Priscilla
Durante a semana procuramos a assistente social e ela nos explicou toda burocracia para adotar uma criança, ela teria que nos visitar e acompanhar nossa vida por um tempo até decidir se estamos aptas ou não, a adoção é um processo chato mas necessário e eu já estou muito ansiosa pra que tudo de certo logo. Ela nos permitiu visitar o orfanato mas não podemos dar esperanças pra criança nenhuma, as regras são bem pesadas porque ela disse que não é sempre que a adoção é aceita e isso já gerou muita frustração nas crianças e por isso hoje em dia eles pegam no pé em relação as visitas;
- Desse jeito vamos chegar lá no final do horário de visita - Falei pra Natalie que ainda estava se arrumando.
- Demorei mas estou pronta! - Me deu um selinho - Quero estar bem apresentável porque vai que encontramos nosso filho ou filha hoje.
- Amor vamos com calma ta?! Não quero você frustrada depois, e outra não podemos esquecer das regras - Peguei a chave do carro e fui saindo.
- Como esquecer aquelas regras? A assistente falou umas dez vezes na nossa cabeça e eu cheguei ate decorar - Ela gargalhou.
- Eles devem já ter passado poucas e boas e por isso prezam tanto pela segurança das crianças mas concordo que ontem faltou a assistente gravar uma musica com as regras pra gente trazer pra casa - Nós rimos.
Assim que chegamos ficamos encantadas logo de cara, o lugar era maravilhoso e cheio de vida, tinha crianças brincando por todo lado, sorrindo, correndo e aquilo encheu meu coração de felicidade, sempre quis ser mãe e a adoção sempre esteve nos meus sonhos por isso esse momento pra mim tem sido marcante;
- Está tudo bem amor? - Natalie beijou meu ombro e passou sua mão na minha cintura me abraçando de lado.
- Está sim só fiquei um pouco emocionada - Sorri.
- Vamos dar uma volta e conhecer o lugar - Ela me puxou pela mão.
Quanto mais a gente andava mais eu ficava encantada, era bom saber que todas aquelas crianças tinham um lugar digno pra viver porque o orfanato era completamente incrível e com pessoas muito capacitadas pra cuidar de todo mundo;
- Ah vocês estão ai! - A assistente se aproximou - E o que estão achando?
- Esse lugar é completamente incrível! - Natalie disse.
- Fico feliz de todas essas crianças estarem aqui porque me parece ser um lugar muito bom - Sorri.
- Com certeza nós fazemos o melhor pra que enquanto elas estejam aqui sejam muito bem amadas e cuidadas - Ela sorriu - Mas me fala, já se identificaram com alguém?
- Ainda não! São tantas crianças que fica difícil escolher apenas uma - Fui interrompida por alguém puxando minha calça.
- Tia, tia! - Olhei pra baixo e dei de cara com aqueles pares de olhos castanhos escuros me encarando - Me empurra no balanço?
- Oi príncipe! Claro que eu te empurro - Peguei em sua mão e fui em direção ao balanço.
- Dizem que são sempre eles que escolhem a gente - Escutei a assistente falando ao fundo.
Fiquei um bom tempo brincando com o Arthur e até me esqueci de tudo que tinha ao nosso redor, até que Natalie se aproximou me fazendo voltar a realidade;
- Será que posso brincar com esse meninão também? - Ela sorriu.
- Oi tia! Eu sou o Arthur, você quer fazer um castelo de areia comigo? - Ele foi em sua direção e pegou em sua mão.
- Que nome lindo que você tem! Com certeza eu quero, vamos fazer um bem grandão - Ela saiu me deixando com a assistente.
- E ai? Agora já se identificou com alguém? - Ela me encarou e sorriu.
- Pelo visto fomos escolhidas! E eu estou tão feliz que não estou conseguindo controlar a emoção - Limpei a lagrima que teimava em cair.
- Não precisa segurar, sentimentos estão ai pra ser sentidos e o Arthur é um garoto incrível.
- Faz tempo que ele está aqui?
- Desde recém nascido, sua mãe faleceu no parto e a família não tinha condições de cuidar e por isso foi trazido pra cá, desde então nunca ninguém o procurou.
- Já posso dizer que agora ele tem uma família?
- Lembre-se das regras Priscilla, enquanto as coisas não se resolverem vocês precisam ter cautela.
- Eu sei, estou apenas brincando com você!
Fiquei um bom tempo observando Natalie e Arthur brincar até que nos foi avisado que o horário de visita tinha acabado, me despedi de Arthur e fomos pra casa;
- Está feliz amor? - Abracei Natalie por trás e beijei seu pescoço.
- Eu sou a mulher mais feliz do mundo meu amor e quando o Arthur tiver aqui com a gente vai ser um momento magico - Ela se virou e me encarou sorrindo.
- Vai ser o melhor momento de nossas vidas! - A puxei para um beijo.
Até o próximo pessoal...
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O acordo
Fiksi PenggemarNatalie Smith comanda a empresa Smith enterprise que é do seu pai Leandro Smith tem 5 anos mas desde mais nova sempre esteve envolvida nos negócios da família, diferente do seu irmão Caio que nunca teve responsabilidade de nada e vive as custas do s...