FANFIC - O ÚLTIMO SUSPIRO

NOVE

DMITRY montou uma força tarefa, queria a todo custo localizar todos que brincaram com ele. Sempre que aparecia uma única fagulha ele corria atrás como um louco porém não conseguia nada mais que agulhas no palheiro. POLINA tentava a todo custo fazer ele sair do foco, colocou muito trabalho pra ele e encheu a agenda de compromissos ficava praticamente virado mais ainda assim nada mudava: ELE QUERIA YELENA O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL! Tinha acabado com NIKOLAI, cobrou todos os contratos de única vez arrancando dele a última fagulha de esperança de reerguer fazendo voltar a estaca zero. E cobrava uma postura dele também, queria uma localização, uma dica ou qualquer coisa que trouxesse Yelena de volta.
Ana não ajudava em nada, só fazia as comidas que ela tinha deixado como legado então toda vez que ele sentava a mesa lá estava os aromas de Yelena por toda parte. Bastava poucos minutos pra ele viajar no tempo e se ver nos tempos bons que amava ela na mesa, na sala, no quarto e sua imaginação ia longe fazendo abandonar o prato. No quarto também não era diferente, Anna fazia questão de jogar o perfume dela em todo canto. Deixava as roupas no closet, cremes e shampoo no banheiro só pra ele lembrar o que perdeu. A senhora sabia que agora ele precisava admitir que amava aquela mulher e que não estava apenas buscando uma inimiga mas também um amor. Estava conseguindo a duras penas fazer esse amor aflorar, ele estribuchava, brigava, esmurrava mais atordoado com tantas lembranças e apavorado por não ter notícias pegava o carro e saia a procura mesmo sabendo que não encontraria. Todas as noites lá estava ele percorrendo as ruas de Petesburgo procurando alguém que sabia que estava guardado no peito.
Yuliya curtia a vida ADOIADA, estava bem longe dali e não pretendia voltar de jeito nenhum. Gastava dinheiro e tinha muito ainda para torrar, curtia noitadas sem fim e fazia muitos contatos que rendia mais dinheiro e de pouco em pouco vivia a vida que pediu a Deus.  Nem lembrava de Yelena e o que aconteceu, praticamente tirou isso da sua mente para não ter arrependimentos.
Em comparação Yelena era só arrependimentos, já teve várias crises de consciência e foi o apoio de Aleksandr que a fez voltar ao juízo e permanecer no esconderijo. Aleksandr corria entre os afazeres de casa e dar apoio pra ela, apesar de sonhar com o dia que ela iria se reerguer e quem sabe prosseguir com a vida nesse momento não encontrava chances disso acontecer.
O mês passou rápido demais e o cenário estava exatamente assim: DMITRY se alimentava do ódio mais vivia apenas pelo reencontro, a medida de seu amor ampliava ao ponto de transbordar  ele também ainda despejava raiva por não encontrar ela em lugar nenhum. Entrava e saia da cama de POLINA de corpo presente, satisfazia seu instinto masculino mais nada o prendia ali. Não entrava em seu quarto já a muito tempo pois, tudo ali fazia lembrar dela e também ia muito pouco para casa. Trocou de equipes de buscas algumas vezes e sempre que o desespero batia lá estava ele gastando pneus na estrada e voltava desiludido todas as vezes.
POLINA queria tirar isso dá ideia dele a qualquer custo, fazia insinuações cada vez mais pesadas sobre Yelena. Acusações que mexiam com o psicológico dele e sempre que isso acontecia tinha que aguentar a irritabilidade dele. De forma maldosa ela destilava seu veneno, fazendo ele se contorcer em cólicas por imaginar ela aproveitando a vida com Aleksandr.
Yelena não estava bem, sua vida era definhar pela escolha de ter fugido e não encarado e lutado. Se antes pensou que não amava DMITRY agora não existia a menor dúvida, lembrava do que Anna sempre disse que existia amor entre eles. A dúvida estava acabando com ela por dentro, Aleksandr já não tinha mais o que fazer. O psicológico dela estava debilitado e agora o corpo sucumbia a uma pneumonia severa.
O clima no local não ajudava, a casa também não e a estrutura era precária da cidade. Estava na hora dele tomar uma decisão arriscada mais talvez a única cabível ao momento. Ele fez e refez diversas vezes o discurso mais de uma única vez pegou o telefone e ligou. Após alguns minutos DMITRY atendeu perguntando quem era e o que queria:
- SOU EU... ALEKSANDR...
- MALDITO....MALDITO...EU VOU ACABAR COM VOCÊ! ESTÁ ME OUVINDO?!
