou qualquer outra coisa consiga saciar?– Perguntou enquanto sorria.

Miserável. Ele já sabia da resposta e isso era mais do que óbvio, mas queria ouvir da minha boca. Continuo em silêncio olhando em seus olhos, eram vermelhos como os meus, depois de alguns segundos o encarando, finalmente cedo e viro o rosto para o lado.

— Sim, eu costumava sentir isso uma vez no mês e só durava uma ou duas horas, mas de uns tempos pra cá, a frequência aumentou e a duração também– Disse virando a cabeça para olha o seu rosto de novo, ele parecia satisfeito com a resposta e virou o rosto na direção da mulher ruiva ao meu lado, como se provasse sua teoria. Ele logo voltou a falar novamente, mas agora sobre outro assunto, seu olhar estava na bainha da minha adaga— Faz ideia do que está com você? Sabe de quem era essa adaga?– Ele me perguntou de forma seria. Dou um sorriso debochado e respondo com sarcasmo.

— Talvez sim, talvez não– Digo como quem não quer nada. Esse cara só pode tá de brincadeira, ele acha que eu vou falar sobre isso com ele, como se não fosse nada de mais? Vou aproveitar pra ver até aonde a paciência dele vai.

—Essa adaga era de Kassius, O caçador. Eu me encontrei com ele uma vez, foi breve, mas eu pude velo em ação, essa é a segunda vez que eu vejo essa adaga, pelo visto somente Meta- humanos são capazes de usá-la –Pera aí, ele conheceu Kassius? Ele viveu a mais de 300 anos e é uma lenda, pelo visto esse cara é bem velho.

—Você também é uma Meta-humana, senhorita Sicília?– Perguntou o mordomo que se eu não me engano é Walter.

—Não, mesmo não envelhecendo como todas as outras pessoas, eu não tenho uma "habilidade" por assim dizer- Ela respondeu para o homem com uma cara feia, ela não gostava de falar sobre esse tipo de assunto.

—Nos desviamos do assunto principal. Meia humana ou meia vampira, eu ainda quero que ela venha comigo– Disse a loira sem paciência.

—E eu já falei que ela irá ficar– Dessa vez quem falou foi a minha mãe. Esse foi só o começo de uma longa discussão, que nos levou até esse exato momento.

Eles já estão discutindo a mais de 1 hora, quando será que vão se acalmar. Olho pro vampiro ao meu lado, ele realmente conheceu Kassius? Não estou surpresa pelo fato de ele ser velho, mas nenhuma criatura sobrenatural sobreviveu a um encontro com ele, isso é suspeito. Depois de um tempo ele finalmente me notou e levantou a sombrancelha em forma de interrogação.

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