Confusión

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𝑷𝒐𝒗: 𝑨𝒏𝒂.

— A primeira opção é conquista-la e provar que és muito melhor que aquele homem. — Diz Elena.

— Como vou conquista-la se está com outro? — Perguntei.

— A segunda opção, seria mais dolorosa. Deixá-la viver sua vida com ele até ela perceber que Ferran não é as mil maravilhas que pensa. Talvez, se seguirmos esse caminho, ela jamais perceba e você continue sofrendo. O que prefere?

— Sei que a primeira opção é melhor, mas nunca consigo aproximar-me o suficiente. Sempre dou um passo para trás. Mariana precisa perceber que estou apaixonada por ela. Antes de tudo isso, preciso me entender.

— Em relação a se entender, te apresentarei a uma amiga. Isso você não tem com o que se preocupar. Já com Mariana, irei fazer algumas coisas por você. Tenho um plano. — Demos risada.

Elena sempre tirava uma piada das situações mais complicadas.

Ela realmente é uma boa amiga.

— Amanhã, tenho que ir à empresa buscar uns gráficos do Konene, preste atenção no que farei e siga o roteiro.

— Está dando muitas ordens, não acha? — Perguntei, inquieta.

— Você quer a Mariana ou não? Ué. — Elena deu de ombros.

Revirei os olhos.

— Amanhã levarei Valentina à empresa, faz tempo que não a levo. Espero que Mariana goste.

— Isso! Faça surpresas, por mais que sejam poucas e discretas. — Deu uma piscadela.

Conversamos por mais um tempo. Elena avisou para sua amiga sobre mim. Nos veríamos daqui a alguns dias.

Já anoitecia e decidi regressar.

Não sei no que isso poderá se resultar, mas espero que seja algo bom. Espero que Mariana e eu estejamos juntas no final desta história.

Deixo minha bolsa num canto da sala e sento-me próxima a mesa da cozinha, com um copo d'água na mão.

Mariana não sai de minha mente.

É amor?

Algumas pessoas se pegam pensando em como descobrir se realmente é amor. E é o que sempre penso e creio que estou convicta de minha resposta.

Quando é amor, nos sentimos leves, prontos para enfrentar qualquer dificuldade ao lado da pessoa que amamos. Quando é amor, nos pegamos pensando em como queremos estar daqui a dez anos ao lado da pessoa que amamos. Nos pegamos pensando em tudo que vivemos, até angustiados às vezes por pensar em perdermos esta pessoa tão especial.

Ah, Ana Servín. Você sabe que é amor e continua negando-se a isso. Mesmo sentindo uma enorme felicidade ao vê-la, sentir saudades antes mesmo da despedida, sentir a melhor sensação ao abraça-la ou beija-la.

Não mentirei, sempre há brigas. Claro que ocorrem. Mas, meu amor o suporta. Sei que isto é amor, nem deveria chamá-lo de “isto”. Me trás paz mesmo com dificuldades, me conforta, faz-me sentir bem. Não há palavras para descrever, e isso é o amor.

Eu gostaria de saber pedir-lhe mil desculpas se não sei demonstra-lo o suficiente, queria que soubesse que és tudo para mim, Mariana. Por favor, continue ao meu lado, perto de mim, independente do que passarmos. Quero passa-los com você, para sempre.
Não quero ser obrigada a deixar-te.

Não é fácil passar o dia sem falar com você, quando minha maior vontade é ter-te por perto.
Sem aquele homem por perto.

Não é fácil quando sinto sua falta ou quando não entende minhas decisões e se chateia, pois o que fica preso em minha garganta, o que meu coração grita, não posso dizer.
Eu posso, mas não tenho coragem.

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