Capítulo 29 - Adoção

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Priscilla

Durante a semana procuramos a assistente social e ela nos explicou toda burocracia para adotar uma criança, ela teria que nos visitar e acompanhar nossa vida por um tempo até decidir se estamos aptas ou não, a adoção é um processo chato mas necessário e eu já estou muito ansiosa pra que tudo de certo logo. Ela nos permitiu visitar o orfanato mas não podemos dar esperanças pra criança nenhuma, as regras são bem pesadas porque ela disse que não é sempre que a adoção é aceita e isso já gerou muita frustração nas crianças e por isso hoje em dia eles pegam no pé em relação as visitas;

- Desse jeito vamos chegar lá no final do horário de visita - Falei pra Natalie que ainda estava se arrumando.

- Demorei mas estou pronta! - Me deu um selinho - Quero estar bem apresentável porque vai que encontramos nosso filho ou filha hoje.

- Amor vamos com calma ta?! Não quero você frustrada depois, e outra não podemos esquecer das regras - Peguei a chave do carro e fui saindo.

- Como esquecer aquelas regras? A assistente falou umas dez vezes na nossa cabeça e eu cheguei ate decorar - Ela gargalhou.

- Eles devem já ter passado poucas e boas e por isso prezam tanto pela segurança das crianças mas concordo que ontem faltou a assistente gravar uma musica com as regras pra gente trazer pra casa - Nós rimos.

Assim que chegamos ficamos encantadas logo de cara, o lugar era maravilhoso e cheio de vida, tinha crianças brincando por todo lado, sorrindo, correndo e aquilo encheu meu coração de felicidade, sempre quis ser mãe e a adoção sempre esteve nos meus sonhos por isso esse momento pra mim tem sido marcante;

- Está tudo bem amor? - Natalie beijou meu ombro e passou sua mão na minha cintura me abraçando de lado.

- Está sim só fiquei um pouco emocionada - Sorri.

- Vamos dar uma volta e conhecer o lugar - Ela me puxou pela mão.

Quanto mais a gente andava mais eu ficava encantada, era bom saber que todas aquelas crianças tinham um lugar digno pra viver porque o orfanato era completamente incrível e com pessoas muito capacitadas pra cuidar de todo mundo;

- Ah vocês estão ai! - A assistente se aproximou - E o que estão achando?

- Esse lugar é completamente incrível! - Natalie disse.

- Fico feliz de todas essas crianças estarem aqui porque me parece ser um lugar muito bom - Sorri.

- Com certeza nós fazemos o melhor pra que enquanto elas estejam aqui sejam muito bem amadas e cuidadas - Ela sorriu - Mas me fala, já se identificaram com alguém?

- Ainda não! São tantas crianças que fica difícil escolher apenas uma - Fui interrompida por alguém puxando minha calça.

- Tia, tia! - Olhei pra baixo e dei de cara com aqueles pares de olhos castanhos escuros me encarando - Me empurra no balanço?

- Oi príncipe! Claro que eu te empurro - Peguei em sua mão e fui em direção ao balanço.

- Dizem que são sempre eles que escolhem a gente - Escutei a assistente falando ao fundo.

Fiquei um bom tempo brincando com o Arthur e até me esqueci de tudo que tinha ao nosso redor, até que Natalie se aproximou me fazendo voltar a realidade;

- Será que posso brincar com esse meninão também? - Ela sorriu.

- Oi tia! Eu sou o Arthur, você quer fazer um castelo de areia comigo? - Ele foi em sua direção e pegou em sua mão.

- Que nome lindo que você tem! Com certeza eu quero, vamos fazer um bem grandão - Ela saiu me deixando com a assistente.

- E ai? Agora já se identificou com alguém? - Ela me encarou e sorriu.

- Pelo visto fomos escolhidas! E eu estou tão feliz que não estou conseguindo controlar a emoção - Limpei a lagrima que teimava em cair.

- Não precisa segurar, sentimentos estão ai pra ser sentidos e o Arthur é um garoto incrível.

- Faz tempo que ele está aqui?

- Desde recém nascido, sua mãe faleceu no parto e a família não tinha condições de cuidar e por isso foi trazido pra cá, desde então nunca ninguém o procurou.

- Já posso dizer que agora ele tem uma família?

- Lembre-se das regras Priscilla, enquanto as coisas não se resolverem vocês precisam ter cautela.

- Eu sei, estou apenas brincando com você!

Fiquei um bom tempo observando Natalie e Arthur brincar até que nos foi avisado que o horário de visita tinha acabado, me despedi de Arthur e fomos pra casa;

- Está feliz amor? - Abracei Natalie por trás e beijei seu pescoço.

- Eu sou a mulher mais feliz do mundo meu amor e quando o Arthur tiver aqui com a gente vai ser um momento magico - Ela se virou e me encarou sorrindo.

- Vai ser o melhor momento de nossas vidas! - A puxei para um beijo.

Até o próximo pessoal...


O acordoOnde histórias criam vida. Descubra agora