O tempo passa na velocidade do bater de asas de uma borboleta, muitas vezes, rápido demais, como num estalar de dedos, quiçá, quem sabe, no bater de asas, de um beija flor. Ou talvez bem mais rápido, do que, um raio a iluminar uma noite chuvosa e escura, na neblina de um sonho, que parece eterna.
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Reverte se sentia um pouco estranho, treinando os jovens da profecia, logo ele, que durante tantos anos foi quase um renegado da ordem dos guardiões da humanidade. Justo ele, que durante tantos anos, carregou a marca de Caim no seu peito, como o mais indigno dos guardiões da humanidade. Sendo tratado por quase todos os seus, como uma persona non grata, até mesmo, pela mãe da sua filha, Alma Rey. Ele não gostava muito de se lembrar disso, mesmo sendo um passado meio recente. O multiverso estava em perigo, mas a Victória de uma outra linha temporal estava resolvendo tudo, enquanto os seis escolhidos da realidade original, estavam treinando, para um dia, salvar o seu próprio universo, quando chegasse o momento certo. Momento esse, que Reverte temia mais do que nunca, principalmente por causa da sua filha, que era uma das escolhidas da profecia.
Josy e Tomás haviam ido embora, havia algo muito errado com eles, desde que eles se mudaram para a casa do Reverte. Eles haviam ido embora, mas ficavam sempre por perto, agindo de um modo muito estranho, e isso para não dizer o mínimo do comportamento deles dois, cada vez, mais estranho. Enquanto pensava nisso, e em muitas outras coisas, Reverte nem percebeu sua filha aparecendo bem ao seu lado, um pouco inquieta demais.
- Amanhã é o grande dia - Começa Roberta, apreensiva - Amanhã salvamos a minha mãe da louca, da Sarah, mas sei lá, eu ainda não me sinto muito preparada para isso, pai, e nem sei, se um dia, vou estar.
- Quando chegar o momento certo, você estará mais do que preparada, minha filha, tenho certeza disso - Diz ele, mais do que, a encorajando, a prosseguir - Já que você nasceu justamente para isso, não apenas para ser uma das seis escolhidas, mas também, uma guardiã da humanidade, querida.
- Por mais que eu saiba, que isso é mesmo verdade - Diz ela, meio sem jeito, tensa, e nervosa - Eu sinto que não sei, qual o meu real propósito, o que eu quero, sabe? Tudo que sei, é que me impuseram uma responsabilidade enorme, salvar o mundo, do apocalipse - Suspira, se sentindo estranha - Mas sinceramente não faço a menor ideia, de quem eu sou de verdade, qual o meu real lugar no mundo.
- Essa dúvida é mais do que normal, em jovens da sua idade, eu mesmo já tive essas dúvidas, quando jovem, minha linda - Diz ele, com o seu sorriso mais luminoso, e o seu olhar mais acolhedor - Mesmo porque, somente os mortos sabem quem são, já que não podem mais de questionar, e muito menos, se reinventar, sempre que for necessário, minha filha.
- Você deve estar certo - Baixa seus olhos, por alguns instantes, para os reerguer, mais determinada, do que jamais esteve antes - Mas mesmo assim, isso não torna as coisas mais fáceis para mim, papai.
- Talvez, com o tempo, as coisas fiquem mais fáceis - A abraça, apoiando seu queixo na cabeça dela, que estava deitada em seu peito, naquele exato momento - Eu sei que vão, mesmo não podendo te prometer isso, Roberta.
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Não muito longe dali, Giovani se sentia um pouco sozinho e deslocado, como se, de muitas maneiras não pertencesse aquele grupo. Ele só se sentia a vontade, perto da Lupita e da Roberta, com os demais, ele meio que se sentia, como um estranho no ninho, ou algo do tipo.
Vendo Giovani sozinho, Diego se sentou ao seu lado, percebendo que o ruivo se sentia meio deslocado dos demais escolhidos. Quase como se sentisse indigno de estar ali com os outros, mesmo estando apaixonado pela Lupita, como ele estava.
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Dias nublados de um futuro perdido...
FanficA última esperança da Terra: parte 2 Ela atravessou o portal, mas antes que ele se fechasse por completo, ela pôde ver seu amor sorrindo, enquanto começava a virar pó... Ela viu com lágrimas nos olhos, o corpo de seu amor lentamente se desintegrar...