21. Sobre nós (eles)

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Capítulo 21

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Capítulo 21

Houve um momento suspenso e de muita tensão entre Christian estar me segurando perto demais e de repente me dizer que eu iria voltar para o campus.

Também houve algo bastante criterioso sobre minha voz subindo muitas oitavas e até Elliot saindo de cena, aparentemente ele não estava acostumado a ver alguém gritar com o irmão dele.

_ Eu não vou! - falei ainda mais alto. - E você não vai me obrigar! Eu vou fazer um escândalo, vou matar cada um que chegar perto de mim.

_ Está sendo dramática - Christian acusou. - É perigoso você estar aqui. Ele sabe que você sabe sobre ele, e não vai parar. Ele arriscou estar no nosso casamento, com os membros da Casa Nostra lá, com a porra do parlamento. Imagine tudo o que ele está disposto a fazer para chegar até você!

_ Eu sei me defender - eu insisti.

_ Não duvido disso. Mas você não vai ficar aqui, não vai arriscar a própria vida por um capricho.

Eu bufei, em choque.

_ Capricho? Dramática? Isso é o que você acha de mim? Você não me conhece, tá bom? Não faz ideia de quem eu sou! Não faz ideia do que é ficar a droga de oito anos presa num lugar sem saber de nada do mundo, sem ter ninguém de verdade. Mas eu não reclamei, nem por um único dia.

_ Foi o que você escolheu - ele ressaltou.

_ Eu tinha dez anos, Christian! Minha família inteira estava morta, eu estava traumatizada.

_ Era só ter pedido para voltar - ele rebateu.

Cruzei os braços, balançando a cabeça.

Ele não cedia, ele apenas não cedia. Continuava sério e daquele jeito sem expressão, sendo o dono do mundo e como se nada mais fosse importante ou o suficiente para que ele se preocupasse mesmo.

_ Eu não ia voltar atrás - falei. - Mas nem sobre isso eu tenho crédito com você - declarei magoada, e então suspirei. - Eu não sou um dos seus soldados e muito menos uma boneca que você acha que pode jogar de escanteio. Eu não vou voltar para lá! Na verdade, eu não vou sair daqui.

_ Vai colocar todo mundo em risco - ele falou, mas eu também não cedi, rindo sem humor.

_ Não tenta me manipular, se eles não pudessem se defender nem deveriam estar aqui.

_ Anastasia, você precisa entender que isso é sério, é perigoso. Eles não vão parar, você é uma ameaça para eles.

_ Eu era uma ameaça antes também, mas você me deu escolhas, me deu opções, me garantiu que eu quem decidiria. Por que agora é diferente? - disparei, passando a mão pelo rosto.

Christian estava recostado no balcão naquele momento, os braços cruzados e ele parecia desconfortável, provavelmente com dor. Não havia descansado e ainda mexia o braço baleado de um lado para o outro.

50 Tons de uma MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora