Capítulo 3

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Sina Deinert

  Meu coração começa  a parar de bater, era como se uma mão me puxasse para baixo. Entrei o mais rápido possível que pude num dos quartos da ala de empregados, o qual fora destinado a mim. Tirei a roupa e entrei no chuveiro, sempre que me sentia violada ou a ponto de entrar no buraco escuro da minha alam, eu entrava no chuveiro e ficava por alguns minutos tentando esvaziar minha mente. 

  A psicóloga disse que era bom, já que isso fazia eu me sentir bem 

- Sina? - Uma voz me chamou do outro lado da porta do banheiro - Você esta ai?

  Era a nina, desde que cheguei à casa, eu ainda não a tinha visto. Informaram-me que ela estava na aula como professor particular e eu não podia atrapalhar, então aproveitei para conhecer meu quarto, que por sua vez, era pequeno: possuía uma cama, um guarda-roupa, banheiro e uma tv. As cores iam de rosa-claro e escuro, com flores na colcha da cama 

  Eu achei fofo e elegante ao mesmo tempo, me senti feliz  ao mesmo tempo, apesar de estar em duvida  quanto a isso. Suspirei e peguei uma toalha felpuda de cor rosa antes de enrola-la no meu corpo. em seguida, sai do Banheiro.

- Oi Nina - Sorri para ela 

- Tudo bem? perguntou com a cabecinha de lado 

  Estava linda em seu vestido florido e sapatilhas lilás, uma verdadeira princesa 

- Estou bem, cheguei e você estava na aula, estão resolvi tomar um banho - expliquei, abrindo o guarda-roupa, onde a moça da arrumação já tinha organizado cuidadosamente minhas roupas.

- Gostou do quarto? Eu escolhi a cor - ela disse ansiosa mas sem sorrir 

- eu gostei sim, pois é muito aconchegante. Obrigada por fazer tudo isso para mim- Fui ate ela e a abracei sendo correspondida 

- Vai ser bom ter você aqui - Falou indo ate a poltrona ao lado da janela e se sentando- Não ligue para meu pai 

- Humm? - Não entendi 

-Ele parece zangado, mas é legal. - Deu de ombros - Ouvi as moças dizerem que ele foi mal-educado com você .

  Naquele momento eu entendi, ela tinha vindo pedir desculpas no lugar do pai. Percebi que deveria  tomar cuidado no que conversava ou fazia naquela casa ,pois havia os malditos burburinhos.

- Tudo bem Nina, não se preocupe, Eu não ligo para lobos maus. - Fiz uma brincadeira enquanto vestia a calça, a qual tinha escolhido

- Lobo mau? - Franziu o cenho e depois começou a rir - Meu pai, um lobo mau? Gostei

  Nos duas começamos a rir 

  Depois de arrumada, saímos do quarto e ela começou a me mostrar a casa enorme. Observei que comigo ela era falante, deixou claro que o quarto do pai era terreno proibido. Quanto me mostrou o seu, notei que o cômodo era um verdadeiro quarto de princesa, totalmente rosa.

  Tinha jardim, horta e um lago enorme na frente, mas toda cercado por arames, mesmo assim parecia um local de contos de fadas. Eu conheci todos os empregados, e todos foram simpáticos comigo e bem amorosos com Nina.

  Jena era quem comandava todos e mantinha a casa organizada, pelo seu jeito, eu percebi que ela era competente e bem apaixonada pela pequena.

- Sina fará as refeições  com Nina aqui na cozinha - ela explicou e eu assenti - A sala ao lado do escritório foi organizada para as aulas da menina e também para sua fisioterapia

  Fiquei assustada, pois não imaginava que eles soubessem que eu precisava desses exercícios para me manter em pé.

- Não precisa - falei sem graça 

Salva-me ᵃᵈᵃᵖᵗᵃᵗⁱᵒⁿ ⁿᵒᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora