-- Vamos até a cidade semana que vem? -- Maraisa perguntou, se sentando ao lado de Marília, que estava deitada sobre sua cama.
-- Para quê? -- Marília indagou.
-- Precisamos te comprar algumas roupas. Sou menor do que você e tudo te aperta. Sem contar que você precisa experimentar calças e bermudas .
-- Não tenho dinheiro. -- Marília disse enquanto acariciava a própria barriga. Havia terminado de comer e estava mais do que satisfeita.
-- Não perguntei isso. -- Maraisa disse e Marília negou.
-- Não quero abusar. Já estou ficando aqui de favor.
-- Não é de favor, você me ajuda nos afazeres daqui, cozinha para mim sempre e ainda doa sangue e espermatozóide. -- Maraisa disse e Marília a olhou com dúvida. -- Por favor...
-- Só porque é impossível dizer não para você com essa carinha. -- Marília disse e Maraisa sorriu.
-- Você está tão linda hoje. -- Maraisa disse suspirando. -- Digo, agora está corada. Não está tão pálida quanto uns dias atrás.
-- Você não tem mais tirado meu sangue por esses dias. -- Marília disse e Maraisa desceu seus olhos para a mão da outra, que brincava com o cós da cueca.
-- Os shorts que servem em você logo secarão e não vai mais precisar ficar só de cueca. -- Maraisa alertou.
-- Não ligo de ficar só de cueca. Está muito calor.
-- Mas eu ligo. -- Maraisa disse e ia se levantar, porém a mão de Marília segurou seu braço.
-- Por quê? -- Marília perguntou e Maraisa prendeu a respiração.
-- Porque fico sem graça. -- Maraisa confessou. -- É inevitável olhar. Não estou acostumada com pênis no mundo. -- Maraisa disse e Marília assentiu.
-- Certo. -- Marília disse se sentando e segurando a mão de Maraisa antes de depositar um beijo sobre o dorso da mesma. -- Vou ficar aqui embaixo do lençol para você não ficar envergonhada, tudo bem? -- Maraisa a fitou e assentiu erguendo a vista para olhá-la.
-- Você ainda pretende ficar virgem para sempre? -- Maraisa não resistiu em perguntar. Essa pergunta habitava sua mente havia dias. -- Tipo, não se envolver com ninguém...
-- Eu me envolveria com você. -- Marília foi sincera, vendo Maraisa a olhar surpresa. -- Mas aparentemente você não me quer mais, então...
-- Por que acha isso? -- Maraisa perguntou.
-- Eu tenho um pênis. -- Marília disse como se fosse mais do que suficiente aquele argumento.
-- E eu uma vagina. Preciso de um argumento válido. -- Maraisa disse. -- Você quem fugiu de mim e não o contrário.
-- Fugi porque não podia deixar você saber que eu tinha um pênis. Me beijando do jeito que você beijou seria fácil acordá-lo, mesmo se ele estivesse em coma. -- Maraisa riu, porém a batida na porta a fez se afastar.
-- Conversamos depois?
-- Não pretendo ir à lugar nenhum. -- Marília disse apontando para as roupas que vestia e Maraisa assentiu, indo até a porta.
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O último Pênis || [Malila] ADAPTAÇÃO Concluída
Hài hướcQuando, por algum motivo misterioso, todos os homens são infectados por um vírus fatal, só se resta mulheres no mundo. Os poucos homens que sobreviveram ficaram definhando, o que levou as mulheres a mataram cada um deles para evitar o sofrimento. ...