Perdóname

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𝑷𝒐𝒗: 𝑴𝒂𝒓𝒊𝒂𝒏𝒂.

Elena foi buscar-me no trabalho no carro da sua amiga e trouxe Regina, fiquei feliz com a surpresa.

- Esta senhora está-te a machucar muito, então decidimos fazer essa surpresa para se distrair um pouco! Esta é minha amiga, Joana.

- Muito obrigada! Amei a surpresa. É um prazer conhecê-la, Joana!

- Vamos ao apartamento colocar a conversa em dia. - Elena disse sorrindo.

Eu adorava como Elena conseguia deixar-me contente nos piores momentos.

Conversamos bastante no carro, fizemos várias brincadeiras, todos os problemas pareciam desaparecer.

Perdemos a noção do horário, já anoitecia, então decidimos fazer uma pequena "Noite das garotas" no apartamento.

Regina brincou tanto que adormeceu rapidamente, no entanto que, quando fomos embora e cheguei novamente à casa de Anuar, ela continuou adormecida.

E voltei novamente a estar sozinha.

𝑷𝒐𝒗: 𝑨𝒏𝒂.

Algumas semanas haviam se passado desde que eu e Mariana paramos de nos comunicar. Era difícil se conformar com o silêncio.

A única coisa que me deixava aliviada, era saber que o resultado dos exames eram ótimos, não estava com câncer.

Aprendi a viver sem Mariana, a rotina da casa havia voltado como era antes, poucas palavras eram trocadas durante o almoço e o jantar.

Não consegui dormir muito bem durante a noite, porém tenho um longo dia de trabalho, assim que tratei de arrumar-me logo.

Cecília e Rodrigo já estavam na escola, a casa estava vazia, dei um beijo na testa de Valentina e fui ao trabalho.

Já haviam se passado uma hora desde que cheguei e nada de Mariana, ela sempre tentava ser pontual, mas dessa vez estava a demorar demais.

Ignorei este pensamento já que isso era problema da Mariana e não meu, então voltei a trabalhar.

Nem sequer toquei no celular, esses dias eram bem estressantes, tínhamos muita coisa para resolver.

Na hora do almoço, percebo que esqueci da minha refeição. Decidi pedir algo num restaurante próximo dali que eu adorava.

Hoje a praça próxima à empresa, estava vazia, então seria fácil fazer um pedido no restaurante. Decidi ir a andar, não era tão longe da empresa.

Estava quase chegando, quando vejo um carro cinza que havia batido num poste. Parecia o mesmo carro que Mariana foi embora da empresa algumas semanas atrás.

Comecei a ficar muito preocupada, fui ver se Mariana era a motorista e deparei-me com a mesma desmaiada, com a testa sangrando, entrei em choque no mesmo momento.

- Mariana? Mari, acorda! - Eu acariciava o seu rosto suplicando que ela acordasse.

Peguei o celular e liguei para uma ambulância vir rapidamente. Enquanto não chegava, conferi os outros bancos do carro para me certificar de que Regina não estava ali, e por sorte não estava.

Comecei a chorar de desespero, peguei um pano que encontrei na minha bolsa para limpar o sangue. Até que finalmente, a ambulância chega.

- Precisamos que um familiar a acompanhe, você é da família da senhorita?

- É... Sim, sou sua... Namorada! - Não consegui arranjar outra desculpa para conseguir acompanhar a Mariana.

Sei que não estávamos conversando, mas observar a morena naquele estado deixava-me pasma. Éramos amigas, ela é a mãe das minhas filhas, sempre esteve comigo nos piores momentos, não poderia abandoná-la nesta situação.

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