Estávamos escondidos em uma pequena vila, o lugar era bem antigo, mas bonito de se ver. Bernadotte e Seras haviam saído para comprar comida e meu pai estava falando com Integra no telefone enquanto eu só observar sem mover um músculo.

Só consegui pegar meu livro e meu celular antes de irmos embora, mas o mesmo estava descarregado e por isso eu estava no tédio total.

— Se pelo menos tivesse lembrado do carregador...– Começo a escutar uma risada escandalosa e suspiro. Ele deve estar mexendo com a pobre da Íntegra.

A porta abre e aqueles dois entram, eles parecem está se dando bem apesar do começo.

— Vamos voltar para a Inglaterra, sua Majestade está convocado uma reunião. Temos que ir imediatamente– Me levanto e começo a colocar as minhas botas.

— Impossível, não da pra voltar– Disse Bernadotte bebendo o resto de sua bebida.

— Vai levar uma semana de barco, e um avião esta fora de cogitação –Digo terminando de amarrar as minhas botas— Vamos nos atrasar, a vovó odeia atrasos. 

— Nós não podemos deixar aquele caixão aqui, podemos?– Bernadotte perguntou olhando para os dois caixões que estavam na sala. Meu pai se levantou e foi em direção ao seu caixão.

— Este é o meu domínio final, foi aqui que eu nasci, e aqui eu morrerei.

— Como você é dramático velho, já pensou em entrar pro teatro? Bom, não precisamos ouvir lamentações, deixem pra reclamar no caminho, agora precisamos de ideias– Depois de alguns segundos o homem de tapa olho levantou o braço extremamente animado. 

— E se nós usássemos aquele seu gato demônio? Ele sabe voar e conseguiria nos levar até lá– Seras se animou e foi na mesma pilha que ele, logo os dois estavam pulando e cantando: " Vamos embora! Vamos embora". Olho para eles incrédula, eles acham mesmo que Rajun conseguiria levar dois caixões e quatro pessoas nas costas sem nenhum problema? Respiro fundo e volto a falar.

— Impossível, ele é um gato infernal, e não um burro de carga voador, se fosse só as quatro pessoas eu até poderia cogitar essa opção, mas ainda tem a bagagem.

— Magia?– O outro vampiro sugere, mas infelizmente, vou ter que descartar também.

— Eu precisaria fazer pequenas paradas no caminho entre aqui e a Inglaterra, e em uma dessas paradas é possível irmos para no meio do oceano ou algo pior– Esfrego o espaço entre as minhas sobrancelhas em aborrecimento— Só se um milagre chutar aquela porta, e nos der um avião para consegui voltar para Londres, caso contrario, podemos esquecer qualquer possibilidade de conseguirmos voltar a tempo– Digo de olhos fechados e apontando para a porta de madeira. Na mesma hora que eu falo isso, a porta é arromba com um só chute e Alexander Anderson aparece caminhado em direção ao meu velho, que também levantou indo em direção a ele.

Os dois começaram a se socar inúmeras vezes, até que o sangue jorrasse de ambos. O vampiro parecia extremamente feliz, esquecendo completamente o fato de estarmos presos em um país desconhecido, em um continente completamente diferente e com um maníaco atrás da gente. 

— Não conseguiu esperar, Anderson?!– Ele disse pegando as duas pistolas e apontando para o homem loiro.

— Alucard!– O padre espirrou o sangue pra fora do nariz e pegou suas baionetas. Bernadotte pegou uma pistola e Seras pegou uma arma, já eu não me preocupei e me joguei na poltrona que o meu pai estava sentado anteriormente, o padre sempre nos ignora e vai direto para o vampiro mais velho. A policial tenta acerta-ló por trás, mas ele percebe antes que a arma consiga atingi-ló e sorri assustando ela que, na mesma hora recua.

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