Violet...
- Você vem comigo. – Carol falou em frente a minha baía.
- Sim, senhora. – Falei me colocando de pé. – O que vamos fazer?
Era bem cedo, eu não tinha tido tempo sequer de abrir meu notebook e pela bolsa pendurada ainda em seu ombro acho que ela sequer passou em sua sala.
- Encontrar uma cliente. – Falou começando a andar comigo ao seu lado.
- Qual cliente? – Questionei.
- Camilly Feldstein. – Ela respondeu parando em frente ao elevador e apertando o botão.
- Do oleoduto? – Perguntei, recentemente eu fiz alguns requerimentos para a construção de um novo oleoduto fora do país para a empresa dela.
- Essa mesmo. – O elevador chegou e nos entramos.
- Será que teve algum problema com a construção. – Antes de iniciar tivemos vários problemas com ativistas do meio ambiente que são contra a criação.
- Eu não faço a mínima ideia. – Carol estava visivelmente impaciente. – Só sei deve ser sério pra ela ter nos chamado em casa.
Saímos do elevador assim que ele abre as portas na garagem e andamos para o carro de Carol, começo a pensar nas possibilidades que podemos encontrar, problemas com os ativistas, um acidente na obra, um atentado, vazamento em algum outro oleoduto. Algo grave que pode abalar a empresa que seu pai criou e hoje ela toma de conta e fez crescer muito nos últimos 15 anos. Durante o trajeto ficamos em silêncio, eu mentalmente mapeio os países nos quais a empresa tem empreendimentos para poder pesquisar melhor sobre as leis locais e as possíveis saídas para problemas.
Minutos depois Carol entra em um bairro residencial, com várias menções, algumas são grandes até para os padrões do meus amigos, ela para em frente a uma casa de esquina e descemos do carro indo para a porta da frente que se abre na primeira batida pela própria Camilly.
- Que bom que vocês chegaram. – Nós cumprimenta.
Ela é uma mulher que está na casa dos 50 anos, esguia, elegante e com um ar de liderança natural.
- Qual é o problema? – Carol perguntou quando entramos.
- É o Tomy. – Thomas Feldstein, único filho de Camilly, ele tem 23 anos.
Ela nos conduz até a sala onde vamos o homem com os olhos vermelhos parecendo ter chorado bastante.
- Eu... Eu... – Ele gaguejou. – Eu o atropelei.
- Você atropelou alguém? – Perguntei antes de me conter.
- Sim. – Choramingou.
- Conte direito o que a aconteceu. – Carol pediu calmamente.
- Eu voltei do escritório mais tarde, temos estado muito atarefados com o novo projeto. – Ele parecia fazer esforço para continuar falando. – Estava dirigindo, estava muito escuro e quando eu vi já estava muito em cima, não consegui desviar.
- Você se evadiu do lugar? – Perguntei.
- Eu tive medo de ser preso. – Ele falou. – Fiquei com medo de ter matado ele.
- Você fugiu sem prestar socorro? – Isso era ruim, muito ruim.
- Eu liguei para a emergência. – Falou. – Só não esperei pela ajuda chegar, eu tive medo.
- Pelo menos isso. – Carol me olhou me repreendendo, eu não deveria fazer juízo de valor. – Assim podemos usar na sua defesa. – O ônus da prova está conosco.
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Atados pelo Destino - Meu Clichê (Livro 5)
RomanceViolet Johnson é uma mulher de 23 anos, advogada, divertida, inteligente, atenciosa e competitiva. Ela tem a sua carreira como prioridade, tanto que nunca se relacionou com um homem, se apaixonou uma vez e não deseja repetir esse evento traumático...