CAPÍTULO 31

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Luiz ainda estava acendendo as tochas quando ouviu um ronco alto. Ele não teve mais coragem de continuar o que estava fazendo. Então apenas metade da arena ficou iluminada.

Guilherme ainda estava suspenso no ar, preso por Diogo e Roberta. E somente depois que Luiz explicou que não iria ascender as outras tochas, Diogo soltou o menino.

Guilherme não chegou nem a cair no chão. Do ar, partiu direto para cima de Diogo que tentou desviar, mas não rápido o suficiente.

Guilherme lhe acertou um soco na cara. Diogo ficou furioso. E revidou.

Então os dois começaram a trocar socos e chutes. Diogo deu um soco na barriga de Guilherme, que deu alguns passos para trás, antes de voltar para cima do menino com tudo.

Diogo agora desviava de todas as investidas do menino. Era muito rápido. E mais uma vez, acertou Guilherme, agora no rosto.

Guilherme deu mais um passo para traz. Sentiu sua boca sangrando. - " Teria muito o que explicar para Rafael depois". - Mas ele não queria ser o que iria apanhar. Partiu mais uma vez para cima de Diogo, e o acertou novamente, no rosto.

Diogo recuou. Sangue começou escorrer de seu nariz. Então de repente, ele já estava voando. Estava realmente furioso agora. Guilherme se apressou em alcansá-lo.

Os dois estavam amparados no ar. Já estavam preparados para atacar um ao outro.

— Mas será que vocês não estão percebendo que nós estamos no mesmo lugar onde um Dragão de Lava está dormindo? - disse Roberta irritada.

Diogo e Guilherme ja estavam prestes a se atacar novamente. Mas então pararam de brigar e desceram para onde Roberta e Luíz estavam.

- Vocês são loucos? Por acaso querem acordar aquele Dragão? - a menina parecia nervosa.

Guilherme e Diogo deram de ombros.

- E agora? Vamos voltar para o casarão? - Luiz perguntou.

- Claro que não! - respondeu Diogo. - Guilherme e eu ainda não fomos até o dragão. - disse limpando o sangue do rosto. - A final de contas, viemos aqui para fazer isso.

Guilherme olhou para o meio da arena. O bixo era enorme, devia ter uns cinco metros de altura. - "E estava deitado". - Ele tinha na cabeça, dois chifres, e na sua cauda um ferrão imenso. Não tinha braços. No lugar disso, tinha um par de asas com garras nas pontas. Era um ser asqueroso. E naquele momento, olhando para o bixo, Guilherme se arrependeu, pela primeira vez, de todo o plano estúpido que tinha criado. Primeiro porque não tinha dado certo. Segundo, porque agora ele estava ali, sangrando. E terceiro, que já estava ficando tarde. Rafael certamente estaria preocupado a essa altura. Isso se o General já não estivesse sabendo do desaparecimento deles. - "Foi um plano estúpido".

— Vamos! - chamou Diogo. - Você vai na frente.

— Eu? E por que não vai você?

— Por que a ideia foi toda sua. Não me diga que agora está com medo?

— Claro que não! - mentiu. - Mas se você pensa que eu vou cair nessa, está enganado. Eu sei que você vai sair correndo daqui, no momento em que eu chegar perto dele, e me deixar paea traz.

Diogo riu.
 
— Diz aquele que tentou abandonar Roberta e eu aqui. Você que fez primeiro.

— Por que não vamos juntos então? - propôs Guilherme.

Diogo acabou concordando.

— Só eu que acho essa uma péssima ideia? - disse Luiz.

— São dois idiotas. O que querem provar com isso? - disse Roberta.

ELEMENTUM: O Príncipe do  ArOnde histórias criam vida. Descubra agora