Sina Deinert
Acordei na minha cama, e me sentia entorpecida; as palavras do Gustavo, vieram como uma avalanche em minha cabeça.
Eu me virei debruços no travesseiro, e chorei com minha alma, as lágrimas molhavam todoo tecido.
— Sina? — Nina alisou meus cabelos, e só assim percebi que não estava sozinha.
Virei o rosto e lá estava Jena, Nina e Noah; todos me olhando com expectativa e pena.
— Minha pequena. — Jena sentou na cama e segurou minha cabeça em seu ombro.
Senti-me acolhida e protegida como no tempo da minha mãe.
— Sina, eu chamarei meus advogados e vamos abrir um processo contra ele — Noah falou, implacável.
— Não — respondi.
— Como não? Você ainda o defende? — Sua voz era raivosa.
— Não, eu não estou o defendendo. — Levantei para olhá-lo. — Mas para que isso servirá? Ele está morrendo, não viu?
— Quem garante que não seja uma estratégia para enganar você? —Jena entreviu.
— Ele nunca viria aqui para contar, se não desejasse o meu perdão —expliquei. — Cadeia para ele não traria a minha antiga vida de volta, ou a saúde, no qual perdi.
— Minha menina... — Jena beijou minha cabeça.
— Saiba que estamos do seu lado para qualquer decisão que tomar. A entrada dele já foi proibida nesta casa, ou de chegar perto de você. — Ele se ajoelhou na minha frente, perto da cama. — Protegerei você, la mia fiamma.
Senti meu coração se aquecer de alegria, minhas mãos foram ao seu pescoço e, eu o abracei sem me importar que outras pessoas estivessem ali.
Duas mãozinhas gorduchas e pequenas nos abraçaram criando uma bolha de amor só nossa; pai e filha me incluindo em sua proteção.
Olhei para cima, e Jena nos olhava com lágrimas nos olhos e comas mãos cruzadas.
— Obrigada — Sua voz era um mero sussurro.
O dia passou como um borrão para mim, minha mente girava; tentei ser forte pela Nina, que não saiu de perto de mim o dia inteiro.
Mas as palavras do Gustavo não saíam da minha cabeça; ele me empurrou, inveja, me odiava e, eu não tinha percebido nada.
Fomos amigos, crescemos juntos, falávamos de nossos sonhos, eu dormia na casa dele. Perdi contato com os pais do Gustavo depois do acidente, mas sempre me dei bem com todos eles.
Daniel era nosso amigo, nunca o vi com alguma namorada, pois ele sempre discreto e solícito comigo, um excelente bailarino, dedicado, tinha técnica e um bom futuro na dança.
Bateu uma curiosidade e abri o navegador da internet para pesquisar pelo nome do Daniel, e vi várias fotos: ele dançando no palco; era o principal bailarino da Companhia. Tinha um sorriso faceiro no rosto, estava feliz.
Não tinha nada sobre relacionamento com alguém, em algumas fotos da sua rede social, o Gustavo aparecia, mas nada que levasse a achar que eles eram um casal.
Pesquisei por Gustavo, e uma reportagem de um blog me chamou a atenção.Falava sobre o afastamento dele dos palcos, algumas vezes por indisciplina com as colegas, mas agora pela doença, e que o mesmo tinha voltado para o Brasil para ficar perto da família.
Uma foto dele adornava a reportagem, dançando com uma garota, noqual não conhecia.
Fechei a aba de pesquisa e voltei para onde Nina corria com o Zé,estávamos na sombra de uma árvore.
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Salva-me ᵃᵈᵃᵖᵗᵃᵗⁱᵒⁿ ⁿᵒᵃʳᵗ
FanfictionNina tinha apenas sete anos e, mesmo na tenra idade era incapaz de socializar com outras crianças. Entretanto, encontrou no ballet uma nova fonte de energia para vencer seus medos. Noah Urrea. italiano e CEO das empresas Sartoni Urrea - um dos maior...