Capítulo 12

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A manhã de sábado chegou em um dia ensolarado. Mesmo podendo ficar na cama até tarde, já que não haveria expediente na Dope naquele dia, Reki levantou da cama em um pulo, sem reclamar da hora, tanto que ao aparecer na cozinha naquela manhã, Masae e Koyomi se surpreenderam ao ver Reki tão bem disposto.

— Bom dia querido — Masae estava animada mexendo em uma panela, quando percebeu o estado de agitação que seu mais velho estava. — Vejo que está de bom humor hoje, até acordou cedo, mesmo sem precisar trabalhar.

— Só quero aproveitar bastante meu dia de folga — disse sentando-se a mesa. — Por que está me encarando Koyomi?

— Você está mais estranho do que o normal — ela disse como se aquilo não fosse nada demais. — Vai passar o dia com Langa hoje?

— Mais tarde — ele torcia desesperadamente para que conseguisse estar com Langa e que o tempo corresse até que desse a hora. Será que o canadense se sentia assim também?

— Mas me avise se for chegar tarde ou se for ficar na casa de Langa, ok mocinho?

— Pode deixar, mãe.

Com isso, Reki tomou café com a mãe e Koyomi, uma vez que as gêmeas e avó ainda estavam dormindo e o pai já tenha saído para trabalhar, fazendo o café da manhã ocorrer em um raro momento de tranquilidade.

Quando olhou de novo para o relógio, deu-se conta de que faltavam várias horas até que pudesse estar com o canadense, já que a mãe de Langa sairia para o trabalho apenas no meio da tarde. Mesmo animado, Reki ainda estava ansioso e sabia que não era uma boa combinação tentar andar de skate sem estar bem concentrado, então optou em ficar na oficina produzindo novos desenhos para adesivos que poderia colocar na prancha.

Volta e meia ele olhava as horas no celular e lia mais textos com dicas e conselhos em fóruns que conseguiu localizar durante a madrugada. Parte da mente dele não conseguia acreditar que daqui a algumas horas ele estaria com Langa.

Quando (finalmente) estava quase na hora de poder sair, o ruivo foi tomar banho.

Em uma das matérias que havia lido de noite, constava que seria bom raspar os pelos no corpo, não que fosse obrigatório, claro, já que os gostos poderiam variar de casal para casal (eles eram casal, certo?); Reki achava que seria uma boa fazer isso, já que não tinha muito, poderia tirar de uma vez.

Durante o banho, com cuidado, ele se preparou da melhor forma possível, mesmo querendo, não poderia negar que era um pouco estranho estar fazendo tudo aquilo. No fim, até que ficou satisfeito com o resultado que tinha alcançado.

Enquanto colocava seu moletom, o celular começou a vibrar com uma nova mensagem.

Langa: Oi Reki, tudo bem? Você ainda quer vir aqui?

Reki: Vou só terminar de me arrumar e logo mais estou chegando aí.

Langa: Certo.

Se não fosse por um pequeno detalhe subtendido na conversa, Reki nem estranharia, mas a realidade é que ele está indo se encontrar com Langa para ir até o fim com ele. Se alguém tivesse dito ao ruivo que estaria com esse tipo de relacionamento com o canadense um ano depois de se conhecerem, com certeza cairia na risada, mas a verdade era essa, e queria muito que acontecesse.

— Vou indo nessa, mãe.

— Até logo querido, não esqueça de avisar se for demorar ou se for dormir fora.

— Ok.

Reki subiu na prancha, e começou a fazer o trajeto até o apartamento em que Langa morava com a mãe, a cada remada que dava, seu coração acelerava mais em expectativa. De skate, o trajeto todo não levava 15 minutos, mas no meio do caminho ele parou diante de um estabelecimento.

Um Conto de Fadas RadicalOnde histórias criam vida. Descubra agora