4. Casa Nostra

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Capítulo 4

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Capítulo 4

Eu me lembro que meu pai gostava de música clássica, e era só o que em nossa casa, inclusive na minha festa de aniversário.

Festa de aniversário.

É tão inocente se chamar assim. A verdade é que eram apenas reuniões sofisticadas de negócios. Nunca havia ninguém como eu, ninguém quase me dirigia a palavra. Meu pai impedia qualquer um de me dar um presente, deixava claro que não seriam aceitos, as mesas eram rodeadas de bebidas alcoólicas e as armas estavam em todos os lugares. A única coisa que diversificava de todas as outras reuniões era a renome mesa de doces com um bolo de quatro andares e também o arco enorme de bolas com a minha idade da vez.

Dez.

Era o número agora.

Eu morava as bolas azul, rosa e branco enquanto permanecia sentada em cima de uma mesa próxima a principal, meus sapatos azuis e cintilantes balançavam no ar e papai com certeza já deveria estar bebado para ninguém ter ido até ali me mandar descer por que... bem, não é o comportamento adequado para uma menina.

A falação era bastante alta e arrogante também, os homens falavam palavras de baixo calão e dissertavam sobre coisas que eu não deveria escutar. Eu fingia que não entendia nada, e eles fingiam que eu era criança o suficiente para não entender. Se suas consciências ficavam leves daquela forma, eu nunca julgaria.

Suspirei alto e pulei da mesa. Não chamei atenção de um único ser, eles tinham suas próprias coisas importantes.

Peguei dois cupcakes da mesa e saí calmamente do salão principal, pensando em seguir para a mesa de docinhos que havia no hall.

A parte legal de não ter outra criança era que eu era a única que comia os doces tanto que quisesse, e então depois mamãe doava para o orfanato.

Me sentei nos degraus da escada do hall com meus cupcakes e apreciei o som das conversas sendo abafado pelas portas fechadas e a música do piano tocando mais alto ali.

Levou menos de cinco minutos para os passos no corredor serem audíveis. Me virei para ver quem era e me surpreendi ao ver Ryan junto a Christian, eles estavam vindo de outra parte da mansão.

Franzi o cenho, mas decidi permanecer calada.

Não fale se não lhe questionarem.

_ Posso falar com sua irmã por alguns minutos? - a pergunta veio de Christian, e Ana fingiu desinteresse enquanto comia o último pedaço de um dos cupcakes.

_ Tudo bem, acho que você pode, não é? Mas olha, é a minha irmã, toma cuidado - Ryan falou, e eu me surpreendi com a fala ameaçadora e confiante.

Christian resmungou uma concordância, e eu observei as portas duplas se abrirem novamente para Ryan voltar ao salão principal.

_ Olá, Anastasia - o tom foi gentil como ele usou antes ao falar comigo.

50 Tons de uma MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora