Capítulo 57.

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Violet...

- Você terminou de redigir a cláusula de não competição? – Tyler pergunta me olhando nos olhos quando eu me aproximo de sua mesa.

- Aqui está. – Entreguei uma das pastas que eu trazia em mãos. – Como o cliente pediu, ele não vai poder trabalhar em outra empresa do ramo no país e se trabalhar no exterior não pode entrar em competição com a empresa dele, além disso tudo que ele produzir no período que estiver lá é de exclusividade da empresa.

- Muito bem. – Ele abriu a pasta começando a ler o que eu havia colocado no papel.

- Essa cláusula é meio extensiva demais. – Falei quando ele terminou. – É quase um contrato de servidão.

- Você também vai assinar uma cláusula de não competição quando deixar de ser associada. – Falou.

- Eu sei disso. – Revirei os olhos. – E acho que você estão certos em fazer isso, todos que se preocupam com o seu empreendimento estão.

- Então qual é o problema? – Perguntou.

- Ela é muito dura, não deixa brecha. – Falei me ajeitando na cadeira. – Praticamente obriga a pessoa a mudar de ramo se quiser sair da empresa.

- Eu sei disso. – Ele falou calmamente. – Ela foi criada assim a pedido do cliente, ele pode parecer duro, mas é precaução, anos atrás um funcionário saiu por ter recebido uma proposta maior e acabou usando o que ele havia criado dentro da empresa no seu novo trabalho. – Me explicou. – Eles tiveram um grande prejuízo por isso. 

- Eu entendo, é só que não parece justo prender uma pessoa. – Falei teimosamente.

- Violet querida, nem sempre vamos fazer apenas o que é justo no nosso ramo, nós somos contratados para fazer o que for melhor para o nosso cliente. – Falou pacientemente.

- Eu entendo. – O olhei nos olhos. – Me desculpe.

- Está tudo bem, você pode agir como se não fosse, mas ainda é bebê. – Ele riu pra mim e eu levantei uma sobrancelha. – Estou falando em relação ao trabalho é claro.

- Claro. – Eu ri.

- Sei bem que em outros aspectos você não tem nada de bebê. – Ele riu alto.

- Embora seja iniciante.

- Sorte a sua que tem um bom professor.

- Ainda estamos falando de trabalho? – Perguntei sorrindo.

- Estamos falando dos dois. – Deu um dos seus lindos sorrisos.

- Vamos voltar ao assunto principal. – Resolvi voltar a falar de trabalho antes que a gente continuasse com as provocações. – O que você achou? – Apontei para o papel.

- Ele está finalmente do jeito que eu queria. – Era a terceira vez que eu trazia aquele documento. – Fez um bom trabalho.

- Que bom que eu já anexei no termo de contrato. – Sorri lhe entregando outra pasta. – Também enviei o arquivo por e-mail para que possamos encaminhar para a empresa.

- Você fez dois modelos? – Olhou na pasta que eu lhe entreguei.

- Sim, uma para novos contratados que contém o contrato básico. – Falei explicando. – E um para as pessoas que já estão na empresa eu fiz um contrato especial autorizando a posse sobre os seus feitos desde o dia que entraram na empresa, além de um termo de ciência e aceitação.

- Bom trabalho. – Ele sorriu. – E você ainda reclamou da cláusula.

- Como você mesmo disse chefinho, nosso trabalho é fazer o melhor para o nosso cliente. – Dei de ombros.

Atados pelo Destino - Meu Clichê (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora