Cuidándote

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Sem demora, finalmente a enfermeira permite que Mariana veja Ana.
Não foi nada grave, foi necessário alguns pontos na testa e já poderão ir para casa.

Ao entrar na sala, Ana aguardava sentada, ainda um pouco assustada com a situação.

— Amor... — Mariana alivia-se e a abraça, deixando Ana mais tranquila.

— Está tudo bem? Quase atropelei você e tive que desviar, perdão.

— Estou perfeitamente bem. Obrigada por ter salvado-me deste acidente, mas quem acabou prejudicada foi você, estou preocupada. — Ana levanta-se, entrelaçando suas mãos às dela.

— Não se preocupe com isso, estou bem. Onde estão Valentina e Regina? Estão bem?

— Sim, não se preocupe! Estão com Pablo, ele ficou muito preocupado e avisou para Juan Carlos. Ele mandou-me mensagem dizendo que Juan poderá ficar esses dias com as crianças para que se recupere melhor.

Ana assentiu, agradecendo e deitando sua cabeça no ombro da morena.
A enfermeira chega logo depois para passar mais informações.

— Sua esposa está bem. Apenas terá de passar alguns medicamentos nos pontos pela manhã e de noite entre cinco a dez dias, com auxílio de um algodão para ajudar na inflamação e medicação. Pela forte batida, Ana Servín não poderá ficar sobrecarregada nesses dias e vou receitar alguns remédios para enxaqueca e outro caso ela tenha febre. — Elas sorriem ao ouvirem a palavra “esposa”.

Mariana escutou tudo atentamente para fazer o mesmo em casa, Ana revirou os olhos pensando que não era para tanto.

— Não precisa, estou ótima.

— Ana, por favor. Obrigada, seguirei suas instruções ao pé da letra. — Mariana repreende. A enfermeira assentiu, deixando-as sozinhas novamente.

— Mariana... Não precisa de tanto, eu já disse que estou bem e recuperada, pronta para voltar ao trabalho. — Pede, Ana.

— Você não está cem por cento recuperada e eu sei disso, deixe-me cuidar de você. — Mariana toca levemente na ferida de Ana, que resmunga de dor.

Finalmente convencida, Ana desiste de insistir. Mariana sorri e beija sua bochecha, segurando o rosto da mais velha.

As duas deixam o hospital, indo embora de táxi já que o carro de Ana teve que ir para a oficina mecânica e só estará pronto após três dias.

Ao chegar em casa, Herrera ajuda Servín a subir às escadas.

— Mariana, levei pontos na testa, não perdi as pernas. Posso caminhar perfeitamente sem auxílio.

— Pois bem... — Surpreendentemente, Mariana pega Ana no colo e sobe as escadas correndo.

Em altas risadas, o casal chega até o quarto e a mais nova coloca Ana na cama.

— Okay, isto foi realmente divertido. — Ana diz e sorri.

Mariana vai até o banheiro para tomar um banho, lava os cabelos e coloca sua camisola de renda curta, não sairá mais de casa e prefere estar confortável. Aproveitou para pegar algodão e os medicamentos necessários para colocar no machucado.

Ao regressar, Ana está deitada e com o cobertor até os ombros. Está sentindo muita enxaqueca.

— Amor, preciso que fique sentada para colocar os remédios. A brincadeira que fiz lhe deixou mal?

— Não, meu amor. Enquanto estava no banho, usei um pouco o computador para resolver umas pendências que necessitavam de ser resolvidas hoje. Creio que esse curto tempo de tela, ajudou na dor. — Diz, sentando-se.

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