- VOCÊ TEM DOIS CAMINHOS...VOU CONTAR O QUE ACONTECEU E VOCÊ DECIDE QUAL CAMINHO PERCORRER... Aleksandr contou por cima o medo que levou Yelena fugir e que isso fez muito mal para a saúde dela. EU ESTOU ENTREGANDO O FUTURO DE YELENA EM SUAS MÃOS...TUDO QUE EU PODERIA FAZER FIZ...MAIS YELENA ESTÁ MORRENDO...SE VOCÊ QUISER SUA VINGANÇA APENAS DEIXE ELA ONDE ESTÁ...OU ENTÃO SALVE ELA...ele desligou entregando a localização e pedindo que colocasse a mão na consciência.
DMITRY não pensou duas vezes vestiu uma roupa confortável para a viagem e seguiu o caminho que levava a ela. Ainda não conseguia discenir o que motivava a correr para lá, mesmo assim foi a passos apressados para a cidadezinha da fronteira. Não contou para ninguém que tinha achado ela, guardou esse segredo para si e levou poucas coisas.
Aleksandr deixou a cabana na esperança que ele não demorasse, a moça estava com febre alta e os pulmões com alta inflamação. Foi para a floresta que ficava em volta da casa e apenas aguardou a chegada dele, não ARRISCARIA uma aproximação ou poderia significar sua morte. Foram longas horas dirigindo sem parar por nada, nem água e muito menos comida parecia obssecado em chegar o quanto antes. A noite já começava a cair quando Aleksandr viu os faróis da Porsh se aproximar, como ele suspeitava DMITRY tinha vindo. Viu ele descer sozinho, parecendo arrisco em entrar em um terreno desconhecido após ver o local entrou e então ele não teve mais visão do que estava acontecendo dentro da casa.
DMITRY
Eu entrei em um terreno pela primeira vez na vida com medo, queria encontrar ela com vida mas quando a vi quase sem cor deitada na cama cai de joelhos. Memorizei cada parte daquele rosto para não esquecer e sempre que a imagem começava a ficar vaga pela distância me obrigava a retomar a imagem da primeira vez que a vi. Essa então era Yelena, o engano mais bonito que já cometi, o meu maior erro e acerto! Ela estava quente e vertendo em suor, me aproximei devagar para não assustar porém não tive resposta. Fiquei com tanto medo dela estar morta que deitei a cabeça no peito dela até sentir um respiração fraca contrair o abdômen. Tinha uma luta dentro de mim nesse momento enquanto um lado dizia que encontrar ela era tudo que eu precisava, assim como a nascente procura o fluido das águas...eu busquei por você Yelena; outro lado era um búfalo indomável, que cometia erros levados pelos impulsos selvagens a queria sofrendo e de preferência bem debaixo do meu nariz, queimava uma brasa dentro de mim...
- VAI SER SEMPRE ASSIM YELENA?! QUANDO EU TE ACHAR ME PERCO? MATO UMA PARTE MINHA TODA VEZ QUE SEM CONSEGUIR ME SEGURAR CORRO PARA OS SEUS BRAÇOS...E VIVO SÓ PRA SATISFAZER SUAS VONTADES...EIS ME AQUI YELENA, MAIS UMA VEZ DISPOSTO A ME ENTREGAR A VOCÊ!
A pegou no colo e era como uma pena de leve, reflexo do quanto tinha sofrido esse mês. Era egoísta demais da parte dele encontrar ela assim e estar feliz? Se torturou esse mês pensando nela feliz ao lado de Aleksandr, gozando em noites quentes amor, desfrutando de dias completamente apaixonada. E por mais cruel que fosse estava aliviado de ver ela triste, esse coração ambíguo vive em conflito. Yelena abriu os olhos verdes opacos e pensando ver um de seus delírios sorriu dizendo que esperava por ele.
- VOCÊ DEMOROU DMITRY...EU TE ESPEREI MUITO TEMPO! Desmaiou novamente se apoiando no ombro dele, que sem demora a colocou no carro e partiu em direção da cidade mais próxima.
DMITRY estava esperando notícias na sala de espera, ficou muito preocupado com o estado de saúde dela. O médico saiu dizendo que por sorte ele conseguiu intervir a tempo, contou que o tratamento era base de antibióticos e que demoraria um tempo para se recuperar.
- VOCÊ É O MARIDO DELA?! BOM QUE ESTÁ AQUI...VOU DEIXAR TODAS PRESCRIÇÕES MÉDICAS E VOCÊ PODE LEVAR ELA PRA CASA... DMITRY ficou olhando assustado e então sem pensar duas vezes ligou para Ana mandando que arrumasse o quarto pois, estava voltando para casa.