0,15- Estatisticamente é um começo

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— Eu não acredito que você está chorando

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— Eu não acredito que você está chorando.

Cobri o meu rosto com o travesseiro enquanto ouvia a trilha sonora dos créditos finais de Titanic. Pode se passar quanto tempo for, nunca vou perdoar a Rose por ter sido espaçosa demais. É óbvio que o Jack cabia naquela porta.

— Ele era tão lindo e legal — falei ainda chorando. — Esse filme é muito triste! Não assisto nunca mais!

— Você me disse que é literalmente a trigésima vez que você está assistindo, acho que não vai ser a última — afirmou Theo.

— Como você é chato.

— Mas você gosta de mim.

Revirei os olhos e tirei a almofada do meu rosto. Theo sorriu para mim e no mesmo instante toda a minha irritação desapareceu completamente.

— É, mas só um pouquinho — disse me levantando.

— Suas aulas já vão voltar?

— Sim. Acho que não posso trancar por mais um ano, agora minha situação financeira melhorou um pouco. Então estou ansiosa.

Caminhei em direção à cozinha e coloquei um pouco de café na xícara azul que mais se parecia com a antiga (e falecida) xícara de Theo. Também coloquei um pouco para mim e voltei para o sofá, entregando a dele.

— Essa é mais bonita do que a outra — comentou Theo pegando a xícara. — Obrigado.

— É estranho. A maioria das coisas ao meu redor tem café envolvido. Será que eu deveria abrir uma cafeteria?

— Meu pai tem uma cafeteria.

— Eu sei! Está vendo? Tudo envolve café ou então uma cafeteria. Não faz o menor sentido, você por acaso já trabalhou lá?

— Sim, quando eu tinha dezesseis anos. Mas nem foi por isso que critiquei o seu café, só estava querendo te irritar.

— Você conseguiu. Eu passei dias querendo te matar,  no primeiro dia que chegou aqui eu te recebi tão bem e você foi super mal educado.

— Acho que já te pedi desculpa — Theo relembrou. — Deveríamos fazer alguma coisa hoje? Ir na montanha-russa?

— Você quer me matar? Nunca mais piso naquele lugar!

— Então, existe alguma coisa que você queira fazer?

— Na verdade, sim.

— Na verdade, sim

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