Deitei mais cedo, sem animo para ir para o estúdio criar, ou jogar vídeo game.
Comecei a ler um livro e meu celular toca, é ela.
- Oi! – Ela disse animada aparecendo no vídeo.
- Oi, achei que estava jantando.
- Ainda não... Ele atrasou, mas me avisou. – Ela sorriu. – E aqui no México é uma hora atras dos Estados Unidos.
- Ah sim. – Revirei os olhos. – Sou péssima com fuso horário.
- Você já estava dormindo? – Ela me perguntou curiosa.
- Não, eu estou no meu quarto, mas só estava deitada lendo.
- Ah sim, olha eu prometi que te deixaria em paz hoje, mas eu estou ansiosa com esse jantar. E hoje eu fui em uma galeria, e lá tinha uma loja de lingerie, eu comprei para hoje.
- Nossa. – Sorri demonstrando apoio para ela, implorando por dentro para que ela não me mostre.
- Sim! Eu já até vesti, mas eu estou insegura. – Ela colocou o celular em cima da bancada e se afastou. Tirou o hobby que cobria seu corpo revelando a lingerie branca. Eu congelei. – Branco não é minha cor predileta, mas, é a cor preferida dele... E aí? O que você acha? Está bom?
- Uhurum. – Eu não consegui falar muito.
- Sério? – Ela ficou de costas, aquela costa... A tatuagem fina no centro, a bunda... Respirei bem fundo. – Não está feio?
- De modo algum... Tá... Tá.. Maravilhoso, ele vai amar.
- Fico aliviada, sou um pouco insegura com essas coisas, não sou uma mulher que gosta de vestir lingerie sei lá... Mas, acho que hoje a noite, cabe.
- Cabe... Cabe. - Pareço um papagaio repetindo.
- Bom eu vou indo, não quero atrapalhar sua leitura, amanhã nos falamos.
- Ta... Tá
- Tchau. – Ela encerrou a chamada de vídeo me mandando um beijo.
Toda e qualquer tentativa que fiz de continuar lendo foi por água a baixo, jogar vídeo game e imaginar cada vilão com a cara do Koko também não ia ser legal.
Eu, apesar dos pesares espero que seja um jantar incrível, que ele a trate bem... Seja romântico. porque por mais que ela diga que não é romântica, que não cria expectativas, no fundo bem lá no fundo ela é. E que as coisas se acertem para os dois. Ela merece ser feliz.
Merda, tá até parecendo discurso de corna conformada.
Peguei no sono e quando acordei, um calor aquecia meu corpo... Olhei o controle do ar, e estava tudo normal.
Minhas cobertas jogadas de qualquer jeito dava a entender que uma onda de calor sem precedentes me atingiu.
Aquela visão da Mai de lingerie não sai do meu pensamento... Desde que Elisa se foi, eu nunca senti vontade de estar sexualmente com alguém, e eu não sou uma pessoa que faz só porque as pessoas falam que você precisa fazer.
Não sou puritana, mas nunca me bateu aquela vontade, essa vontade...
Coloquei o braço sobre meus olhos querendo parar de pensar, mas, quanto mais quero esquecer... Mais eu me lembro.
Mordi meu lábio inferior, senti meu corpo dar sinal de vida, eu consigo imaginar o toque suave da mão dela. Minha pele se arrepiou.
Desisti de lutar contra, não há nada de errado... Levei minha mão até minha calcinha, encharcada eu preciso gozar.
Coloquei a minha mão por debaixo do tecido, comecei a fazer movimentos circulares no meu centro, bem devagar, bem de leve... Imaginando como seria a língua da Mai no meu clitóris, subindo e descendo de leve, as vezes com mais intensidade, outras apenas passando a pontinha da língua.
- Mai... – Gemi manhosa, meus dedos escorregando com facilidade... Meu cérebro trazendo indo e voltando a imagem dela na vídeo chamada, do sua bunda empinada para mim.
Estou com tanta vontade de gozar que aumento o ritmo dos movimentos. Penetro um dedo, reviro meus olhos, fico pensando naquela cara linda dela, sorrindo com o canto da boca, me olhando atentamente... Me vendo desmanchar nos seus dedos dentro de mim..
- Mais Mai. – Peço baixinho, mais um dedo introduzido, faço um vai e vem forte e rápido, a palma da mão pressionando meu clitóris, sinto minhas pernas falharem, tremerem... Fecharem automaticamente.
Um furacão surgindo em mim, acelerei o ritmo e me desmanchei em gozo, o ápice da loucura, imaginar ela ali, em cima de mim... Sussurrando no meu ouvido, com aquela voz grave.
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Roma
FanfictionDizem que todos os caminhos Nos levam para o mesmo destino, nos levam a Roma. (ouça: Roma - Maite Perroni)