Capítulo 15 - Limites

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As longas avenidas da movimentada L.A ficaram estreitas para a velocidade em que Andrew, dirigiu até chegar ao hospital local. Em que limites chegaria uma pessoa, se é que poderia ser reconhecida como uma de fazer mal para alguém a qual não teria nada haver com a história?

Quando finalmente chegaram ao pronto socorro Katy desceu as pressas do carro, que nem mesmo Andrew conseguiria conte-la naquele instante. Ele nem se quer cogitou em fazer isso na verdade, apenas reprimiu a fúria ao saber que outra inocente estava sendo punida. O que este assassino perverso queria com tudo isso? Até aonde ele chegaria para destruir a vida de Andrew? 

Pela sorte ou pela bondade divina dona Angelina não havia se machucado, apenas teve uma leve alteração em seu quadro de pressão alta, o que a fez ser levada as pressas ao pronto socorro do hospital o qual trabalhava. Andrew estava agora sentado naquele corredor, naquela cadeira nada confortável, enquanto seus pés batiam constantemente por sua ansiedade. Suas mãos tremulas passavam a cada cinco minutos em seus cabelos, como uma tentativa falha de tentar colocar sua mente em ordem mesmo que fosse impossível. 

— Andrew? — Timy apareceu logo depois para que pudesse fortalecer seu amigo, ele precisava disso agora. — Soube o que aconteceu....

— Já está tudo bem agora. — afirmou. — Katy está apenas checando algumas coisas para o tratamento dela. 

— O que exatamente aconteceu? — Timy sentou ao seu lado. 

— Aparentemente além de fazer chantagens pelo telefone, agora ele virou um grande pregador de peças. — Andrew pegou seu celular para mostrar uma imagem perturbadora. — Veja! 

— Mais que merda é essa.... — Timy fez um olhar de repulsa, uma foto terrível de um animal brutalmente morto estava no armário da senhora. — O que a segurança disse? 

— O que acha? — Andrew guardada novamente o aparelho. — Ninguém viu nada! — ele balançava a cabeça inconformado. — O cara age como um fantasma é inacreditável. 

— Ele é lunático! — Timy olhava para o chão. — Mas, e a Katy como ficou com isso tudo?

— Não tenho nem palavras para descrever. — ele olhou triste para amigo. — É minha culpa e você sabe, eu arrastei ela pare isso. 

— Não foi. — Timy tentava consolá-lo. — Ela está ao seu lado porque gosta de você. 

— O que? — Andrew ergueu a cabeça com olhar pasmo. 

— É sério? — o amigo arqueou a sobrancelha. — Só eu percebi o clima de vocês dois? 

— Que clima? — ele cruzava os braços. 

— Andrew? — Timy também cruzou os braços. —Você estava todo deprimido quando ela foi embora, despois que ela voltou você ficou todo iluminado. 

— Iluminado? — ele corou por um instante. —Eu acho que a cafeína não está te fazendo bem. 

— E eu acho que você deveria se declarar logo. 

— O que? Me declarar? Ficou louco?

— Qual o problema? — eles se olharam em silencio por alguns segundos. — Ela já não é a sua noiva de mentira? O que impede de se tornar de verdade? 

— Olha em volta. — Andrew indicou com gesto das mãos. — Olha só onde estamos agora cara, como posso ficar tranquilo sabendo que posso colocar em risco a vida dela ou da mãe? 

— Não se preocupe faremos o que estiver ao nosso alcance para protege-las. 


Mais tarde depois daquele susto Andrew foi diretamente para empresa, precisa ficar a par das investigações do caso, precisa saber se tinha alguma pista mesmo se fosse pequena que lhe desse uma direção. Katy havia ficado no hospital aquela noite para cuidar de sua mãe, toda a equipe de seguranças possíveis também estava lá junto de uma escolta policial. Parecia exagerado ele sabia disso, mas, aquela altura com a linha a qual o assassino parecia ter cruzado não importava mais eles precisavam de tudo que tinham. 

— Senhor. — uma jovem da equipe veio até seu escritório. — Esses são todos os arquivos dos de toda a pesquisa feita junto a senhorita Miller só precisamos que o senhor verifique. 

— Obrigado. — ele pegou os relatórios e começou a fazer uma analise minuciosa, ficou horas e horas lendo cada detalhe, passando por cada avanço nas pesquisas, parecia que realmente Katy tinha feito muitos avanços ela achou questões as quais ele não tinha feito. 

— Café? — uma voz familiar deu dois toques na porta. 

— Suzy! — ele parou por um instante com sorriso de cansaço. — Veio em uma boa hora!

— Eu imaginei.— ela lhe entregou o copo. — Alguma novidade? — ela indicava o olhar aos inúmeros papeis em sua mesa. 

— Muitos. — ele levou as mãos até seu rosto logo dando gole no café. 

— Alguma questão diferente? — ela ficou próxima da mesa. 

— A primeira é que foi levantada uma linha de investigação sobre meu pai. 

— Seu pai? Por que? — ela ficou surpresa sentando logo depois. 

— É que eu não tinha entendido bem, mas, o que me parece é que infelizmente meu pai tinha algumas inimizades que ele conquistou com alguns acordos ilícitos que fez. 

— Sério? Eu não consigo imaginar seu pai envolvido com isso.

— Eu também só que... — ele mostrou alguns papeis. — Esses são extratos de contas que aparentemente "laranjas" usavam para que meu pai desviassem verbas. 

— Isso ainda era no tempo que ele era apenas o diretor? 

— Exato. — ele jogou os papeis na mesa. — Tem noção de que se isso vazar pode acarretar tantos problemas financeiros...

— Mas, toda a verba da W é de total mérito seu. 

— Eu sei. — ele olhava para o lado chateado. — Só que iniciei tudo com todo esse dinheiro roubado, tirado de pessoas que nem se quer tinham ideia disso. Isso é ridículo! 

— Por que a senhorita Miller levantaria uma questão de suspeita contra seu pai dessa forma? 

— Essa não é a questão. — ele a encarou. — Ela chegou em algo que eu mesmo nunca seria capaz. Parece que ela consegue enxergar muito além, admiro muito isso nela. Mas, a suspeita que temos aqui é que quem matou minha família era muito próximo ou pelo menos descobriu sobre todo esse esquema sujo. 

— Que noticia! — ela lançou olhar vibrante. — Tenho certeza que vai pegar esse cara e tudo vai voltar a ser como antes. — ela saiu da sala alguns minutos depois e Andrew voltou a analisar os documentos até que algo que estava ali mudaria o percurso da história. — O que é isso? — ele ergueu um papel aproximando mais para ter certeza do que estava lendo. 

— Alô?

— Timy? — a voz embargada agora era de Andrew. — Está perto da Katy agora? 

— Estou aqui tomando um café o que houve? — ele estava no corredor sentado enquanto ela estava na quarto com a mãe. 

— Peguei o desgraçado! 

— Como assim? — Timy quase engasgou. — Pegou assassino? Aonde?

— Não exatamente, ainda.... — ele encarava o papel em sua frente. — Mas você não vai acreditar quando souber quem ele é. 






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