Capítulo 9

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Erros me avisem
Boa leitura

Noah Urrea

  Não sei o que me deu para convidar a Sina para ver as estrelas, pois toda vez em que fazia as coisas, um rompance acabava dando errado.

  Onde foi que tirei que seria legal tomar vinho com ela ao ar livre? Agora, eu a estava vendo partir, amedrontada, parecendo um coelho assustado, mas o seu beijo ainda queimava em minha boca; eu sentia seu gosto, e o desejo de tê-la por inteiro queimava em mim como larva em minhas veias.

  Tocando em meus lábios, e sentindo no ar o cheiro do seu perfume, eu me senti vivo como há anos não sentia. Me senti leve, me senti vibrar.

— Ela me faz querer viver! — gritei para o nada a minha frente, e ri com o som da frase.

  Virei para olhar minha casa a frente.

— La mia fiamma!

Quebra de tempo

  Naquela noite, eu dormi na minha cama.
  Me senti bem ao me deitar nos travesseiros; nenhum pesadelo me assombrou, e foi como o sono dos anjos.

  Coloquei os pés no chão e percebi que estavam gelados.

  Onde foi parar o tapete deste quarto? Com um dar de ombro, eu corri para o banheiro.

  Ficaria um pouco embaixo do chuveiro.

  De repente, a imagem de Kiara me veio à memória.

  Enquanto ensaboava a minha pele, eu imaginava que podia ser suas mãos fazendo isso; com essa imagem, o meu pau criou vida própria, e ficou duro igual rocha.

  Eu pensei nela, em sua boca... como era linda e perfeita.

  Minha mão se fixou ao redor do meu órgão e ejaculei com intensidade, como há muito tempo, no Box do banheiro.

  Mas eu me sentia bem. Até podia dizer que estava até naquele dia.Já descendo para o café, eu encontrei Jena com o semblante preocupado.

— O que aconteceu? — perguntei.

— Tem visita no seu escritório. — Sua mão não parava de tocar uma na outra, como se estivesse bem tensa.

— Maia.

  O clima de felicidade, no qual sentia, se esvaiu nesse momento. Tinha muitos anos que eu não via Maia, pois preferi manter distância dela e de sua família.

NNinguém mais merecia sofrer com os erros daqueles dois.

— Vou até lá... — terminei de descer as escadas correndo. Alguma coisa me dizia que eu não iria gostar dessa conversa.

  Abrindo a porta com força, Maia se virou para mim e, em sua mão tinha um porta-retrato com uma foto minha de e da Nina.

  Maia continuava linda como eu me lembrava. Ela era uma morena belíssima, advogada de sucesso. Apesar de ser mãe de dois garotos, ela conseguia administrar tudo.

— Oi, Noah — Sua voz era um mero sussurro. — Desculpe vir a sua casa.

— Tudo bem. Vamos sentar. — Mostrei a poltrona a sua frente, no qual ela se acomodou, enquanto eu me sentei a sua frente em outra.

— Sei que você não gosta de visitas, e que prefere se isolar... — disse com a voz mais firme —, mas eu precisava vir, precisava saber.

  Eu já sabia qual seria a sua pergunta.

— Diga Maia? Diga o que deseja ao ter vindo até aqui? — Fui direto.

— Eu achei algumas coisas do Bruce. — Uma lágrima caiu dos seus olhos.

Salva-me ᵃᵈᵃᵖᵗᵃᵗⁱᵒⁿ ⁿᵒᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora