Capítulo 13

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Os dois passaram mais tempo do que deviam debaixo do chuveiro, que foi um momento cheio de carinho e também divertido para eles, falaram besteiras, bagunçaram os cabelos molhados um do outro e riram bastante.

Quando acharam que já tinham passado tempo demais ali, e que se continuassem daquele jeito, poderiam acabar caindo no piso escorregadio, se enrolaram nas toalhas e voltaram para o quarto de Langa.

Após secar o cabelo, o ruivo recolheu as roupas bagunçadas do chão e vestiu apenas a cueca roxa e decidiu relaxar na cama, ao passo que o canadense apenas colocava uma calça de moletom folgada para depois se juntar ao ruivo.

— Como você está, Reki? — questionou o canadense, analisando todo o corpo do ruivo.

— Não precisa se preocupar, depois do banho, ah... enfim, não está mais tão dolorido — admitir aquilo era um pouco constrangedor.

— Isso é bom — ele deitou ao lado de Reki. — Mas quero saber se você está bem por completo — disse Langa olhando nos olhos de Reki. — Fico preocupado com o que você pode estar guardando dentro da sua mente. Gostaria muito de poder ler seus pensamentos agora.

Reki virou o rosto, dando uma risada para aliviar o clima.

— Se você conseguisse ler a minha mente, veria que gasto muito tempo pensando em skate — ele comentou em tom leve. — Mas não precisa se preocupar, Langa. Posso não compreender tudo ainda, mas sei que o que temos e o que aconteceu hoje, não tem nada de errado. Na real, achei muito especial.

O canadense, que na maior parte do tempo apresenta uma expressão de despreocupação, pareceu muito aliviado ao ouvir essa declaração do ruivo.

— Também achei muito incrível.

Ele estendeu uma das mãos em direção a Reki, que logo a envolveu e os dois permaneceram deitados na cama, de mãos dadas, aproveitando aquele momento de tranquilidade. Nenhum dos dois deu-se conta de como estavam cansados, fazendo com que dormissem de mãos dadas em poucos minutos, aproveitando aquele clima de paz em uma agradável tarde de verão.



Reki sentiu como se apenas tivesse despertado de um curto cochilo. Ele tinha péssimos hábitos de sono e parecia sempre haver muita energia para gastar, por isso foi surpreendente ter conseguido dormir de forma tão rápida. Langa dormia ainda segurando a mão dele durante o sono.

Com movimentos lentos, por conta da preguiça que sentia, conseguiu alcançar o celular que tinha deixado na cabeceira da cama, ao ver o horário, percebeu que já estava perto do fim da tarde, tanto que agora deu-se conta de que havia pouca luz entrando pela janela.

Reki acariciou de leve o rosto e os cabelos de Langa, achando melhor acordá-lo, só que além de ter um sono pesado, Langa não parecia disposto a soltar a mão do ruivo, mesmo em sonhos.

— Langa, acorda.

— Para quê? — falou em uma voz bem baixa e ainda de olhos fechados. — Não estava planejando ir ao S hoje.

— Não precisamos ir ao S, só acho que não devo dormir aqui hoje...

— Por quê? — Langa questionou, agora parecendo bem mais desperto e atento.

— Do jeito que estamos, e pela forma que as coisas estão acontecendo, a gente ia ficar a noite toda... você sabe... — era fácil para Reki perceber como seu rosto estava ficando quente. — E quero evitar qualquer possibilidade de sua mãe chegar antes do horário e ver... — Reki não queria nem ao menos pensar na chance disso acontecer.

Um Conto de Fadas RadicalOnde histórias criam vida. Descubra agora