A Chave Para Minha Vida

Capítulo 25 - Fim da linha

Andrew agora estava em seu escritório apenas encarando aquele bilhete, tentando encaixar todas as informações que tinha e todas as perguntas que pareciam estar sem resposta. Se tudo isso era por causa de uma traição, sendo ela apenas feita contra a sua mãe já que dona Angelina havia deixado claro para Andrew que assim que conheceu senhor Sang não teria mais relações com seu pai, por que o assassino matou sua família naquela noite? Por que ele insistia em persegui-lo de todas as formas possíveis por tantos anos?

Ele puxou novamente a ficha do caso em seu computador e ficou analisando. Alguma peça estava faltando, o que Andrew parecia ainda não ter achado?

Sang Yun parecia ter sido muito bem privilegiado na lista de funcionários da empresa de seu pai, então por qual motivo o levou a demiti-lo de repente? O que realmente motivava aquele homem a continuar com sua vingança? Nada parecia realmente ter resposta, mesmo que Andrew continuasse ali quebrando sua cabeça ele não conseguia entender. Voltou novamente no arquivo do crime de seus pais, olhou todos os artigos que tinham arquivados e outras dúvidas surgiram. Lembrou ele do dia que foi atacado no evento de sua empresa, o homem parecia saber exatamente como agir e o que fazer para entrar sem ser percebido. O que Andrew deixou passar? Não era possível que aquele assassino fosse realmente invencível. 

Andrew agora se via frustrado olhando todas aquelas informações, inclinou se para trás na cadeira e levou a mão até seu rosto, precisava pensar, existia uma lacuna em branco no meio dessa história toda. Sua cabeça estava fervendo e rapidamente puxou seu celular que estava na mesa, analisou que já era muito tarde e ele continuava perdido e novamente o bilhete parecia estar piscando em sua frente. Ele deveria ir? Ele deveria não ir? Será que isso acabaria com um dos dois mortos ou com ele morto?

Novamente ele balançava a cabeça deixando a frustração o consumir, agora saiu do escritório que ficava em sua cobertura e começou a andar pela casa. Ninguém estava por perto naquela noite, Katy depois de tudo que aconteceu acabou ficando na casa de sua mãe o que era a única segurança para Andrew no momento. Timy tinha tirado uma noite de folga, estava ajudando sua amiga Suzy a preparar as malas para uma viagem repentina a qual ela conseguiu de trabalho na Espanha. Andrew ficou agora analisando a vista da janela do quarto, aquele espaço vazio de sua casa o deixava solitário, ele realmente conseguia entender o quanto se sentia sozinho e parecia ser a única forma segura para viver sua vida. Parou de pensar tanto quando sentiu seu celular vibrar, era uma mensagem desconhecida a qual o responsável ele conhecia muito bem. 

Sang Yun havia lhe enviado uma foto da Ponte Vicent, local ponto de encontro que teria pedido para Andrew o encontrar. Olhando a tela no celular ele pensou em várias coisas, primeiro poderia avisar a policia ou seus agentes e fazer ele ser pego, segundo ele pensou que poderia pedir para que alguém o acompanhasse ou até mesmo pensou em apenas ignorar a mensagem. Nenhuma dessas alternativas foram as escolhidas, Andrew apenas vestiu um moletom e para ser discreto ao sair pediu um táxi e foi para o destino. Enquanto estava sentando no banco de trás esperando avistar o local, enviou uma mensagem para Katy não com o objetivo de revelar o que estava fazendo e sim porque ele precisava muito dizer algo importante para ela. 

— Senhor chegamos. —  o taxista parou o carro e Andrew apenas pagou a corrida e saiu. 

A Ponte Vicent aquela hora da noite tinha uma atmosfera realmente sinistra. O vento frio que circulava por ali vindo das pequenas ondas que se formavam das águas abaixo, fazia o rapaz sentir seu corpo encolher completamente, a iluminação não era das melhores o que deixava fácil alguém ser pego de surpresa por alguém. Nos primeiros segundos enquanto caminhou até mais perto da ponte ele já estava se arrependendo daquela decisão, temia que aqueles seus passos o levaria a sua morte fatal. Fechou os olhos por um instante deixando o vento frio bater em seu rosto e sua cabeça começou a se questionar outra vez.