Capítulo 5

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Qualquer erro me avisem
Boa leitura


 Noah Urrea 

  Fazia um mês desde que a Kiara chegou em minha casa, e não a vi sair para nenhum lugar, a não ser com a Nina, as duas viviam grudadas. Eram amigas.

  Tinha um novo brilho em minha casa, o funcionários vivam sorrindo,a Nina estava leve. Eu ficava observando de longe o comportamento de todos, até fotos das duas tinham espalhadas pela casa
 
  Eu soube que Nina pediu para revelar e colocar em alguns pontos da minha sala. As duas faziam sessão de cinemas, comiam pipoca, e eu nunca fui convidado para nenhuma delas, e isso me fazia sentir cada vez mais sozinho.

  Suspirei, olhando para as duas no jardim aos fundos da casa. Era meio idiota viver me escondendo para observar. Desde que encontrei Sina caída no vinhedo, eu não me aproximei. Naquele dia, eu senti coisas que há muitos anos estavam adormecidas em mim, e pretendia me manter a distância.

  Uma moça linda como ela, merecia felicidade, alguém que a fizesse feliz.

  O sorriso delas chegou ao meu ouvido, era um som que parecia aquecer. Olhei novamente e as duas olhavam alguma coisa no chão. Parecia que meus pés criaram vontade própria, pois me vi indo até elas.

  Tossi e Sina se virou para mim, seus olhos eram lindos e traziam alegria. Nina continuou olhando alguma coisa no chão, mas eu sabia que ela estava fingindo que não me percebia.

— Oi senhor. Nós estamos plantando margaridas — disse a professora sorridente.

— Hum... isso é muito bom — falei sem graça, mas com a voz séria.— Não tem medo de se machucar?

— Não. Eu estou ensinando a Nina a como plantar para florescer. —Sorriu e por trás dela surgiu um raio de sol, deixando-a radiante e mais bela.

  Senti uma vontade de tocar em seu cabelo, seu rosto... ela era belíssima e possuía uma energia que me puxava para ela.

— Não devia estar estudando Nina? — Estraguei tudo com isso.Ela me olhou e vi mágoa em seus olhos. Meu coração se partiu, eu eraum idiota e um péssimo pai.

— Desculpa pai, eu estou indo. — Levantou e tentou limpar a roupa,mas seu nervosismo era evidente.

— Deixa que eu te ajudo — Sina falou com a voz firme e olhar feroz para mim.

— Não. Continuem a plantar, não foi minha intenção atrapalhar vocês.

Segui para longe dali, me senti sem ar, um monstro.

— O que fiz para ele me odiar, Sina?

  A pergunta da minha filha cortou meu coração, eu precisava voltar e dizer que não a odiava, que ela era a única coisa linda da minha vida, mas meus pés correram e, eu fugi como um covarde.

  Entrando em meu escritório escuro, eu procurei a garrafa sobre amesa, olhei para ela pensando em tomar uma dose. Mas a porta foi aberta com um estrondo e uma Sina muito chateada entrou e veio até mim.

— Estou ocupado — Não olhei para ela ao dizer isso.

  Botei o conhaque no copo, mas antes que pudesse pegar para beber,ela o pegou e ficou batendo o pé até que eu a olhei nos olhos.

— Você não pode fazer isso com a sua filha — Sua voz trazia fúria.— É um absurdo a forma que você conduz sua vida e a dela.

— Como ousar se meter na minha vida? — gritei de volta. — Vou demitir você.

— É assim que você faz? Sempre que alguma coisa não te agradavocê manda para longe? — disse colocando o copo sobre a mesa. — Comigo tudo bem, mas sua filha não precisa de um pai omisso e babaca como você.

Salva-me ᵃᵈᵃᵖᵗᵃᵗⁱᵒⁿ ⁿᵒᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora