Atirando de forma incessante, o vampiro atinge o padre, que retribue apunhalando o inimigo. Vendo uma brecha, Alucard atira no ponto em que o artefato estava.

Ao invés de destruir o objeto, a bala é parada e não causa um arranhão no padre. Usando as habilidades recém adquiridas, o loiro cria uma cruz feita de vinhas espinhosas.

Erguendo a arma em direção ao mesmo, o morto-vivo não pode impedir que uma lâmina seja cravada em seu crânio. Ramos começaram a surgir e o imobilizaram.

Chamas começam a tomar seu corpo e as almas que pertenciam ao Nosferatu também começaram a arde em chamas.

Juntamente com Seras, pulo em direção ao confronto. Por mais que ele tenha me dito diversas vezes que não existe imortalidade, não posso deixar que se vá dessa forma.

— Pai!

— Mestre!

Gritamos na esperança de acorda-lo. Os olhos sem foco dele só me deixavam mais e mais preocupada. Mesmo sem saber se ele poderia ou não nos ouvi, continuei a chamá-lo.

— Pai! Acorde, a batalha ainda não acabou!– As chama que o envolviam queimavam a minha pele e roupa enquanto eu o balaçava desesperadamente.

— Mestre!

— Papai!– Vejo ele abrir um pouco os olhos e sinto um pouco de esperança preencher meu interior.

Imediatamente, Anderson aparece e apunhala o peito do vampiro caido, tentando perfurar seu coração e com sua baioneta, fogo e vinhas espinhosas o acompanhavam.

— Seras!– Grito saindo do lado de meu pai e segurando os punhos do padre, impedindo que ele afunde mais a arma. Seras segura a lâmina com a mão, tentando puxar para fora.

Agora além das chamas, espinhos também perfuram meu corpo. Era doloroso, e pelo canto do olho pude ver a loira na mesma situação.

— Vamos velho... Isso não é hora de descansar. Você lembra, certo? Só humanos podem matar monstros como nós. Recomponha-se!

— Mestre!

— Pare de gritar polícial! Sua voz está mais alta do que nunca– O vampiro finalmente nos respondeu. Mesmo que seu corpo estivesse queimado quase que por inteiro, ele não pode deixar de ser ácido— Alta o suficiente para acordar os mortos. E você, Elizabeth, por que está sendo tão dramática?

Eu e a policial nos entre olhamos e sorrimos. Ele havia voltado.

— Anderson, eu ficaria feliz de ser derrotado por você. Naquele dia, quando o sol se pôs naquele campo. Naquele dia, há 523 anos. Teria ficado feliz de entregar meu coração a você, mas... ainda não é a hora. Você não vai me derrotar!– Usando sua força, o vampiro quebra a baioneta que estava alojada em seu peito e parte as vinhas que o prendiam. O círculo de restrição contido em sua luva começou a brilhar— Assim como essa criança disse, aqueles que podem derrotar monstros são sempre os humanos. Os que não são humanos não conseguem!

O vejo avançar contra Anderson que também o ataca. Dessa vez, a vantagem parecia pertencer ao meu pai, que conseguia avançar cada vez mais, no entanto, algo estava me incomodando.

Ele não parecia o mesmo de antes. O vampiro que antigamente lutava e matava por diversão, agora parecia desesperado. Como se fosse uma criança enfrentando o bicho-papão.

Assim que se aproximou o suficiente do padre monstro, sua mão perfurou o peito de seu inimigo para em seguida arrancar o coração que ainda continha a Unha de Helena.

Sem o objeto sagrado, o corpo do paladino voltou ao que era antes, ou pelo menos o que sobrou dele. O Nosferatu esmagou o coração que ainda pulsava e pós fim aquela luta.

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