— Nossa, esse dia foi muito louco — comentou Reki enquanto se segurava em Langa para voltar para casa depois de saírem do S.
— Por que diz isso?
— Ora, depois do festival escolar a gente se beijou, ficamos um tempinho sem nos falar...
— Para mim foi muito tempo.
— ... Cada um de nós foi se aconselhar com um dos adultos do grupo, e quando nos encontramos, decidimos apenas seguir em frente.
— E qual é a parte louca? — questionou Langa atento na estrada.
— Você por acaso esperava que algo assim poderia acontecer?!
— Não muito, mas tinha esperanças de poder ficar com você pelo infinito mesmo como um grande amigo.
Reki agradeceu ao fato de que estava na garupa da moto, pois assim o canadense não seria capaz de notar como seu rosto ficara vermelho. Ele percebeu nesse curto período, que uma das diferenças na relação entre os dois era que agora Langa iria falar algumas coisas muito embaraçosas.
— O infinito parece cada vez melhor — Reki comentou por fim, sorrindo contra as costas de Langa.
Àquela hora da noite, o trajeto entre o S e a casa do ruivo era bem rápido, já que não havia muitos carros na rua, logo estavam em frente à grande casa do ruivo.
— Valeu pela carona, cara — agradeceu Reki entregando o capacete, mas sem realizar nenhum movimento para se afastar e entrar em casa.
O canadense por sua vez também não parecia estar com muita pressa de se afastar do ruivo, mesmo com a hora tardia. Ele retirou o skate do ruivo do suporte da moto e o entregou. Só que parecia que Langa estava se movimentando bem mais devagar que o habitual, tudo para prolongar o tempo ao lado de Reki.
— Bem... então boa noite.
— Boa noite.
Mas ainda assim, nenhum dos dois fez qualquer movimento, até que Reki conseguiu reunir a coragem necessária, ao menos para tentar se expressar.
— A gente... pode er... se você quiser, é claro... — começou Reki, ainda sem jeito de dizer, apenas sabendo que queria mais um pouco de Langa antes de se afastarem. — Sabe como é... quando...
Ele não precisou falar muito mais para que Langa compreendesse e tomasse a ação que Reki desejava. O ruivo foi conduzido até o muro que cercava a casa, bem próximo dos arbustos com os hibiscos, e sentiu os lábios de Langa sobre os seus mais uma vez naquele dia.
Tudo estava muito louco para ele, mas uma das poucas certezas que tinha era que aqueles momentos beijando Langa eram certos, além de ser a coisa mais incrível que poderia acontecer com ele.
— Você não vai precisar pedir, Reki. Acho que vou querer beijar você sempre que possível.
E os dois prosseguiram com os beijos, mesmo quando eles necessitaram de um pouco de ar, o canadense não afastava os lábios do rosto ou do pescoço de Reki. Mesmo em meio a noite fria, Reki sentia-se como se estivesse pegando fogo. Parecia que Langa estava mais despreocupado com suas ações, agora que eles tinham se acertado de certa forma.
Os dois gastaram mais tempo ali aos beijos do que para chegar até a casa do ruivo.
Quando os lábios dos dois estavam inchados e suas faces coradas, eles se afastaram. Agora já não havia mais aquele constrangimento inicial, eles apenas estavam aproveitando o novo modelo de amizade.
— A flor de hibisco fica bem em você, Reki — disse Langa, empurrando uma flor para mais perto do rosto do ruivo, mas sem arrancá-la do arbusto, apreciando a imagem diante de si.
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Um Conto de Fadas Radical
FanfictionReki Kyan e Langa Hasegawa estavam no último ano do ensino médio. A amizade dos dois estava mais forte do que nunca. Dividindo o tempo entre a escola, trabalhar na Dope Sketch, andar de skate e competir no S, os dois parecem estar sempre juntos, apr...