Violet...
- Pode começar a falar. – Lyanna aponta uma espátula pra mim assim que me aproximo do balcão. – Como foi o encontro ontem?
- Bom dia pra você também Lyanna. – Falei sorrindo e passando por ela para lavar as mãos. – Tão curiosa que perde os modos.
- Tá. Tá. Bom dia. – Falou esquecendo as panquecas no fogo. – Agora me fala, estou curiosa.
- Tudo bem. – Peguei o pote café para levar até a cafeteira. – O encontro foi ótimo, como nós já sabíamos ele é incrível. – Falei enquanto ligava a máquina. – Conversamos a noite inteira, sobre diversos assuntos, o silêncio não ficou estranho em nenhum momento entre nós. – Fui contando resumidamente nossa noite. – Descobrimos coisas em comum e no final da noite nos beijamos em frente a porta. – Lavei as mãos e passei manteiga nas fatias de pão que iam para a frigideira.
- E como foi? – Tirou as panquecas da frigideira substituindo por duas fatias de pão que eu acabei de passar manteiga.
- Foi estranho. – Passei manteiga nas duas últimas e fui separar as fatias de muçarela.
- Estranho como? – Me olhou. – Foi ruim?
- Não necessariamente ruim. – Me encostei na bancada para explicar. – Sabe quando você era criança e beijava a própria mão para treinar?
- Sei. – Virou as fatias colocando a muçarela sobre elas e tapando a frigideira.
- Foi a mesma sensação, não senti nada. – Eu disse. – Nem uma cocega, nada, o beijo não foi ruim, eu sei apreciar o seu valor, mas a química não rolou sabe.
- Não rolou química com um homem lindo e incrível daquele? – Falou incrédula.
- Pra tu vê como a vida é doida. – Sorri. – Foi muito esquisito e pareceu errado, e não foi estranho só pra mim.
- Ele falou isso pra você? – Tirou os pães da frigideira colocando as outras fatias.
- Sim, ele também se sentiu estranho. – Garanti, Ele falou primeiro que eu. – Combinamos de ser apenas amigo.
- Nossa que reviravolta. – Ela ainda parecia surpresa. – Achei que seria dessa vez. – Eu nem precisava perguntar para saber do que ela estava falando.
- Eu também. – Dei de ombros. – Mas, pelo menos já perceberam no beijo.
- Isso é verdade.
- E a sua noite como foi? – Ela virou o pão colocando o queijo.
- Foi boa, sai com alguns colegas de trabalho como eu fazei que faria. – Ela disse. – Foi bem divertido, dancei pra caralho e bebi, mas não o suficiente para ter ressaca.
- Saiu com alguém? – Perguntei.
- Não, ninguém interessante. – Deu de ombros.
Montamos a mesa do café da manhã, com as torradas, panqueca, café e leite, nos sentamos e comemos ainda conversando sobre a noite de ontem e como foi divertido apesar de tudo no meu caso. Depois eu juntei as louças colocando na lavadora, guardei o que sobrou e limpei a mesa e o balcão deixando tudo limpo, lavei as minhas mãos e olhei para a hora vendo que a manhã já está avançada.
- Vou escovar os dentes para ir. – Vou visitar Daisy minha irmã.
- Você já vai?
- Sim, quero chegar mais cedo para ajudar no almoço. – Falei, fora que o caminho até lá é longo.
- Entendi, não sei em que você pode ajudar. – Falou rindo.
- Eu vou me lembrar disso. – Falei indo para o meu quarto.
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Atados pelo Destino - Meu Clichê (Livro 5)
RomanceViolet Johnson é uma mulher de 23 anos, advogada, divertida, inteligente, atenciosa e competitiva. Ela tem a sua carreira como prioridade, tanto que nunca se relacionou com um homem, se apaixonou uma vez e não deseja repetir esse evento traumático...