Hellsing

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Olho para o mar de chamas bem abaixo de mim. Essa deveria ser a capital da Inglaterra, a bela Londres, mas tudo era caótico e sangrento. Havia pilhas e pilhas de cadáveres pelas ruas e avenidas, diversos soldados de roupas brancas e armas em punhos sobrevoam os prédios em helicópteros e algo em particular chamava a minha atenção.

Enrico Maxwell estava dentro de uma caixa de acrílico, e dizia aos berros algo sobre avançar e matar os pecadores. Também haviam soldados com roupas pretas e que carregavam a bandeira nazista em seus uniformes.

No entanto, todos tinham uma coisa em comum, eles marchavam em direção a um ponto específico e eu me aproximo para ver o que era. O exército católico e nazista estavam em direções opostas, e bem a frente dos mesmos, estavam Anderson e um homem que eu não reconheço, mas também consigo notar uma outra presença.

Parado bem no meio dos comandantes, estava o meu pai. Ele parecia alegre pela situação em que se encontrava e não estava ligando para a presença das demais pessoas, mesmo que isso parecesse uma "desvantagem".

Faço com que Rajun mergulhe em direção a eles, mas mudo o trajeto quando vejo Integra e Seras paradas não muito distantes daquela cena.

Com um rugido, meu familiar faz com que toda a atenção seja direcionada a nós e eu consigo sentir o olhar do vampiro me seguir. Quando estamos próximos a elas, ordeno que Rajun retorne para as minhas sombras e pouso  no chão, em seguida, caminho até minha comandante.

Ela não parecia ferida, nem nada do tipo, estava completamente igual a antes. Já o mesmo não poderia ser dito sobre Seras, um de seus braços não existia mais e em seu lugar estavam sombras, seu olhar agora se assemelhava a de um predador, sombrio e afiado.

Algo deve ter acontecido no quartel enquanto estava fora, porém, isso não faz mais diferença, pelo menos ela conseguiu se tornar uma vampira de verdade. Não consigo achar Walter com os olhos, provavelmente ele deve estar por aí fazendo alguma coisa importante. Não acho que ele seria capaz de morrer por tão pouca coisa.

A verdadeira festa está prestes a começar.

— Você está atrasada, como sempre – A mulher loira reclama em um tom sarcástico.

— Tive algumas complicações, mas já estou de volta– Me ponho ao seu lado e observo a cena a minha frente se desenrolar. Só havia sobrado nós 4 no campo de batalha, contra mais de 2 mil soldados. Isso será interessante de ver.

— Minha mestra! Minha mestra, Integra Hellsing! Ordene-me!– O mais velho começou a gritar para que todos conseguissem ouvi-lo.

— Meu servo, vampiro Alucard, eu te ordeno: tinja de vermelho as vestes dos soldados de branco com a sua arma branca! Tinja de vermelho as vestes dos soldados de preto com a sua arma preta. Sem deixar que nenhum deles escape com vida, tinja nossos inimigos com o vermelho do próprio sangue deles!– Integra grita de volta para o mesmo em um discurso emocionante. Essa é a marca registrada desses dois— Caçar e destruir! Caçar e destruir! Elimine todos! Não deixe nenhum deles escapar desta ilha!

— Entendi. Seu desejo é uma ordem, minha mestra– O que será que ele está planejando?

— Abrir técnica de restrição de controle zero! Retorne! Milhares e dezenas de milhares de vezes, regresse! Cante!– Ela ordenou ao homem de capa vermelha.

— Eu sou o pássaro de Hermes...– Mesmo a quilômetros de distância, sinto uma aura sendo emitida do navio. Era o caixão do mesmo que estava a se abrir depois da retirada da restrição. Todos pareciam sentir o perigo que aquilo representa— Eu devoro minhas próprias asas...

Sem esperar que ele terminasse, Anderson atira suas baionetas no mesmo e o comandante dos soldados nazistas o golpeia com um chute. Esse foi o sinal para que os outros também avançassem e começassem a atirar