Atados pelo Destino - Meu Clichê (Livro 5)

Capítulo 42.

Tyler...

Violet saiu da minha sala depois de entregar os arquivos que eu solicitei do novo caso que estamos trabalhando juntos, nenhuma conversa amigável, nenhum sorriso, nenhuma brincadeira, nenhuma provocação, suspirei me recostando na cadeira. Eu sou mesmo um idiota, não pensei que as vezes que me disseram isso era verdade, eu ferrei tudo com ela porque entrei em pânico, porque como ela mesmo apontou sou um idiota que não soube lidar com a situação.

Estou atraído por Violet a muito tempo, desde antes das nossas brincadeiras, quando viajamos pra Maldivas e eu a segurei dentro da água fiquei de pau duro igual um adolescente. Tento ficar com ela a bastante tempo, e na fatídica viagem para Cambridge eu confesso que o passeio em parte foi um movimento para tentar beija-la, pois eu sabia que eu a beijasse ela me aceitaria, mas, em parte eu apenas queria que ela conhecesse o lugar, que tivesse uma boa experiência, ela estava tão empolgada quando chegamos e disse que só tinha ido lá uma vez, eu queria que ela visse mais do que apenas o hotel onde estamos, restaurantes comuns e o auditório, queria que ela passeasse um pouco como uma turista. No fim das contas deu certo, ela gostou do passeio, e eu consegui a garota, eu teria tido ela sob mim naquela noite se não tivesse feito merda. Eu nunca tinha recebido uma recusa tão brutal até que me deparei com ela, então eu precisava tê-la em meus braços para aplacar o meu desejo, meu orgulho e eu consegui, eu a tive, mas fiz merda.

Eu me arrependi do que eu fiz, do que disse no momento em que eu saí do seu quarto, talvez até antes quando eu vi a mágoa em seu olhar, quando ela me disse que é virgem parte de mim, uma parte bem grande para ser sincero, ficou contente pensando que eu seria o primeiro homem de sua vida, o primeiro a toca-la sexualmente, o primeiro a lhe dar prazer, eu nunca me senti assim antes, eu não me importo com o número de homens que passaram pela cama de uma mulher, eu realmente nunca iria querer ficar com uma mulher virgem por achar que seria problema. Mas, por aquela fração de segundo eu fiquei contente e isso me deixou em pânico, com medo do que isso poderia significar.

Então depois da viagem ela ficou distante e não estávamos trabalhando juntos, eu fui conversar com ela sobre isso e advinha, piorei as coisas, acabei a insultando, como eu posso ser um advogado tão bom e fazer tanta merda assim com essa mulher? Se ela já estava com raiva de mim antes, agora a situação só piora e com razão eu pus em cheque a sua profissão da qual ela tanto.se orgulha.

Tenho refletido muito nos últimos dias e a distância entre nós está me maltratando, eu tento me convencer que é melhor assim, que algo entre nós não daria certo, mas é só eu olhar pra ela para a sensação do seu corpo encaixado ao meu voltar, o quanto é bom a sua boca na minha e eu só quero consertar as coisas.

Acho que é oficial, estou ficando louco. Ver ela de sorriso pelo escritório ao lado de Robert só me deixa me sentindo pior, pensando que ela pode estar agindo com ele, como fazia comigo, que ela da a ele a atenção que dava a mim. Isso parece tanto com ciúme que eu tenho a certeza de que estou ficando louco, não existe outra explicação plausível.

- Seu imbecil de merda. – Reclamo comigo mesmo. – Isso só pode ser carma.

Suspiro pegando a pasta que ela deixou em minha mesa para me concentrar em meu trabalho, já passei tempo demais preocupado com minha situação com Violet nos últimos dias, o fato de ela não estar trabalhando comigo só me deixou mais pensativo, mas estamos trabalhando nesse caso junto. Nossa cliente está sendo acusada de demitir injustamente uma mulher, ela está a acusando de ter sido feito por causa do seu gênero, no entanto a minha cliente afirma o contrário, o nosso depoimento será em breve e eu quero estar preparado, pedi a Violet que organizasse as perguntas enquanto eu cavo o mais fundo que conseguir na vida dela.

O trabalho acabou me distraindo dos meus pensamentos e sentimentos conflitantes que tem me assolado na última semana, o bom de se trabalhar com o que gosta é conseguir se perder no trabalho e esquecer de todo o resto.