36. Isso é amor, né?

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Capítulo 36

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Capítulo 36

Os segundos passaram, e os soldados russos mantiveram as armas apontadas para mim daquela vez.

_ Manda eles abaixarem as armas e se renderem - eu sussurrei para Vankeron.

Ele deu uma pequena risadinha, e então cuspiu no chão, e eu sabia que ele não estava mais aguentando de dor.

_ Você vai me matar de qualquer forma - ele consegui dizer, cuspindo novamente, seu rosto suava de forma nojenta e eu queria vomitar nele. - Se eu vou para o inferno, você vai também, vadia. E o filha da puta do Grey!

Balancei a cabeça, puxando ainda mais seus cabelos entre meus dedos, sua cabeça para trás deixando o pescoço totalmente exposto e provocando um gemido de dor no outro.

_ Eu vou te matar mesmo, mas você precisa ter mais respeito com um líder - respondi.

_ Líder? - ele falou irônico. - Você acha mesmo que pode comandar alguma coisa? Ainda mais a Carsone? - ele tossiu então, e aí tentou respirar, tendo dificuldade. - Ela é grande demais para sua cabecinha oca e ferrada.

Eu me lembrei de como, com dez anos, enquanto torturava um soldado russo, o que eu queria que ele fizesse era gritar, mas ele era contido demais, treinado para sentir dor. E os gritos que eu tive foram enquanto seu corpo pegava fogo.

Eu não entendia as artimanhas do meu meu cérebro ele me dava tantas informações por segundo que me atropelava na maior parte das vezes, e eu tinha que separar o que era realmente útil naquele momento.

As memórias ficavam grudadas em mim, principalmente aquelas que moldaram minha vida. Torturar o soldado russo foi uma das minhas principais motivações de vida, eu pensava sobre aquilo tantas vezes por dia que me imaginava fazendo outras coisas até. Era engraçado como nossa mente nos guiava ao destino. Naquela época eu era uma criança, mas eu entendia perfeitamente qual era o meu lugar, o que eu havia nascido para fazer. Vankeron tinha razão, eu não achava que conseguia comandar a Carsone, mas aquela era minha vida, era o que eu treinei para fazer, e era o que eu iria fazer.

_ Você não precisa se preocupar, não é comigo que vai que lidar enquanto a Bratva vira minha vadia. Deveria ficar feliz, na verdade, seja quem for o líder da Bratva depois de você, não vai ter a chance de poder descansar no inferno, vai que lidar comigo. Agora manda seus homens abaixarem a porra das armas!

Eu olhei ao redor, a Bratva continuava comigo em sua mira, pelo menos dez soldados russos, mas através do corredor, eu conseguia ver Elliot. Tentei não olhar muito, para não chamar atenção, mas consegui ver de relance seu aceno com a cabeça.

50 Tons de uma MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora