O ASSASSINATO (NOVAMENTE)

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[...Que tudo se foda, disse ela, e se fodeu toda...]

A noite estava fria e escura, as ruas estavam desertas, somente os quatro adolescentes e a pequena Erica Sinclair passavam por elas em suas bicicletas. Jayla tentou não pensar na sua jaqueta durante o caminho todo, mas era impossível quando Erica estava em sua frente e a fazia lembrar constante do rasgado. Ela tentou ser otimista, que poderia costurar ou pagar alguém para fazer o trabalho.

Foram alguns quilômetros até o grupo finalmente chegar no estacionamento de trailers. E quando isso aconteceu, Jayla sentiu como se uma névoa tivesse pairado sobre ela de repente. A dor que antes não sentia, veio lentamente como se uma faca deslizasse em sua barriga - e ela nunca levou uma facada na barriga antes.

A cicatriz em seu ombro estava formigando, mas ela decidiu ignorar essa sensação. Não queria se tornar alvo da atenção de todos como se ela necessitasse de cuidados aquela altura. Mas acho que ela se esquecera que alguns são alheios o suficiente para as coisas ao redor, porque Max notou.

"Você está bem?" Max parou em sua frente, o olhar de preocupação estampado em seu rosto. "Não está ouvindo outra morte, está?"

"Não." disse Jayla, franzindo o cenho, para então completar. "Eu não sei."

Max franziu a testa.

"Estou sentindo uma estranha sensação." Jayla explicou, suspirando. "Não sei se é alguma morte ou coisa do tipo, mas se for, espero não ver pessoalmente. Não de novo."

Não de novo. Jayla ainda lembrava de enfiar aquele bisturi na garganta de seu pai, como sua vida se esvaíram de seu corpo lentamente enquanto era morto por sua própria filha. Ela não se arrependerá, não agora, mas cogitou a ideia nos primeiros dias em que viu sua mãe de luto. Charlotte passou semanas dentro de seu quarto antes de finalmente cair em si e perceber que tinha dois filhos que precisavam dela. Ou ao menos era o que pensava. Ainda sim, ela lidou de cabeça erguida a morte, ou com algumas boas garrafas de vinho.

"Tudo bem, como posso ajudá-la a aliviar essa sensação?"

Jayla encarou ela, e levou um segundo antes de erguer uma sobrancelha e um sorriso fantasma aparecer em seus lábios. Max franziu as sobrancelhas, e sorriu.

"O quê?"

"Você não deve fazer essas perguntas à mim. Porque só tem uma coisa que pode me ajudar, mas não em público."

"Espera, o quê?"

Jayla soltou uma leve risada, e se aproximou mais. Ela não olhou ao redor, não dessa vez. Ela não se importava com quem ela era, mas sentia hesitação em relação a Max. Não sabia como Max iria se sentir em relação às pessoas saberem que ela gostava de garotas e não somente de garotos.

"Se eu te beijar agora, você vai se afastar de mim?" Jayla sussurrou, sua voz beijando o rosto de Max. De repente, tudo ficou quente, mas Max não estava com vergonha, apenas surpresa que Jayla estava realmente fazendo uma pergunta como aquela para ela.

JAYLA HARRINGTON // Max MayfieldWhere stories live. Discover now