Capítulo 16.

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Tyler...

Consegui terminar o documento da Viriaty e o enviei, foi muito bom ter ficado até tarde fazendo isso, assim eu consegui fazer tudo e posso começar outro caso em aberto, puxo o arquivo da conta do grupo Summers, eles estão enfrentando um problema com a patente do novo produto, por isso eu tenho que correr com isso. Começo a ler sobre o produto e a especificação do pedido de patente.

- Gostaria de saber pra que contratar um escritório de advocacia se você vai fazer as coisas sozinho. – Resmunguei, não é como se eles não tivessem dinheiro pra pagar pelos meus serviços, eles já pagam por ele, então o usem.

- Você já chegou ao ponto de falar sozinho? – Levantei a cabeça ao ouvir a voz de Iam.

- Problemas mentais a gente ver por aqui. – John falou rindo.

- Vocês dois são idiotas. – Reclamei. – Vieram até aqui só para me torrar a paciência?

- Não. – John respondeu. – Vamos almoçar.

- Mas... – Olhei o relógio no notebook vendo que já são quase 13:00 horas e eu nem vi a hora passar. – Nossa, perdi a hora. – Por isso eu já estava sentindo fome.

- Então, vamos estou faminto. – Iam chamou.

- Vamos. – Peguei a minha carteira dentro da gaveta e me levantei.

Guardei a carteira no bolso de trás e o celular no bolso da frente, peguei meu casaco e sai da sala com os dois ao meu lado, passei por Franklin perguntando se ele já tinha saído para almoçar, como ele disse que ainda não o mandei fazer isso imediatamente, ele disse que já estava indo. Saímos do Solomon para a rua e eu agradeci pelo casaco grosso que estou usando,  pois está ventando frio.

- Vamos comer onde? – Perguntei

- Tem um restaurante de comida japonesa no fim da rua. – Iam sugeriu.

- Eu topo. – Eu e Jonh falamos.

Seguimos a pé mesmo até o fim da rua em busca do restaurante mencionado, entramos no restaurante um homem nos indicou a mesa para sentarmos, primeiramente pedimos algumas porções, sushi, uramaki e sashimi, pedimos também uma porção de tempura e de onigiri, não demorou para chegar a comida.

- Como as crianças estão se adaptando? – John perguntou.

- Eles ainda tem alguma dificuldade para se sentirem confortáveis em casa. – Iam falou. – Principalmente o Ben.

- Eles passaram por muita coisa deve ser difícil pra ele se sentir seguro já que ele é maior e entende melhor tudo que aconteceu. – John falou.

- Sim, é isso, ele é maiorzinho então já entende a dimensão de tudo que passou, por isso é tão desconfiado.

- Com o tempo ele vai perceber que pode confiar em vocês. – Falei.

Eu confesso que as vezes fico bem perdido no meio da conversa dos meus amigos, quando eles começam a falar de filhos eu me sinto um peixe fora d'água, não é que eu não goste de criança, eu gosto. Amo meus sobrinhos e sobrinhas, mas como eu  vou me inteirar em uma conversa sobre experiências paternas? Aí quando eu passo a maior parte do tempo calado,  eles me perguntam o que está acontecendo, eu vou falar o que se nem expectativa eu crio muito na vida quanto mais uma criança? Enquanto eles começaram a falar sobre a vida de pai eu me concentrei em comer que a comida estava muito boa, ocasionalmente falando alguma coisa.

As vezes eu me pergunto como deve ser difícil para a mulher ser mãe, a sociedade impõe que elas devem ser mães, jogam sobre seus ombros toda a responsabilidade de cuidar e educar a criança, ainda exigem que ela sejam perfeitas, que nunca vacile, e os pais quando presentes não ajudam, e se o fazem a sociedade aplaude por eles fazerem o mínimo, a sua obrigação.

Atados pelo Destino - Meu Clichê (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora