Capítulo 55.

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Violet...

- Você vem comigo. – Carol falou em frente a minha baía.

- Sim, senhora. – Falei me colocando de pé. – O que vamos fazer?

Era bem cedo, eu não tinha tido tempo sequer de abrir meu notebook e pela bolsa pendurada ainda em seu  ombro acho que ela sequer passou em sua sala.

- Encontrar uma cliente. – Falou começando a andar comigo ao seu lado.

- Qual cliente? – Questionei.

- Camilly Feldstein. – Ela respondeu parando em frente ao elevador e apertando o botão.

- Do oleoduto? – Perguntei, recentemente eu fiz alguns requerimentos para a construção de um novo oleoduto fora do país para a empresa dela.

- Essa mesmo. – O elevador chegou e nos entramos.

- Será que teve algum problema com a construção. – Antes de iniciar tivemos vários problemas com ativistas do meio ambiente que são contra a criação.

- Eu não faço a mínima ideia. – Carol estava visivelmente impaciente. – Só sei deve ser sério pra ela ter nos chamado em casa.

Saímos do elevador assim que ele abre as portas na garagem e andamos para o carro de Carol, começo a pensar nas possibilidades que podemos encontrar, problemas com os ativistas, um acidente na obra, um atentado, vazamento em algum outro oleoduto. Algo grave que pode abalar a empresa que seu pai criou e hoje ela toma de conta e fez crescer muito nos últimos 15 anos. Durante o trajeto ficamos em silêncio, eu mentalmente mapeio os países nos quais a empresa tem empreendimentos para poder pesquisar melhor sobre as leis locais e as possíveis saídas para problemas.

Minutos depois Carol entra em um bairro residencial, com várias menções, algumas são grandes até para os padrões do meus amigos, ela para em frente a uma casa de esquina e descemos do carro indo para a porta da frente que se abre na primeira batida pela própria Camilly.

- Que bom que vocês chegaram. – Nós cumprimenta.

Ela é uma mulher que está na casa dos 50 anos, esguia, elegante e com um ar de liderança natural.

- Qual é o problema? – Carol perguntou quando entramos.

- É o Tomy. – Thomas Feldstein, único filho de Camilly, ele tem 23 anos.

Ela nos conduz até a sala onde vamos o homem com os olhos vermelhos parecendo ter chorado bastante.

- Eu... Eu... – Ele gaguejou. – Eu o atropelei.

- Você atropelou alguém? – Perguntei antes de me conter.

- Sim. – Choramingou.

- Conte direito o que a aconteceu. – Carol pediu calmamente.

- Eu voltei do escritório mais tarde, temos estado muito atarefados com o novo projeto. – Ele parecia fazer esforço para continuar falando. – Estava dirigindo, estava muito escuro e quando eu vi já estava muito em cima, não consegui desviar.

- Você se evadiu do lugar? – Perguntei.

- Eu tive medo de ser preso. – Ele falou. – Fiquei com medo de ter matado ele.

- Você fugiu sem prestar socorro? – Isso era ruim, muito ruim.

- Eu liguei para a emergência. – Falou. – Só não esperei pela ajuda chegar, eu tive medo.

- Pelo menos isso. – Carol me olhou me repreendendo, eu não deveria fazer juízo de valor. – Assim podemos usar na sua defesa. – O ônus da prova está conosco.

Atados pelo Destino - Meu Clichê (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora