Adeus

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Colin não disfarçou sua preocupação ao ver Penelope nos braços daquele bastardo.

Não interessava o motivo nem quão importante era manter a farsa; ele não a queria perto de Mallory.

Wally disse algo, mas Colin mal ouviu o comentário ou prestou atenção na própria resposta. Ele não estava com ciúme; era algo mais quente e mais puro.

Estava apavorado que algo pudesse tirar Penelope dele. Eles estavam muito perto do fim, mas se isso significasse perdê-la, não valia a pena. Não mais.

Colin deu um passo para longe de seus companheiros.. Se precisasse escolher entre encontrar o assassino e ficar com Penelope, sabia a resposta.

Não apenas admirava Penelope; ele a amava com cada pedaço de sua alma e faria qualquer coisa - qualquer coisa - para protegê-la do perigo.

Uma mão pousou em seu ombro.

- O que está fazendo? - murmurou Crispin.

- Tirando minha esposa de perto daquele...

- Ele não vai fazer nada aqui. Apenas espere.

- Não quero esperar.

- Você também não quer cometer um erro agora, Colin.

Crispin tinha razão. Colin os observou valsar pela sala com a mandíbula apertada, o controle sobre si esticado até o limite.

Seu coração só voltou a bater novamente quando viu que os dois haviam voltado às costumeiras discussões.

Enquanto Kate Bridgerton escoltava Penelope para fora da sala, ele se forçou a prestar atenção na conversa novamente.

Ela estava segura, disse a si mesmo. Tudo o que Colin precisava fazer era mantê-la assim.

Ele se concentrou em fazer sua respiração voltar ao normal enquanto Mallory retornava ao grupo.

- Sua esposa é uma excelente dançarina - elogiou ele, aceitando uma taça de vinho de um criado.

- Você também é, Daniel - apontou Phillip com um sorriso. - Não pisou no pé dela uma única vez.

Com um rápido olhar de soslaio para a porta pela qual Penelope havia desaparecido, Mallory colocou a mão no ombro de Colin.

- Posso conversar com você por um instante, Colin?

Colin forçou-se a responder em um tom normal:

- Mas é claro. Peço licença.

Daniel cruzou a sala até as janelas do outro lado e, com uma preocupação crescente, Colin o seguiu.

Era óbvio que eles não deveriam ser ouvidos, seja lá o que o conde quisesse falar.

Colin piscou, tentando se recompor.

Penelope estava segura, e ele estava prestes a pegar um assassino. Bom, sua esposa simplesmente teria que perdoá-lo se ele acabasse fazendo um pouco de espionagem naquela noite.

- Não sei se cabe a mim dizer algo - começou Mallory em uma voz baixa -, porque sei o quanto você permitiu que Penelope se envolvesse, mas acho que é importante.

A tensão de Colin aumentou ainda mais à menção do nome de Penelope, e ele se perguntou se Mallory sabia quão perto estava de morrer, com ou sem prova de sua culpa.

- O que é?

- Eu sei que você queria que sua investigação fosse mantida em segredo. Porém, enquanto dançávamos, sua esposa não parou de tagarelar sobre Marley não ser o assassino e sobre documentos misteriosos cuja existência só ela sabia e que provariam a identidade do assassino. É desnecessário dizer que fiquei bastante preocupado, Colin. Se ela não tivesse falado comigo, ou se tivesse falado com qualquer outra pessoa da mesma maneira, poderia ter destruído todo o seu trabalho duro e colocado você e sua família em perigo.

Just let me adore you (Apenas me deixe te adorar)Onde histórias criam vida. Descubra agora