O último Pênis || [Malila] ADAPTAÇÃO Concluída

quatro

Maraisa estava recostada no
sofá, com as pernas esticadas,
uma por cima da outra, e com
os braços cruzados enquanto
esperava Marília sair do banho.
Mil perguntas se passavam em
sua cabeça, mas não encontrava
resposta para nenhuma. O clique
da fechadura a fez sair de seus
devaneios e erguer o rosto.

Somente ali, no claro, pôde
analisar a garota melhor. Ela
era incrivelmente linda, pele
bem clara, olhos castanhos mais
penetrantes do que parecia no
escuro; os cabelos eram loiros e
ela era dona de lindas curvas.

Ela vestia uma camisa larga de
dormir comprida, que Maraisa
havia lhe emprestado e um short
de seda, fresquinho. O que mais
chamou a atenção em Maraisa foi
que a garota ainda segurava a
toalha em frente ao seu corpo.

-- Pode deixar no banheiro. --
Maraisa disse porém a garota a
ignorou, se encostando atrás do
pequeno balcão de madeira que
havia no centro do lugar. Só então
ela soltou a toalha, pendurando-a
em uma das cadeiras dali.

-- Obrigada por me deixar dormir
no seu trailer hoje. -- Marília disse e
Maraisa assentiu.

-- Não se preocupe com isso.

Eu posso dormir no sofá sem
problema nenhum. -- Ela disse,
vendo que tinha uma cama mais ao
fundo, protegida por uma pequena
cortina que estava enlaçada
naquele momento.

-- Não. Eu não vou dormir aqui,
vou dormir com Luisa, então pode
usar a cama. -- Maraisa disse e uma
interrogação se formou na testa de
Marília.

-- Quem...

-- Minha namorada. -- Maraisa disse vendo Marília assentir. -- Por que
estava nos espionando?

- Olha só, me desculpe por isso.
-- Marília pediu ligeiramente
ruborizada. -- Não foi nada pessoal,
eu só estava... com fome.

Certo. -- Maraisa disse, ainda
de braços cruzados. Ela havia
requentado a comida para Marília
comer antes de tomar um banho e
se surpreendeu com o tamanho da
fome dela. -- Você foi pareada com
alguém? -- Uma pequena expressão
de pavor dominou o rosto de
Marília.

-- Eu não sei. -- Disse baixo.

- Me diz seu sobrenome...
Maraisa pediu, se levantando e se
aproximando do balcão. -- Eu posso
ver isso para você. Temos os dados
de todos. -- O corpo de Marília
enrijeceu e ela negou com a cabeça.

-- Prefiro... não saber. -- Marília
falou, piscando lentamente e
Maraisa assentiu, dando de ombros.

- Tudo bem. -- Disse singelamente.
-- Eu combinei com você de não
falar para as minhas amigas que
está aqui, mas se for ficar por
um longo tempo eu não poderei
esconder. Elas são espertas. --
Maraisa disse.

- Elas não... me machucariam, não
é?

-- Não. Elas são do bem. -- Maraisa
assegurou e Marília sorriu com o
canto dos lábios.

-- Então tudo bem. -- Disse, um
pouco insegura do que dizia.
Ela deveria ficar? Ou fugir no meio
da noite ou pela manhã? Não sabia
o que faria, porque realmente
estava cansada de fugir, porém o
medo de ficar ainda era enorme.