Sina Deinert
Estava tudo organizado para a apresentação da Nina; a menina andava extremamente ansiosa, ficava o tempo todo andando de um lado para o outro.
Passou o dia ensaiando, falando sobre o assunto e sequer conseguiu se alimentar direito; foi necessário o pai entrar em ação e dizer que ela faria uma bela apresentação, mas se não se alimentasse, acabaria desmaiando.
Ela arregalou os olhos com medo e foi logo almoçar, comeu todos os alimentos do prato.
Eu entendia o motivo de ela estar assim; era normal eu ficar desse mesmo jeito em época de apresentação.
Eu fiquei desse jeito muitas vezes; lembrei-me saudosa. Parecia que eu tinha borboletas no estômago; ficava sem me alimentar, suava frio, mas o brilho nos olhos ao término de cada apresentação era maravilhoso.
Sorri ao me lembrar...
— Sorrindo de quê? — Noah me pegou em flagrante.
— Lembrei de como eu ficava na época em que dançava — expliquei, sorrindo para ele.
Depois da nossa primeira noite de amor, nós dormíamos todas as noites juntos.
Jena fingia não perceber, mas nada passava naquela casa sem seu olhar astuto.
Noah estava mais sorridente, sempre dava um jeito de me pegar em algum canto, desprevenida, e eram beijos e amassos escondidos; eu desabrochava sobre sua mão.
Ele era um homem maravilhoso e muito digno, de um coração enorme.
— Podemos falar com algum médico especialista para que ele analiseo seu problema, quem sabe com o avanço da tecnologia, você não consigavoltar a dançar? — Ele beijou minha mão com carinho.
— Não existe Noah, eu já pesquisei. Posso ter paliativos para viver com poucas dores, mas dançar forçaria e, com certeza, eu não aguentaria —Sorri triste. — Já consigo viver com isso.
— Quero poder dar tudo o que você necessita — Seu olhar era brilhante.
— Eu agradeço a sua preocupação, mas a fisioterapeuta já é um grande presente.
Eu o abracei, e sua mão desceu sobre meu rosto carinhosamente; ficamos nos olhando por alguns minutos, até Nina entrar na sala.
— Oi gente. Vamos logo nos arrumar. — Bateu o pé, nervosa.
— Ok, dona bailarina. — Noah me soltou, sem se preocupar que sua filha tenha nos visto em um momento íntimo.
Ele não se preocupava em sermos visto juntos; parecia que desejava isso, mas eu tinha medo, tinha medo de entender errado a situação, e me magoar no final.
Desci as escadas com a princesa Nina, pronta para ir à sua primeira apresentação de ballet.O pai nos esperava no fim das escadas, vestido de camisa branca e calças pretas e óculos de leitura; ele estava belíssimo, de dar água na boca.
— Minhas mulheres estão belíssimas.
Eu trajava um vestido longo em tom preto, com sapatilhas da mesma cor; prendi o cabelo em uma trança de lado e fiz uma maquiagem mais forte.
Eu me sentia bonita.
— Você está linda, minha Sina — Ele soprou ao meu ouvido.
Deixamos a casa, junto com Jena , que nos acompanhava para ver a pequena dançar.
A escola estava polvorosa de tantos carros, crianças para todos os lados e pais também.
Eu entrei junto com a Nina, pois a ala das crianças para a apresentação era do outro lado.
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Salva-me ᵃᵈᵃᵖᵗᵃᵗⁱᵒⁿ ⁿᵒᵃʳᵗ
FanfictionNina tinha apenas sete anos e, mesmo na tenra idade era incapaz de socializar com outras crianças. Entretanto, encontrou no ballet uma nova fonte de energia para vencer seus medos. Noah Urrea. italiano e CEO das empresas Sartoni Urrea - um dos maior...