Capítulo 32.

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Violet...

Me recostei na parede esperando quer a impressora terminasse o seu trabalho, estou trabalhando com o senhor Kim no balanço de uma das empresas que ele trouxe para a firma, a empresa do ramo de brinquedos está em balanço depois que informações vazaram e um produto defeituoso foi vendido, o dono está transtornado com tudo o que aconteceu e pediu que os culpados fossem encontrados o quanto antes. A impressora parou e eu peguei as folhas, coloquei sobre a mesa e verifiquei se tudo que ele me pediu havia sido impresso, depois de atestar que estava tudo em ordem coloquei dentro de uma pasta e levei para a sua sala, bati na porta e entrei logo em seguida.

O senhor Robert Kim é um homem muito bonito, parece um daqueles atores de dorama coreanos, os pais dele são coreanos, mas vivem aqui na Inglaterra desde a infância, por tanto o senhor Kim nasceu aqui, ele é da minha altura, talvez um ou dois centímetros mais alto, magro, mas da pra ver que malha, seu rosto muito bonito, com olhos escuros e a pele lisinha fazem parecer que ele tem por volta da minha idade, mas ele tem mais de 30 anos, o homem fica uma perdição dentro de um terno escuro.

- Os arquivos estão todos aqui. – Coloquei a pasta sobre sua mesa.

- Ótimo, precisamos passar um pente fino em tudo. – Ele falou em seu tom sério habitual.

- Sim senhor.

- Leve a pasta para a outra mesa. – Apontou para uma mesa redonda que fica em um canto de sua sala.

Assenti e levei a pasta para lá junto com o estojo de caneta que eu tinha deixado antes sobre a mesa dele, ele levantou e levou o notebook para a mesa também, se sentou perto de mim e iniciamos a análise dos dados para verificar as inconsistências.

- Todos os brinquedos devem passar pela equipe de qualidade. – Falei ao observar a descrição da produção. – Então, para uma peça defeituosa passar o erro deve ter vindo de lá.

- Mas, pode ter acontecido na fase de criação também. – Ele me olhou. – Podem ter saído de lá sem passar pelo controle.

- E terem pego na área de descarte e reaproveitamento. – Falei pegando as arquivos de lá.

Quando um produto apresenta defeito existe dois caminhos para ele, descartar se a falha for prejudicial demais e não valer a pena concertar, ou voltar para o reaproveitamento onde será realizado o reparo da falha apresentada.

- Acredito que a pessoa responsável por isso é a mesma que vazou as informações.

- Então o senhor não acha que o produto defeituoso foi um erro? – Levantei a cabeça o olhando.

- Não, eu acredito que foi sabotagem. – Falou firme.

- Interessante. – Sorri antes de voltar a pesquisa.

Quando a fome bateu pedi o nosso almoço e comemos ali mesmo em meio aos papéis para não atrasar a pesquisa, já passava de três da tarde quando eu encontrei um documento interessante, depois de verificar corretamente eu resolvi falar pra Robert.

- Achei uma coisa interessante. – Chamei sua atenção. – Uma autorização de comercialização assinada por Caremon Alexander que é do setor de criação e Julius Sharpe que é do setor de qualidade. – Até aí tudo estava normal, sempre alguém dos dois setores deveriam assinar. – Mas, não tem o relatório dos testes em lugar algum.

- Então, ou não foi feito teste. – Robert falou.

- Ou o relatório foi enterrado porque era desfavorável ao produto. – Conclui.

- Mas, nós temos acesso a todos os backups automáticos do sistema. – Robert falou. – Se aconteceu o teste ele estará aqui. – Puxou o notebook.

Atados pelo Destino - Meu Clichê (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora