Capítulo 70.

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Violet...

Peguei a pasta sobre minha mesa e sai da minha sala, ainda estou toda boba com o fato de eu ter uma sala só pra mim, sou muito chique eu sei, caminhei até a sala de Karina, sua secretária me deixou entrar depois de falar com ela. Entrei a encontrando de pé olhando pela janela, ela está trabalhando em um caso de demissão injusta e eu estou a ajudando no processo.

- Violet. – Se virou me olhando. – Você tem algo para mim? – Olhou para a pasta em minhas mãos enquanto caminhava até mim.

- Tenho sim. – Sorri lhe entregando a pasta. – Estive pensando em algumas estratégias para preparar a senhorita Coleman para o interrogatório.

- Vejamos a sua linha de raciocínio. – Ela deu a volta na mesa se sentando. – Sente-se.

- Obrigada senhora – Me sentei a frente de sua mesa.

- Você acha que eles serão agressivos dessa maneira? – Me questionou lendo o que eu lhe entreguei.

- Acho que Gregory Strauss sempre joga baixo. – Falei. – Ele não é conhecido por pegar leve com o outro lado.

- Pegar leve é uma coisa, isso aqui. – Colocou a pasta sobre a mesa. – É tentar massacrar a outra parte.

- Fiz o questionário baseado no que encontrei sobre ele de outros interrogatórios que conduziu. – Dei de ombros.

- Então é disso para pior. – Ela fez uma careta. – Não gosto disso, mas precisamos estar preparadas.

- Exatamente, ser pega de surpresa não é uma boa coisa.

- Não mesmo. – Ela respirou fundo. – Vou revisar isso e marcar com nossa cliente para amanhã pela manhã, você vai prepara-la.

- Obrigada senhora. – Sorri satisfeita.

- Até lá eu quero todo precedente que essa empresa já fez para usar contra eles. – Me instruiu. – Qualquer coisa errada ou questionável.

- Considere feito. – Sorri me levantando.

Sai de sua sala e fui até a copa tomar um café, estou precisando disso para despertar, coloquei uma cápsula na máquina e esperei, peguei o creme na geladeira e coloquei no copo, me encostei no balcão tomando meu café, estava em perfeita paz quando Wesley entrou no recinto, ele me olhou e sorriu.

- Sua nova sala é aqui? – Ele perguntou debochado.

- Até onde me consta você também está aqui. – Sorri. – Ainda está chateadinho porque a Karina me escolheu para o caso? – Ri alto. – Tadinho dele.

- Eu? – Ele quem riu dessa vez. – Não se iluda queridinha, estou em um caso muito maior. – Deu de ombros. – Uma aquisição com o Robert.

- Bom pra você, ruim para ele que tem de lhe aturar. – Ele fez uma careta.

- Ele tem sorte de ter o melhor com ele.

- O segundo melhor você quer dizer. – Tomei o restante do meu café é joguei o copo no lixo.

- O jeito que você se ilude é diferente. – Ele falou enquanto eu saia.

Apenas sorri e voltei para a minha sala, me sentei em minha cadeira confortável e comecei o trabalho que me foi solicitado, preciso encontrar cada deslize cometido pela empresa nos últimos anos, levou algum tempo, mas eu encontrei muita coisa, casos de preconceito negligenciados, a vítima demitida poucos meses depois, não contrataram um recém viúvo pai de duas crianças pequenas, regras de comportamento que impediam tranças no ambiente de trabalho e por aí vai. Juntei todas as evidências em um arquivo e o enviei para Karina já começando a pesquisar alguns dos casos, precisamos de confirmação o quanto antes.

Atados pelo Destino - Meu Clichê (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora