Atados pelo Destino - Meu Clichê (Livro 5)

Capítulo 7.

Tyler...

Me espreguiço ainda de olhos fechados, mas já acordado, encosto no corpo nu ao meu lado na cama e sorrio ao lembrar da noite anterior, abro os olhos devagar o sol já brilha através das cortinas finas, sento na cama e olho para a mulher deitada sobre os lençóis os cabelos cacheados pintados de vermelho vibrante se espalhando pela fronha, ela me proporcionou boas horas de prazer ontem a noite. Levanto e caminho até a poltrona pegando a cueca e a vestindo, saio do quarto em seguida.

Abro a geladeira vendo o que eu deixei por aqui, costumo deixar a geladeira desse apartamento abastecida de coisas para café da manhã ou lanches rápidos, ele não é o apartamento onde eu moro, fica bem longe da minha casa na verdade, em um prédio privado e discreto, não mantenho um apartamento para as minhas atividades noturnas porque não quero levá-las para a minha casa ou porque não quero misturar as coisas, não sou desses, o mantenho porque de alguma forma meu pai sempre sabia quando eu levava mulher para a minha casa e vez ou outra me passava um sermão dizendo que eu tinha que zelar pelo nome da família e a  minha profissão, que não podia levar uma vida promíscua, que já sou adulto e devia agir como tal e blá blá blá, então eu aluguei esse apartamento sem que ele soubesse, para ter minha vida promíscua em paz, sem os julgamentos do meu pai. Ele ainda me julga dizendo que já estou velho pra ainda levar uma vida de garoto, principalmente agora que todos a minha volta estão casando, mas é exagero dele, ainda tenho  apenas 33 anos.

Peguei alguns ovos na geladeira, alho poró e bacon, liguei a cafeteira e fui picar o bacon o levando pra frigideira em seguida, cortei o alho poró e reservei, peguei uma tigela onde eu quebrei os ovos e bati com sal, pimenta, lemon peper e orégano, coloquei o alho poró e o bacon que já tinha frito e passei metade da mistura para a mesma frigideira que eu fritei o bacon, quando eu virei coloquei queijo ralado por cima.

Cortei algumas frutas para uma salada e o café da manhã estava pronto pra quando a mulher em minha cama acordasse para a caminhada da vergonha, não pense que só porque eu sou um galinha assumido sou aquele tipo de cara escroto que se livra da mulher assim que termina o sexo, ser gentil vez ou outra rende mal entendidos, mas eu prefiro correr o risco do que ser um completo babaca, somos pessoas não objetos para ser usados e jogados fora.

Voltei para o quarto e ela estava no banho, me vesti enquanto ela saia de lá, eu preciso lembrar de deixar algumas roupas aqui para não precisar correr em casa antes do trabalho toda vez que eu durmo aqui.

- Bom dia. – Ela falou quando saiu do banheiro já usando a roupa do dia anterior.

- Bom dia. – Tentei me lembrar o nome dela, mas eu não conseguia, as vezes o nome não era a coisa mais importante em conhecer alguém. – Fiz o nosso café da manhã, está com fome? – O estômago dela roncou antes que respondesse.

- Faminta pelo visto. – Ela disse sem graça.

- Então vamos. – Indiquei que ela passasse na frente. – Eu espero que você coma ovos porque fiz omelete. – Se ela fosse vegana ou alérgica teríamos um problema tenho que lembrar de deixar mais variedade aqui.  

- Eu adoro omelete. – Olhou sobre o ombro.

- Você quer café? – Perguntei indo pegar duas xícaras. – Ou prefere leite? Suco?

- Café está ótimo. – Se sentou.

- Com creme? – Perguntei colocando as duas xícaras sobre o balcão.

- Sim e sem açúcar.

- Ok.

Coloquei creme no dela e leite e creme no meu, meu café preferido, entreguei os talheres para ela e comemos ela puxou assunto sobre coisas triviais enquanto comíamos, depois que terminamos eu coloquei tudo que foi sujo na lava-louça e a liguei, quando a pessoa que cuida da limpeza do prédio passar por aqui ela guarda, o prédio onde alugo esse apartamento oferece um serviço com camareiras, o que é bem útil para quem não fica muito em casa. Assim que encontrei meu celular pedi um táxi para ela e coloquei meus sapatos.